terça-feira, 3 de março de 2015

CINEMA CEARÁ

Filmes de jovens realizadores do interior cearense ganham circulação nacional


A proposta do projeto é difundir, para o restante do País, a experiência audiovisual que vem acontecendo no estado

A Academia de Ciência e Artes (Acartes), ONG localizada no bairro Pirambu, em Fortaleza, vai realizar circulação nacional com filmes desenvolvidos por jovens realizadores do interior do Ceará. O projeto “A nova arte de se comunicar nos assentamentos” inicia seu circuito na próxima sexta-feira (06), em Abaetuba (PA), e vai passar por seis estados brasileiros apresentando curtas metragens desenvolvidos em 12 assentamentos cearenses, que receberam formação, através da parceria entre a ONG e o Projeto Arte e Cultura na Reforma Agrária, do INCRA.
Durante os meses de março e abril, o projeto vai passar pelo Pará, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás exibindo 12 curta metragens e oferecendo workshops de iniciação à produção audiovisual, compartilhando o processo de trabalho. Os filmes exibidos durante a circulação são documentários e ficções produzidos por alunos de cursos realizados pela ONG em assentamentos do interior do estado. As obras têm, em média, 20 minutos de duração e dialogam com a realidade cotidiana vivenciada pelos seus realizadores. O projeto tem parceria com o Incra e recebe apoio do Ministério da Cultura (MinC).
Claudia Cavalcante, idealizadora da circulação, destaca que “a proposta do projeto é difundir, para o restante do País, a experiência que vem acontecendo nos assentamentos cearenses”. Ela explica que a Acartes, além de sua sede no Pirambu, tem um sítio na cidade de Itaitinga (Região Metropolitana de Fortaleza), onde foi montada uma estrutura para preparação de jovens que desejam se lançar no mundo da produção cinematográfica.
Neste equipamento de formação, foram realizadas as oficinas de capacitação em audiovisual para alunos de 12 assentamentos do estado do Ceará que, sob a orientação dos instrutores da ONG, desenvolveram roteiro, produziram e editaram 12 vídeos contando um pouco da sua história através das imagens.
“Olhar de dentro para fora é a essência deste projeto”, diz Cláudia, “os jovens tiveram total liberdade quanto aos caminhos narrativos e estéticos escolhidos em todas as etapas de produção dos curtas.”
Fechando o ciclo, no mês de abril, o projeto prevê a realização de um seminário na cidade de Fortaleza, onde os alunos dos assentamentos vão receber, além dos certificados de participação no projeto, equipamentos para produção audiovisual, permitindo que deem continuidade ao projeto de forma independente.

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