II Festival BNB das Artes Cênicas reunirá 249 eventos e apresentará 85 espetáculos em 12 mostras
O Banco do Nordeste do Brasil realiza o II Festival BNB das Artes Cênicas, nos Centros Culturais Banco do Nordeste-Fortaleza, Cariri (em Juazeiro do Norte, região sul do Ceará) e Sousa (no alto sertão paraibano), no período de 1º a 30 de março, para marcar o Dia Mundial do Teatro (27 de março). Gratuita ao público, a programação do Festival abrange um total de 249 eventos, durante 30 dias.
O II Festival BNB das Artes Cênicas abraça um diversificado elenco de atividades voltadas ao exercício teatral, a saber: um debate com Lourdes Ramalho, dramaturga potiguar radicada na Paraíba e grande nome do teatro brasileiro, uma das expressões mais significativas da nossa dramaturgia contemporânea de autoria feminina; e a realização de doze mostras cênicas (Brasil, Nordeste, Teatro de Rua, Infantil, de Dança, Ceará, Paraíba, Cariri, Alto Sertão, Primeiro Ato, de Esquetes e de Contos), compreendendo um total de 85 espetáculos.
No final da última sessão de cada espetáculo das mostras Brasil, Nordeste, Ceará, Cariri, Alto Sertão e Primeiro Ato, o público poderá dialogar com os artistas sobre as peças apresentadas, o processo de criação e o fazer teatral.
Novidade na programação deste ano, a Mostra Brasil traz espetáculos de Porto Alegre e Arapiraca (AL). Também foram inseridas no roteiro do Festival, a partir deste ano, as Mostras de Contos (com quatro espetáculos), de Dança (com três), Paraíba (dois) e Alto Sertão (três). Para marcar o Dia Internacional da Mulher, o internacionalmente reconhecido contador de histórias Zé Bocca, de Votorantim (SP), apresentará contos que têm a mulher como personagem central.
Por sua vez, já incluídas na primeira edição em 2007, prosseguem na programação do Festival as Mostras Nordeste, Teatro de Rua, de Esquetes, Infantil, Ceará, Cariri e Primeiro Ato – esta última destacando novos talentos, porém já com notável traquejo de linguagem e encenação teatral.
Neste ano, a Mostra Nordeste envolve 15 peças teatrais de cinco estados da Região (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia). A Mostra Teatro de Rua abrange 16 grupos cearenses, potiguares e paraibanos, que se apresentam em praças, colégios, centros culturais e associações comunitárias de nove cidades do Ceará e três municípios da Paraíba. E a Mostra de Esquetes traz 21 encenações rápidas no decorrer do mês.
Multimídia e educativa, a programação do II Festival abrangerá ainda a realização de dois cursos de apreciação de arte e seis oficinas de formação artística; exibição de curtas-metragens e filmes, com a série “Teatro na Tela”; atividades destacando a intertextualidade do teatro com outras artes, como a fotografia, a literatura, a música e a cultura popular; e passeios temáticos em ônibus urbanos, trenzinho e a pé, visitando o Theatro José de Alencar e o Centro Histórico de Fortaleza.
Promotor do Festival, o BNB cumpre seu papel como principal órgão do Governo Federal para o desenvolvimento da Região Nordeste, na medida em que estimula toda a cadeia produtiva das artes cênicas, gerando emprego e renda no setor, criando novas oportunidades e promovendo a formação profissional de todos os que se dedicam à atividade teatral, além de oferecer visibilidade para novos artistas e possibilidade de acesso a outros eventos de caráter nacional.
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DOMINGUEIRA NO TEATRO
Teatro José de Alencar apresenta atrações gratuitas no domingo
13h, 14h, 15h e 16h
Visita Guiada ao Theatro
16h no foyer
Música Alunos e professores de Música da Uece apresentam Impressões musicais
17h no palco principal
Palhaço Trepinha, o mais antigo em atividade no Ceará
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Teatro-dança Tres histórias para gente grande e gente pequena é o espetáculo do Centro de Experimentação em Movimento - Cem. Direção: Sílvia Moura
18h no jardim
Teatro Conversa de Lavadeiras, espétaculo da Trupe 'Caba de Chegar. Com Alcântara Costa, Marcelo Hollanda, Marcos Amaral e Murilo Ramos (direção). Supervisão: Ana Marlene
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Theatro José de Alencar
Praça José de Alencar, s/n 60033-976
Centro de Artes Cênicas do Ceará - Cena (anexo TJA)
Rua 24 de Maio, 600 - 60020-000
Fortaleza Ceará Brasil
Projeto Teatro de Terça apresenta "A Semente"
Em meio à máquina capitalista que constrói, move, remove e destrói o mundo, o destino da massa anônima e a luta que por ela se trava é mostrada. O espetáculo “A Semente”, encenado por formandos do Curso Superior de Tecnologia de Artes Cênicas do Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (CEFET-CE), apresenta uma visão crítica sobre os encargos do ser humano enquanto cidadão social e a sua individualidade. O espetáculo é cartaz do projeto Teatro de Terça, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
“A semente” é uma adaptação da obra homônima de Gianfrancesco Guarnieri, sua terceira peça, escrita em 1961. A obra enfoca os problemas do proletariado, suas lutas políticas, seus sonhos e seu lado humano. Destaca ainda a organização rígida do Partido Comunista e de seus líderes, e a atuação de uma de suas células, no momento da greve operária. Gianfrancesco teve sua peça proibida pela censura
A adaptação realizada pelos formandos do CEFET é dirigida por João Andrade Joca. No elenco, Alessandra Freitas, Altemar di Monteiro, Amanda Nogueira, Ana Bárbara Leite, Andréia Pires, Expedito Garcia, Gyl Giffony, Jacqueline Peixoto, Jorge Alves, Liliany Queiroz, Maiara Marrir, Marco Domingos, Mikaelly Damasceno, Paulo Botafogo, Rennata Feitosa, Silvero Pereira, e Tâmara Larripa.
Teatro de Terça
O projeto Teatro de Terça, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), convida um espetáculo por mês para se apresentar no teatro do centro cultural. Tem como objetivo divulgar o trabalho de companhias de teatro cearenses e incentivar a linguagem artística. O projeto compõe o programa de formação de platéia empregado no CDMAC, com ingressos que custam R$ 2,00 (inteira) e R$ 1,00 (meia).
Serviço: Projeto Teatro de Terça apresenta A Semente, dias 12, 19 e 26 de fevereiro, às 20 horas, no Teatro do Dragão do Mar. Entradas: R$ 2,00 (inteira)/1,00 (meia). Censura: 12 anos. 60 min. Outras informações: 85.3488.8600
Taras e fantasias
Novamente em cartaz o espetáculo PornoGráficos, misturando a linguagem dos quadrinhos ao teatro no Sesc Iracema
PornoGráficos, dirigido por Yuri Yamamoto e Rafael Martins, está em cartaz no teatro do Sesc Iracema
Sentado à prancheta, o jovem desenha sem cessar sob a luz de uma luminária. O chão está coberto de papéis rabiscados de corpos nus e personagens repletos de erotismo e sensualidade. Essa é cena que o público presencia já ao entrar no teatro, enquanto ainda procuram um lugar para sentar. Como o título denuncia, a peça trata de sexo: as questões que envolvem o tema, o fato de ainda ser tabu, de ainda arrastar preconceitos e, ao mesmo tempo, alimentar uma indústria que estampa de capas de caderno a revistas pornográficas. Sem vulgaridade.
No papel, o desenhista procura realizar suas fantasias, expressar suas taras. Mas ele não esperava que as personagens adquirissem vida. Um homem e uma mulher dispostos a tudo em busca da satisfação do desejo, caricaturas protagonizando situações inusitadas envolvendo relações sexuais e toda sorte de prática bizarra que possa a elas ser associada. Salto-agulha e urina são alguns dos elementos mais acertadamente bizarros. Na platéia, os risos - por vezes constrangidos - endossam a narrativa.
A ciranda de ações embaraça as linhas que dividem o real do imaginário, o autor de seus devaneios. As perversões do desenhista invadem sua solitária realidade, constituindo um divertido triângulo amoroso formado pelos atores Cristianne de Lavor, Edivaldo Batista e Rogério Mesquita.
Inspirado na linguagem dos quadrinhos baratos, em preto e branco, cheio de movimentos rápidos e sombras, PornoGráficos inova na maneira de fazer teatro em Fortaleza. Sucesso de crítica no ano passado, a peça volta aos palcos a partir de amanhã, no Sesc Iracema, depois de ter participado de festivais como o XIV Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, em setembro último, e o I Festival Nacional da Bahia. Mais uma produção do Grupo Bagaceira de Teatro, o espetáculo é dirigido por Yuri Yamamoto e Rafael Martins.
SERVIÇO
Pornográficos - Espetáculo do Grupo Bagaceira, estréia amanhã, às 20h, no teatro do Sesc Iracema (rua Boris, 90 - Praia de Iracema). Segue em cartaz aos sábados e domingos de fevereiro, no mesmo horário. Ingressos: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Informações: 3452 1242.
TJA concilia manutenção e programação artística aos domingos
O Theatro José de Alencar (TJA), equipamento vinculado a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, tem o mês de fevereiro reservado para atividades de manutenção da edificação histórica de 1910. A atividade prioritária é a manutenção da casa, sobretudo da caixa cênica, que é o conjunto formado pelo palco e maquinaria necessária para a realização do espetáculo.
Mesmo assim, o TJA concilia manutenção e programação artística aos domingos de fevereiro, além das atividades de formação no Centro de Artes Cênicas do Ceará – Cena (anexo Theatro). Cursos, residência experimental e demais atividades de formação acontecem regularmente no Centro de Artes Cênicas do Ceará/Cena (anexo Theatro). A Biblioteca Carlos Câmara, no Cena, funciona de terça (os três turnos) a sábado (8h às 12h).
Neste mês, a casa tem dois domingos de programação gratuita: dias 17 e 24, parte do Programa Theatro de Portas Abertas. A casa ainda mantém suas visitas guiadas que se realizam regularmente de terça à sexta em oito roteiros que se iniciam a cada uma hora (8h, 9h, 10h, 11h + 13h, 14h, 15h, 16h) e em aos sábados, domingos e feriados, com quatro roteiros (13h, 14h, 15h e 16h).
Confira a Programação de Fevereiro
Visita Guiada ao Theatro
Terça à sexta: 8h, 9h, 10h, 11h, 13h, 14h, 15h e 16h
Sábados, domingos e feriados: 13h, 14h, 15h e 16h
R$ 2 (estudante) e R$ 4. Gratuito para todos nos dias 17 e no último domingo do mês (Domingueira no Theatro). Gratuito em qualquer dia para grupos de escolas públicas, ongs e projetos sociais previamente agendados (agendamento com Rita ou Tito: 3101.2568 – 3101.2566)
Os roteiros variam em função da atividade da casa. Incluem a edificação de 1910, o teatrão com sua sala de espetáculo, foyer e bastidores; o jardim de Burle Marx, criado nos anos 70 e refeito em 1991; e o Centro de Artes Cênicas do Ceará – Cena (anexo Theatro), criado no pós-restauro do TJA, realizado entre 1989-1991. Os roteiros têm duração média de 30 min
Domingo no Theatro para todas as idades audiovisual, dança, música, teatro e livro
Dias 17 no Theatro - Todo dia 17 tem programação gratuita o dia todo no Theatro José de Alencar. Desde 1999, celebra-se assim, a cada mês, o aniversário do TJA, inaugurado dia 17 de junho de 1910. Em fevereiro, o dia 17 é domingo e o o TJA abre a partir das 13h.
Programação dia 17 de fevereiro
- 13h, 14h, 15h, 16h: Visita Guiada ao Theatro (duração: 30min)
- 16h no foyer: Música Bolsistas da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho (duração: 45min)
- 16h30 no jardim: Teatro-dança Exercícios do Centro de Experimentação em Movimento - Cem. Coordenação: Sílvia Moura (duração: 20 min)
- 17h no porão: Livros no Theatro Grupo Teatro de Caretas faz leitura dramática de lançamento do livro "Dormir, talvez sonhar", de Oswald Barroso (duração: 50 min)
- 18h no palco principal: Sapateado Dois devaneios. Espétaculo da Cia. dos Pés Grandes. Direção: Heber Stalin (duração: 30 min)
- 18h no jardim: Audiovisual Intervenções de alunos e professores do projeto Pontos de Corte, da Escola de Audiovisual, da Prefeitura de Fortaleza - Funcet (duração: 1h)
- 18h30no porão: Dança McDhomen's, performance de Fauller, da Cia. Dita, (concepção e direção) e Reginaldo Afonso (duração: 10 min)
Dia 24 - Domingueira no Theatro - Todo último domingo do mês tem programação gratuita o dia todo no Theatro José de Alencar. Em cena desde abril de 2007, a atividade estimula a ida ao TJA no dia de tarifa social no transporte urbano, o dia de ônibus mais barato em Fortaleza.
Programação dia 24 de fevereiro
- 13h, 14h, 15h e 16h - Visita Guiada ao Theatro
- 16h no foyer - Música Alunos e professores de Música da Uece apresentam 'Impressões musicais'
- 17h no palco principal - Palhaço Trepinha, o mais antigo em atividade no Ceará + Teatro-dança Três histórias para gente grande e gente pequena é o espetáculo do Centro de Experimentação em Movimento - Cem. Direção: Sílvia Moura
- 18h no jardim - Música para dançar
Atividades de formação
Curso Princípios Básicos de Teatro - CPBT/Manhã - Turma 2007.2/João Andrade Joca: jajoca54@hotmail.com
Grupo de Pesquisa em Artes/Oswald Barroso: oswaldba@ig.com.br
Aulas abertas do Centro de Experimentação em Movimento/Sílvia Moura: emcrise@hotmail.com Aulas abertas da Cia. dos Pés Grandes/Heber Stalin: heberstalin@yahoo.com.br * Residência da Cia. Dita/Fauller: fauller@hotmail.com
Inscrições abertas
A partir de 13 de fevereiro:Turma Tarde do Curso Princípios Básicos de Teatro - CPBT e Curso Técnico/Noções Básicas de Áudio com Mauro Coutinho, que acontece de 19 a 22 de fevereiro
EM CARTAZ:
3X4 - CURTAS Nº 1 - Um mesmo espaço, quatro intérpretes, cinco breves e diversificados experimentos cênicos. Utilizando-se de uma híbrida pesquisa de linguagem, o Grupo 3x4 de Teatro apresenta o espetáculo composto por esquetes realizadas nos anos de 2006 e 2007; são eles: Confissões Entre Paredes (tragicomédia de Rogério Mesquita); De Repente... (experimento performático de teatro e dança com músicas e poemas de Vinícius de Moraes); Para Sempre Fiel (adaptação do conto homônimo de Nelson Rodrigues); Red Roses (adaptação da obra de Caio Fernando Abreu) e As Vivas Cores da Ilusão (comédia romântica de Jorge Alves). Às sextas de fevereiro, às 12h, 15h30 e 18h30. Informações: 3452 3108.
BRINCANDO DE BRINCAR - O grupo Pavilhão da Magnólia apresenta o espetáculo. Ao chegarem à escola os alunos decidem ter uma aula diferente, relembrando as cantigas de roda, as brincadeiras e suas danças. Com texto de Giovani Cesconeto e direção de Nelson Albuquerque. Aos sábados de fevereiro, às 19 horas, no Espaço Rogaciano Leite Filho do centro Dragão do Mar (rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema). Grátis. Informações: 3488 8600.
CORAÇÃO SAFADO - O espetáculo do Grupo Vemart, conta a história de Herculano Almeida, mais conhecido como Safira Sandy, sofre um infarto e é submetida a um transplante, recebendo o coração de um machão, conquistador barato e de caráter duvidoso, Danilo, que morreu por indigestão quando fazia sexo com sua amante Odete. Aos sábados e domingos de janeiro, às 20h, no Teatro do Dragão do Mar (rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema). Entradas: R$ 20,00(inteira) / 10,00(meia). Informações: 3488.8600.
ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O FESTIVAL DE ESQUETES
de 11 a 29 DE FEVEREIRO 2008
Em 1997 no intuito de comemorar um ano da inauguração do TEATRO DA PRAIA, iniciamos as preparações de um festival de teatro em Fortaleza. Surge então o FESFORT Festival de Esquetes de Fortaleza,. sendo hoje o mais tradicional festival de Teatro de nossa capital. Vimos nesses 12 anos nos firmando como um fomentador das produções teatrais em nossa capital, bem como do estado do Ceará. Em 2007 mais de 1.500 expectadores e em torno de 300 profissionais entre diretores, cenógrafos, figurinistas, autores, maquiadores, iluminadores, produtores e atores, participaram desta ação cultural.
O FESFORT proporciona oportunidade aos iniciantes e aos atuantes, pois sua proposta maior consiste na descoberta de novos talentos e no exercício daqueles que já vivenciam o palco. Desta forma teremos mais um festival, onde a Arte cênica de Fortaleza será a mais beneficiada. O FESFORT não supre a carência da formação básica, mas oferece um degrau àqueles que se interessa em iniciar ou exercitar o fazer teatral.
Uma vez que o FESFORT será realizado no Teatro da Praia, estimamos atingir/beneficiar com a ação cerca de 6 (seis) mil pessoas.
O XII FESFORT HOMENAGEARÁ COM O TROFÉU GASPARINA GERMANO O ATOR, DIRETOR E DRAMATURGO MARCELO COSTA
· O Festival acontecerá de 21 a 26 de Abril de 2008, no TEATRO DA PRAIA
· Poderão inscrever-se no Festival, grupos de teatro e atores de Fortaleza e região metropolitana.
· O resultado da classificação será anunciado no dia 10 de Março
INFORMAÇÕES:
CARRI COSTA - 3219 9493 - 8711 1010
E- MAIL - carricosta@oi.com.br
Teatro Mágico em Fortaleza
O Teatro Mágico se tornou um dos maiores sucessos da música alternativa e interativa, e esteve de volta a Fortaleza. O grupo, de São Paulo, que já vendeu mais de 40 mil cópias de seu CD “O Teatro Mágico Só para Raros”, de fabricação artesanal, e é fenômeno na internet, fez única apresentação na quinta (21), no Ar Livre (Rua Emanuel de Castro, 200 (Atrás do Salinas Casa Shopping) - Edson Queiroz), às 19h.
O Teatro Mágico é um projeto que reúne elementos do circo, do teatro, da poesia, da música, da literatura e do cancioneiro popular tornando possível a junção de diferentes segmentos artísticos num mesmo espetáculo. O show é repleto de surpresas e emoções, desde a viva boneca-de-pano fazendo graça com o público na recepção até a entrada da trupe
As canções vão sendo intercaladas pelo traçado tecnológico de ruídos telefônicos, sinais de rádio e mensagens de voz. Os integrantes da trupe, maquiados e vestidos de clown - que trazem a idéia do "personagem interno" escondido em cada um de nós -, interagem com o público em passos de dança, números circenses como o malabarismo e outros "truques" que compõem a representação cênica em cada letra.
E assim temos a história do mar que se apaixona por uma menina, a sereia sentada na pedra mais alta e a sorte vinda num realejo. A melhor festa é aquela que acontece dentro da gente e não ao redor. "Se tudo que eu preciso se parece, porque é que não se junta tudo numa coisa só?", a música se questiona verso a verso. E o roteiro do fabuloso espetáculo vai sendo escrito em cada gesto, em cada canto, em cada rosto. Os coelhos vão saindo de dentro das cartolas e o verbo somar vai sendo conjugado boca-a-boca, corpo-a-corpo, sonho-a-sonho.
Teatro de Rua Contra a Aids retoma suas atividades
A Secretaria de Saúde do Estado do Ceará/Núcleo de Prevenção e Controle de Doenças e Agraves - NUPREV, através da W 10 Produções, está retomando as atividades do projeto "Teatro de Rua Contra a Aids". Como atividade inicial será realizada nos dias 06 e 07 de março de 2008, no Teatro José de Alencar, o I Encontro de Nivelamento em DST/Aids, reunindo diretores, atores, atrizes, produtores dos grupos e companhias de teatro que integrarão o projeto. Além destes estarão presentes ao Coordenadora Estadual de DST/Aids, Dra. Telma Martins, o Dramaturgo José Maria Mapurunga, autor do texto “Nas garras do capa Bode” que será encenado pelas companhias teatrais, o médico Ranulfo Cardoso Júnior, Coordenador Estadual de DST/Aids, da Paraíba, o jornalista e ator Eduardo Romero, Grupo Caras de Pau, de Mato Grosso do Sul, que levou a experiência do Ceará para África, Moçambique.
Grupos Convidados
Ao todo foram convidados para esta primeira fase do projeto nove grupos de teatro rua sendo dois de Fortaleza, três da região metropolitana e quatro do interior do Estado. De Fortaleza, o convite foi para a Trupe `Caba de Chegar, que em 2007, completou 15 anos de atuação, e o experiente “Grupo Caretas de Teatro”, liderado pela atriz Vanéssia Gomes. Da região metropolitana, o público vai se deleitar com os trabalhos da Cia. Fiapo de Trapo, de Cascavel, Grupo Unidos pela Arte, de Caucaia, e os “Cavaleiros da Dama Pobreza, Maracanáu, do ousado diretor Cleytson Catarina. Do interior cearense foram convidados o Grupo Carroagem, de Aracati, Cia. de Teatro Dionísio, de Sobral, Cia. Boca de Cena, do Crato e Cia. Arca de Teatro, de Juazeiro do Norte. Cada grupo receberá auxilio montagem de seu espetáculo. Ao todo serão realizadas um total de 100 apresentações em feiras, escolas, praças, rodoviárias, eventos em geral.
A História do Projeto
O projeto Teatro de Rua Contra a Aids teve início em 1996 através de uma iniciativa da Secretaria de Saúde do Estado, via Coordenação Estadual de DST/Aids, quando foi realizada uma Oficina de Sensibilização sobre DST/Aids para diretores, atores e atrizes de teatro participantes do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga.
A primeira montagem foi a peça “O Auto da Camisinha”, do dramaturgo cearense José Mapurunga. No ano seguinte, 1997, o projeto Teatro de Rua Contra a Aids, começa a ser capitaneado e desenvolvido pelo Instituto de Saúde e Desenvolvimento Social – ISDS, envolvendo em menos de 01 ano mais de 30 grupos cearenses de teatro de rua, tanto na capital com no inteiror. Sobre a liderança do Instituto de Saúde e Desenvolvimento Social, as ações do Teatro de Rua Contra a Aids foram estendidas até o ano de 2003.
Movimento Social nasceu Ceará
O projeto Teatro de Rua Contra a Aids, foi um movimento pioneiro que nasceu no Ceará, de grande impacto social proposto e desenvolvido pelos artistas do Teatro de Rua cearense, encenando nas comunidades um repertório de peças que mostravam as diferentes faces da tragédia da aids, a consciência social e outras tantas mazelas das quais, normalmente, não se gostam de falar.
Entretanto, os atores, atrizes, diretores e produtores do teatro de rua do Ceará, protagonistas desse movimento que se viu e ouviu desde a capital ao interior, do litoral ao sertão agreste , mudaram essa visão por completo. Eles souberam seduzir e envolver o público tradicional na discussão do “mal-estar” social pela “Comédia de Rua”: crítica, irônica, descontrutiva.
A partir de criações dos dramaturgos José Mapurunga, Artur Guedes, Oswald Barroso e Orlângelo Leal, as companhias e grupos de teatro de 48 diferentes municípios do estado deram vida aos dramas, prazeres, conflitos sexuais resultantes da convivência com doença real e suas metáforas.
Expostos nas suas “chagas”, os personagens estavam nas praças públicas, mercados, escolas, presídios, num português bem brasileiro e cearense, falando de erotismo, tesão e paixão. E dizeram, com todas as letras, que “isso tem a ver com a prevenção a Aids”. Um cortejo de atores de teatro de rua entoando Vivas ao afeto, à solidariedade, ao amor, ao sexo sem medo.
Se as peças, tiveram o mérito e serem consideradas impróprias pelos defensores da tradição, da família e da castidade, foram também reveladoras dessas diferenças de enfoque, quando se tratava de promover a Vida e o Uso da Camisinha.
A Cultura popular cearense e o Riso contra a autoflagelação
A força da cultura popular no Ceará, fortemente sublinhada pelo fazer rir de si próprio, encontra, na foram de autoflagelação da mesma tradição cultural religiosa – do Cariri, por exemplo - , seu espelho. Foi justamente essa abordagem, culturalmente adequada, que permitiu a popularização da discussão da sexualidade, da prática do sexo seguro, da reprodução saudável e da promoção/erotização do uso do preservativo.
Foi assim que o teatro popular, a comédia de rua do Ceará, com entusiasmo e competência de seus criadores e artistas encenadores, transformou o Teatro de Rua Contra a Aids em um movimento popular, acessível, divertido, sensual. Um movimento periférico, transgressor e marginal, na contramão do mercado. E político, na medida em que, mais um estado de espírito e que um movimento, “contaminou” todas as formas de expressão, refutou as Belas Artes e se aproximou do ritmo da pulsação das ruas.
Palavra de quem entendem
Dra. Telma Alves Martins – Coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids afirma: “no nosso anseio de descobrir e adotarmos metodologias de comunicação, que respeitando os valores socioculturais de nosso povo, os levasse a perceber os riscos acarretados por comportamentos sexuais inadequados, e promover a tomada de decisões individuais conscientes, nos levou a escolher o Teatro de Rua”.
Para o ator Fernando Piancó, que em 2001 estava Diretor do Theatro José de Alencar, “o projeto Teatro de Rua Contra a Aids, além de cumprir missão das mais significativas na área de saúde pública, resgatou e fomentou o desenvolvimento de teatro de rua no Ceará. Antes Teatro de Rua Contra a Aids”, falava-se das dificuldades dos grupos de teatro, particularmente os do interior do estado, no tocante a falta de espaço para espetáculos, falta de textos e dramaturgos. Com o projeto, diversos grupos de Fortaleza e interior do Ceará começaram um salutar exercício de criatividade e ação.
O Médico Sanitarista Ranuldo Cardoso Júnior, um dos idealizadores do projeto diz: “posso afirmar que projetos como o Teatro de Rua Contra a Aids” não só são necessários, são vitais para um Estado como o Ceará, para um país como o Brasil, onde a informação e as necessidades mais básicas se encontram, ainda, no registro da carência.... Posso afirmar, que é de extrema importância para mudanças, para transformações sociais. Mudanças também do panorama das artes cênicas do Ceará, e, em particular, do teatro de rua no nosso Estado. Teatro de Rua Contra a Aids – projetos como esse são, no mínimo, saudáveis”.
Experiência inédita no Brasil
Inédito no Brasil o projeto abriu a cena para a discussão sobre a importância do teatro na promoção da cidadania, na mobilização social, facilitando o acesso das populações interioranas e excluídas socialmente (analfabetos, inclusive) às informações corretas, tranqüilizadoras, atualizadas e culturalmente adequadas.
Além disso, o projeto se apresentou com um grande articulador insteristitucional, muito maior do que o esperado. Uma rede de importantes parceiros da sociedade civil e organizações governamentais somaram forças que possibilitaram a expansão e sustentabilidade do projeto.
Os números do projeto
O projeto deu inúmeros e ótimos resultados. Dentre eles a formação de uma rede sistematicamente mobilizada, composta por 48 grupos de teatro, da capital e interior, montagem dos espetáculos “O Auto da Camisinha”, “Retrato na Parede”, “A Chegada de Marculino no Purgatório”, “O Rapaz da Rabeca e a Moça da Camisinha”, “A Camisinha Cor de Rosa”, “Um dia de Príncipe”, “O Auto de Leidiana”.
Em quatro anos de atividades, mobilizou 120 artistas de rua, realizando mais de 1.800 apresentações em várias regiões do Ceará, atingindo um público estimado em 280 mil pessoas nas praças, escolas, terminais de rodoviários, canteiros de obras, presídios, feiras, etc.
Produziu a I Mostra Nacional de Expressões Artísticas Contra a Aids, o evento “Ceará em Cena pela Vida”, 05 Encontros Estaduais de planejamento e avaliação do projeto. Publicou a revista “Arte X Aids – o Ceará no desafio pela Vida” e o livro “Teatro de Rua Contra a Aids – 7 textos para serem encenados”.
Do Ceará para o Mundo
O projeto Teatro de Rua Contra a Aids, transportou fronteiras. Foi replicado no Maranhão, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Curitiba, Amazonas, Bahia entre outros. Do Brasil foi para África, Paraguaia e Argentina.
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