Mulheres sofrem mais dor de cabeça que os homens
As dores de cabeça no geral atingem mais mulheres do que homens e, apesar de as razões não estarem totalmente elucidadas pela medicina, os hormônios femininos parecem ser os principais responsáveis por desencadear essas dores. Especialistas afirmam que a cefaléia está mais presente na vida da mulher durante o período fértil, tendendo a desaparecer com o início do climatério. Porém, mesmo durante a terceira idade, a prevalência nas mulheres persiste.
Segundo Dr. Onofre Alves Neto, presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), a enxaqueca menstrual, que atinge exclusivamente o sexo feminino, é alvo das principais reclamações de dor de cabeça intensa. “A variação dos níveis hormonais nas mulheres contribui para o aparecimento e agravamento dos sintomas da cefaléia. Estes picos algumas vezes podem ser controlados com o uso de anticoncepcionais durante a idade fértil, e com terapias de reposição hormonal na menopausa, sempre com indicações médicas”, explica.
Além da dor intensa provocada pelo período menstrual, a mulher convive com outros tipos de enxaqueca, como a tensional, a cervicogênica (causada por problemas na coluna) ou ainda com variações derivadas de sinusites, por exemplo. “Fatores como o stress cada vez mais presente na vida da mulher, que assume uma série de atividades simultâneas em casa e no trabalho, também são responsáveis por grande parte das dores de cabeça relatadas pelas pacientes. Além disso, ingestão de cafeína, álcool, sono insuficiente, barulho freqüente, mudanças bruscas de temperatura e odores fortes podem desencadear crises”, afirma.
Ainda segundo o presidente da SBED, estima-se que a enxaqueca atinja de 13% a 18% das mulheres no Brasil, podendo ser intensificada com a menstruação, e reduzida durante gravidez e na menopausa. “O tratamento para cefaléia nas mulheres já é realizado de maneira especializada e diferenciada. Em um primeiro momento é importante indicar medidas de relaxamento para eliminar ou ao menos identificar os fatores que provocam as dores. Em seguida, medicações preventivas e sintomáticas podem ser prescritas por um médico”, conclui Dr. Onofre.
Remédios para Emagrecer:
Somos Novamente os Líderes
O Brasil está novamente no primeiro lugar mundial no consumo per capita de medicamentos chamados anorexígenos, aqueles que reduzem o apetite. De acordo com o relatório divulgado pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), órgão das Nações Unidas, o Brasil é o maior consumidor
desses medicamentos, há três anos consecutivos. Atrás do Brasil estão Argentina, Coréia, Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong.
As drogas citadas no relatório, que acaba de ser publicado, inibem o apetite ou a sensação de fome e constam de uma lista preparada durante a Convenção Internacional de Psicotrópicos de 1971. “Dessa lista, as drogas utilizadas no Brasil e que respondem pelo indesejável ranking brasileiro são o femproporex, a anfepramona e o mazindol, drogas que somente devem ser receitadas por médicos prescritores que tenham estudado cuidadosamente os riscos e benefícios das mesmas”, defende a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Riscos x benefícios das drogas anorexígenas
Os anorexígenos são as drogas mais antigas do arsenal para o tratamento da obesidade. São assim denominadas por serem derivadas de compostos químicos chamados de anfetaminas que detinham um grande potencial para causarem dependência química. “A tendência é que elas sejam progressivamente abolidas do nosso receituário com o surgimento de compostos menos agressivos e mais potentes. Foram muito importantes até 10 anos atrás, quando não contávamos com nenhum outro tipo de medicamento para esse fim”, diz a endocrinologista Ellen Paiva.
Os efeitos das anfetaminas se dão através de ação cerebral, elas agem nos neurônios responsáveis pela fome, bloqueando-os. Reduzem a fome com efeito de intensidade variável, muito intensamente em alguns pacientes e quase nada em outros. “Os anorexígenos têm a seu favor o poder no controle da fome, o que muitas vezes inviabiliza o seguimento de uma dieta. Contrário a eles, existe o fato de poderem causar grande excitabilidade do sistema nervoso, levando a comportamentos compulsivos e intolerantes. Estas drogas também interferem no sono e quando em uso prolongado podem causar dependência química”, explica a médica.
Até há dois meses atrás, os anorexígenos podiam ser usados em associação com ansiolíticos e antidepressivos, tornando ainda mais questionável a associação terapêutica que excita e deprime ao mesmo tempo. “Quando são suspensos, geralmente, surge uma grande sensação de cansaço físico, indisposição e sonolência”, diz a médica.
Prováveis causas do problema
“Após este ‘tri-campeonato’, terceiro ano consecutivo atingindo o posto número um no consumo mundial dessas drogas, devemos parar e nos perguntar o porquê desse uso abusivo”, pondera Ellen Paiva.
Segundo a médica, provavelmente, as causa são variadas. Englobam desde a ignorância do paciente - que solicita veementemente uma droga que o ajude a perder peso - não importando os danos possíveis, até a própria displicência do médico - quando este cede a esse apelo no sentido de ajudar o paciente ou até mesmo não perdê-lo - porque na maioria das vezes, o paciente tem acesso a estes medicamentos, por outro médico ou até mesmo sem receita alguma, em farmácias e sites que vendem clandestinamente esses medicamentos.
“O uso abusivo dos anorexígenos também está relacionado ao surgimento dos ideais absurdos de magreza, muito difíceis de serem alcançados e mantidos sem o uso de drogas anoréxicas. Também é causa do problema a falta de ações fiscalizadoras dos órgãos competentes, visando coibir o uso abusivo”, defende a endocrinologista. O consumo de anorexígenos no Brasil também é alavancado pela volumosa produção doméstica. Em 2005, segundo o relatório da JIFE, 98,6% do femproporex e 89,5% da anfepramona usados no mundo foram produzidos no Brasil, sendo que a maior parte desta produção foi consumida em território nacional.
A reação da ANVISA
A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – órgão responsável pela fiscalização dos medicamentos, vem implementando ações no sentido de coibir o abuso destes medicamentos, fato mundialmente conhecido e motivo de constrangimento para todos os brasileiros, especialmente para a classe médica relacionada ao tratamento da obesidade.
Segundo a diretora do Citen, várias ações foram implementadas pelo órgão, incluindo a proibição das associações medicamentosas que produziam fórmulas milagrosas com a associação de anorexígenos, ansiolíticos, antidepressivos, diuréticos, hormônios tireoideanos e toda a sorte de fitoterápicos, gerando formulações intermináveis e totalmente questionáveis em validade terapêutica e quanto ao risco ao paciente. “Foram estipuladas doses máximas permitidas, quantidade mensal de cápsulas ou comprimidos, novos receituários específicos para esses medicamentos e finalmente a implantação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC – com a obrigatoriedade do envio de informação por parte de todas as farmácias - incluindo as de manipulação - para a ANVISA. As farmácias devem informar as vendas do período, dados dos medicamentos, médico prescritor e paciente que compra a medicação”, diz Ellen Paiva.
Além disso, a ANVISA também firmou convênio com a Polícia Federal para localizar e tirar do ar os sites brasileiros que vendem anorexígenos de maneira ilegal. “Espero que essas medidas nos auxiliem a mudar a posição no ranking do uso destes medicamentos, pois este primeiro lugar nos envergonha. Gostaríamos de chegar a 2009 e receber o novo relatório da JIFE com a cabeça erguida, orgulhosos da nossa capacidade para reverter esse triste cenário”, afirma Ellen Paiva.
Emagrecer, sem remédios, é possível
Ao decidir emagrecer, o paciente deve ser orientado a iniciar uma dieta balanceada e evitar o uso e o abuso de medicamentos. Muitas vezes, o paciente se surpreende com a relativa facilidade de seguir uma dieta, quando esta foi preparada exclusivamente para ele, respeitando suas preferências e seu estilo de vida. “Precisamos de uma dieta que viabilize a perda de peso e a boa nutrição ao mesmo tempo. Parece utopia, mas é possível, quando médico, nutricionista e paciente se mobilizam em prol de uma forma saudável e eficiente para perder peso”, defende Ellen Paiva.
Além disto, destaca a médica: “após o emagrecimento, os pacientes que perderam peso sem medicamentos têm muito mais chances de manterem o peso. Pois estas pessoas passaram por um processo de aprendizado e de reeducação alimentar, que, muitas vezes, é invibibializado, quando os medicamentos estiveram presentes ao longo da dieta”, afirma.
As dores de cabeça no geral atingem mais mulheres do que homens e, apesar de as razões não estarem totalmente elucidadas pela medicina, os hormônios femininos parecem ser os principais responsáveis por desencadear essas dores. Especialistas afirmam que a cefaléia está mais presente na vida da mulher durante o período fértil, tendendo a desaparecer com o início do climatério. Porém, mesmo durante a terceira idade, a prevalência nas mulheres persiste.
Segundo Dr. Onofre Alves Neto, presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), a enxaqueca menstrual, que atinge exclusivamente o sexo feminino, é alvo das principais reclamações de dor de cabeça intensa. “A variação dos níveis hormonais nas mulheres contribui para o aparecimento e agravamento dos sintomas da cefaléia. Estes picos algumas vezes podem ser controlados com o uso de anticoncepcionais durante a idade fértil, e com terapias de reposição hormonal na menopausa, sempre com indicações médicas”, explica.
Além da dor intensa provocada pelo período menstrual, a mulher convive com outros tipos de enxaqueca, como a tensional, a cervicogênica (causada por problemas na coluna) ou ainda com variações derivadas de sinusites, por exemplo. “Fatores como o stress cada vez mais presente na vida da mulher, que assume uma série de atividades simultâneas em casa e no trabalho, também são responsáveis por grande parte das dores de cabeça relatadas pelas pacientes. Além disso, ingestão de cafeína, álcool, sono insuficiente, barulho freqüente, mudanças bruscas de temperatura e odores fortes podem desencadear crises”, afirma.
Ainda segundo o presidente da SBED, estima-se que a enxaqueca atinja de 13% a 18% das mulheres no Brasil, podendo ser intensificada com a menstruação, e reduzida durante gravidez e na menopausa. “O tratamento para cefaléia nas mulheres já é realizado de maneira especializada e diferenciada. Em um primeiro momento é importante indicar medidas de relaxamento para eliminar ou ao menos identificar os fatores que provocam as dores. Em seguida, medicações preventivas e sintomáticas podem ser prescritas por um médico”, conclui Dr. Onofre.
Remédios para Emagrecer:
Somos Novamente os Líderes
O Brasil está novamente no primeiro lugar mundial no consumo per capita de medicamentos chamados anorexígenos, aqueles que reduzem o apetite. De acordo com o relatório divulgado pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), órgão das Nações Unidas, o Brasil é o maior consumidor
desses medicamentos, há três anos consecutivos. Atrás do Brasil estão Argentina, Coréia, Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong.
As drogas citadas no relatório, que acaba de ser publicado, inibem o apetite ou a sensação de fome e constam de uma lista preparada durante a Convenção Internacional de Psicotrópicos de 1971. “Dessa lista, as drogas utilizadas no Brasil e que respondem pelo indesejável ranking brasileiro são o femproporex, a anfepramona e o mazindol, drogas que somente devem ser receitadas por médicos prescritores que tenham estudado cuidadosamente os riscos e benefícios das mesmas”, defende a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Riscos x benefícios das drogas anorexígenas
Os anorexígenos são as drogas mais antigas do arsenal para o tratamento da obesidade. São assim denominadas por serem derivadas de compostos químicos chamados de anfetaminas que detinham um grande potencial para causarem dependência química. “A tendência é que elas sejam progressivamente abolidas do nosso receituário com o surgimento de compostos menos agressivos e mais potentes. Foram muito importantes até 10 anos atrás, quando não contávamos com nenhum outro tipo de medicamento para esse fim”, diz a endocrinologista Ellen Paiva.
Os efeitos das anfetaminas se dão através de ação cerebral, elas agem nos neurônios responsáveis pela fome, bloqueando-os. Reduzem a fome com efeito de intensidade variável, muito intensamente em alguns pacientes e quase nada em outros. “Os anorexígenos têm a seu favor o poder no controle da fome, o que muitas vezes inviabiliza o seguimento de uma dieta. Contrário a eles, existe o fato de poderem causar grande excitabilidade do sistema nervoso, levando a comportamentos compulsivos e intolerantes. Estas drogas também interferem no sono e quando em uso prolongado podem causar dependência química”, explica a médica.
Até há dois meses atrás, os anorexígenos podiam ser usados em associação com ansiolíticos e antidepressivos, tornando ainda mais questionável a associação terapêutica que excita e deprime ao mesmo tempo. “Quando são suspensos, geralmente, surge uma grande sensação de cansaço físico, indisposição e sonolência”, diz a médica.
Prováveis causas do problema
“Após este ‘tri-campeonato’, terceiro ano consecutivo atingindo o posto número um no consumo mundial dessas drogas, devemos parar e nos perguntar o porquê desse uso abusivo”, pondera Ellen Paiva.
Segundo a médica, provavelmente, as causa são variadas. Englobam desde a ignorância do paciente - que solicita veementemente uma droga que o ajude a perder peso - não importando os danos possíveis, até a própria displicência do médico - quando este cede a esse apelo no sentido de ajudar o paciente ou até mesmo não perdê-lo - porque na maioria das vezes, o paciente tem acesso a estes medicamentos, por outro médico ou até mesmo sem receita alguma, em farmácias e sites que vendem clandestinamente esses medicamentos.
“O uso abusivo dos anorexígenos também está relacionado ao surgimento dos ideais absurdos de magreza, muito difíceis de serem alcançados e mantidos sem o uso de drogas anoréxicas. Também é causa do problema a falta de ações fiscalizadoras dos órgãos competentes, visando coibir o uso abusivo”, defende a endocrinologista. O consumo de anorexígenos no Brasil também é alavancado pela volumosa produção doméstica. Em 2005, segundo o relatório da JIFE, 98,6% do femproporex e 89,5% da anfepramona usados no mundo foram produzidos no Brasil, sendo que a maior parte desta produção foi consumida em território nacional.
A reação da ANVISA
A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – órgão responsável pela fiscalização dos medicamentos, vem implementando ações no sentido de coibir o abuso destes medicamentos, fato mundialmente conhecido e motivo de constrangimento para todos os brasileiros, especialmente para a classe médica relacionada ao tratamento da obesidade.
Segundo a diretora do Citen, várias ações foram implementadas pelo órgão, incluindo a proibição das associações medicamentosas que produziam fórmulas milagrosas com a associação de anorexígenos, ansiolíticos, antidepressivos, diuréticos, hormônios tireoideanos e toda a sorte de fitoterápicos, gerando formulações intermináveis e totalmente questionáveis em validade terapêutica e quanto ao risco ao paciente. “Foram estipuladas doses máximas permitidas, quantidade mensal de cápsulas ou comprimidos, novos receituários específicos para esses medicamentos e finalmente a implantação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC – com a obrigatoriedade do envio de informação por parte de todas as farmácias - incluindo as de manipulação - para a ANVISA. As farmácias devem informar as vendas do período, dados dos medicamentos, médico prescritor e paciente que compra a medicação”, diz Ellen Paiva.
Além disso, a ANVISA também firmou convênio com a Polícia Federal para localizar e tirar do ar os sites brasileiros que vendem anorexígenos de maneira ilegal. “Espero que essas medidas nos auxiliem a mudar a posição no ranking do uso destes medicamentos, pois este primeiro lugar nos envergonha. Gostaríamos de chegar a 2009 e receber o novo relatório da JIFE com a cabeça erguida, orgulhosos da nossa capacidade para reverter esse triste cenário”, afirma Ellen Paiva.
Emagrecer, sem remédios, é possível
Ao decidir emagrecer, o paciente deve ser orientado a iniciar uma dieta balanceada e evitar o uso e o abuso de medicamentos. Muitas vezes, o paciente se surpreende com a relativa facilidade de seguir uma dieta, quando esta foi preparada exclusivamente para ele, respeitando suas preferências e seu estilo de vida. “Precisamos de uma dieta que viabilize a perda de peso e a boa nutrição ao mesmo tempo. Parece utopia, mas é possível, quando médico, nutricionista e paciente se mobilizam em prol de uma forma saudável e eficiente para perder peso”, defende Ellen Paiva.
Além disto, destaca a médica: “após o emagrecimento, os pacientes que perderam peso sem medicamentos têm muito mais chances de manterem o peso. Pois estas pessoas passaram por um processo de aprendizado e de reeducação alimentar, que, muitas vezes, é invibibializado, quando os medicamentos estiveram presentes ao longo da dieta”, afirma.
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