quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

INTERNET - INFORMÁTICA

Lula pede protesto contra ataques ao WikiLeaks

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu manifestações a favor da liberdade de expressão no caso do WikiLeaks, site que divulga documentos secretos de governos. Lula criticou a imprensa brasileira por não protestar contra os ataques ao site. ”O rapaz que estava desembaraçando a diplomacia norte-americana foi preso e eu não estou vendo nenhum protesto contra [o cerceamento à] liberdade de expressão. É engraçado, não tem nada”, afirmou o presidente, durante evento sobre o balanço dos quatros anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta quinta-feira (9/12).

Lula fez questão que sua equipe registrasse seu protesto no Blog do Planalto. “Ô, Stuckinha (Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial da Presidência da República), pode colocar no Blog do Planalto o primeiro protesto, então, contra [o cerceamento à] liberdade de expressão na internet, para a gente poder protestar, porque o rapaz estava apenas colocando aquilo que ele leu. E se ele leu porque alguém escreveu, o culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpe quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem. Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas e meu protesto contra [o cerceamento] da liberdade de expressão”.

Lula também alertou para que a presidente eleita Dilma Rousseff avise a seu ministro das Relações Exteriores (Antônio Patriota, já foi escolhido para o cargo) que “se não tiver o que escrever, não escreva bobagem, passe em branco a mensagem”. O presidente se referia a cartas sobre o Brasil enviadas pelo ex-embaixador estadunidense no país, Clifford Sobel, que tratava das relações entre os dois países.

A manifestação do presidente repercutiu na web e já é um dos assuntos mais comentados do Twitter Brasil. O WikiLeaks, por meio de seu Twitter, também divulgou o protesto de Lula.







Twitter e Facebook excluem perfis de hackers que apoiam o WikiLeaks


As redes Twitter e Facebook excluíram as contas do grupo Operation Payback, que se diz responsável por uma série de ataques contra os sites da Mastercard e Visa. A invasão aos sites foi uma forma de protesto contra o fato de as duas empresas terem bloqueado a transferência de doações de seus clientes para a conta do WikiLeaks.

O primeiro perfil a ser suspenso foi o do Facebook, logo em seguida, após sugerir que vazariam números dos cartões de clientes da Mastercard e Visa, a conta @Anon_Operation do Twitter também foi excluída. O perfil no microblog contava com mais de 20 mil seguidores, informa o blog The Huffington Post.

O WikiLeaks é conhecido por vazar documentos secretos de governos, principalmente do estadunidense. Membros da Casa Branca pediram a suspensão do site, que foi obrigado a mudar de servidor, mas se mantém ativo. O criador do WikiLeaks, Julian Assange, continua preso na Inglaterra, sob acusação de estupro. Assange nega o crime e diz que sofre perseguição política.

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