80 anos de Oscar
"Onde os Fracos Não Têm Vez" é o grande vencedor da premiação
>> Javier Barden deu o primeiro Oscar para um ator espanhol
“Piaf – Um hino ao amor”, além de levar o Oscar de melhor maquiagem, deu a francesa Marion Cotellard o prêmio de melhor atriz >>
Sem saber se foi a greve de roteiristas, a festa do Oscar 2008 foi mais rápida, mais enxuta, com menos piadas e gracinhas, o que deu dinamismo à noite número 80 da premiação anual. Até porque, o entra e sai de estrelas com suas roupas, jóias e plásticas milionárias já serve como pano de fundo para conhecermos as melhores produções cinmatográficas da indústria do cinema. Os prêmios este ano foram bem distribuídos, inclusive com muitos estrangeiros ganhadores. "Onde os Fracos Não Têm Vez", dos irmãos Joel e Ethan Coen, recebeu no domingo o Oscar de melhor filme, assim como o de melhor direção, roteiro adaptado e ator coadjuvante, para Javier Bardem, confirmando o favoritismo e dando a primeira estatueta para um ator espanhol.
Na categoria de melhor filme, a fita dos irmãos Coen bateu "Desejo e Reparação" (que levou Oscar de melhor trilha sonora original), "Juno" (prêmio de melhor roteiro original para Diablo Cody, pseudônimo de Brook Busey, ex-stripper de 29 anos), "Conduta de Risco" (melhor atriz coadjuvante para Tilda Swinton) e "Sangue Negro" (melhor fotografia e ator para Daniel Day Lewis). A fiel adaptação do livro do escritor americano Cormac MacCarthy, "Onde os Velhos Não Têm Vez" ("No Country for Old Men"), se passa no início dos anos 80 no Texas, perto da fronteira com o México, para narrar uma história de narcotráfico com um vilão implacável. No ano passado, o vencedor da categoria melhor filme foi "Os Infiltrados", de Martin Scorsese.
“O Ultimato Bourne” foi o grande vencedor técnico: ganhou três estatuetas (melhor edição, mixagem, edição de som). Os demais prêmios técnicos se dividiram entre “Sweeney Todd- O barbeiro demoníaco da Rua Feet” (melhor direção de arte), “A bússola de ouro” (efeitos espeicais), “Elizabeth – a era de ouro” (figurino) e “Piaf – Um hino ao amor”, que além de levar o Oscar de melhor maquiagem, deu a francesa Marion Cotellard o prêmio de melhor atriz. A melhor animação do ano foi para “Ratatouille”, e o melhor filme estrangeiro para o longa "The Counterfeiters", dirigido por Stefan Ruzowitzky, o primeiro da Áustria a ganhar nesta categoria e o segundo a ter uma indicação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos.
Os outros filmes que competiam eram "Beaufort" (Israel), "12" (Rússia), "Katyn" (Polônia) e "Mongol" (Cazaquistão). "The Counterfeiters" trata de temas que já se saíram bem na história do Oscar: a 2a Guerra Mundial e o Holocausto.
A parte ridícula da festa foi a entrega dos melhores curtas de documentários, com Tom Hanks chamando soldados de Bogotá para apresentar os indicados. Só porque o tema da maioria dos documentários são sobre a guerra no Iraque? Não precisava. E a pergunta que não quer calar: quando a Globo vai “tomar vergonha na tela” e contratar um crítico de cinema de respeito, pois agüentar os poucos comentários dispensáveis e infelizes de José Wilker foi difícil.
E o Oscar foi para...
Melhor filme: “Onde os fracos não têm vez”
Melhor diretor: Ethan e Joel Coen (”Onde os fracos não têm vez”)
Melhor ator: Daniel Day Lewis ("Sangue Negro")
Melhor atriz: Marion Cotellard (”Piaf - um hino ao amor”)
Melhor ator coadjuvante: Javier Bardem (”Onde os fracos não tem vez”)
Melhor atriz coadjuvante: Tilda Swinton (”Conduta de risco”)
Melhor roteiro original: Diablo Cody, “Juno”
Melhor roteiro adaptado: Ethan e Joel Coen (”Onde os fracos não têm vez”)
Melhor animação: “Ratatouille”, de Brad Bird
Melhor documentário: “Taxi to the dark side”, de Alex Gibney e Eva Orner
Melhor filme estrangeiro: “The counterfeiters”, de Stefan Ruzowitzky (Austria)
Melhor fotografia: Sangue Negro
Melhor direção de arte: “Sweeney Todd - O barbeiro demoníaco da Rua Feet”
Melhor edição: “O ultimato Bourne”
Melhor mixagem de som: “O ultimato Bourne”
Melhor edição de som: “O ultimato Bourne”
Melhores efeitos especiais: “A bússola de ouro”
Melhor maquiagem: “Piaf – Um hino ao amor”
Melhor figurino: “Elizabeth – A era de ouro”
Melhor canção original: “Falling Slowly”, de Glen Hansard e Marketa Irglova (”Once”)
Melhor trilha sonora original:: Dario Marianeli (”Desejo e Reparação”)
Melhor curta-metragem: “Le Mozart des pickpockets”
Melhor curta-metragem de animação: “Peter and the wolf”
Melhor documentário em curta-metragem: “Freehand”
Fox divulga primeira imagem do filme "Wolverine"
A primeira imagem de Hugh Jackman, como Wolverine, no filme do mesmo nome, já está disponível. O filme, que está sendo rodado na Nova Zelândia e na Austrália mostra o passado do mutante, seu relacionamento complexo com Victor Creed e seu encontro com outros personagens clássicos dos X-Men (clique na imagem para ampliá-la).
Irmãos Coen retomam ironia em 'Onde Os Fracos Não Têm Vez'
O humor negro e uma fina ironia diante do lado escuro da alma humana frequentam habitualmente a obra dos irmãos cineastas Joel e Ethan Coen (Fargo e E Aí Meu Irmão, Cadê Você?). Mais uma vez, este é o tom em Onde os Fracos não Têm Vez.
O roteiro, também assinado pela dupla, parte do romance Onde Os Velhos Não Têm Vez, do norte-americano Cormac McCarthy, considerado um dos melhores escritores em atividade dos Estados Unidos.
Na fronteira do Texas, região do Rio Grande, um sujeito comum chamado Llewelyn Moss (Josh Brolin, Planeta Terror) encontra uma picape cercada de corpos, com US$ 2 milhões e uma grande quantidade de heroína.
Moss nem desconfia que ao pegar do dinheiro desencadeará uma série de acontecimentos que poderão culminar em sua ruína. Especialmente porque isso coloca em seu caminho Anton Chigurh (Javier Bardem, de O Amor nos Tempos do Cólera), um assassino sem escrúpulos ou limites.
A terceira peça desse jogo é o xerife Ed (Tommy Lee Jones, de No Vale das Sombras), a voz da razão nesse inferno povoado por homens sem escrúpulos. Ele está prestes a se aposentar. Este poderá ser seu último caso antes do adeus à profissão, a mesma, aliás, de seu pai e avô.
Chigurh não mede esforços para ir atrás daquilo que julga ser seu e foi roubado. Isso significa dizer que absolutamente ninguém fica em seu caminho - aparentemente, ninguém sobrevive a um encontro com esse homem, é bom dizer.
Indicado ao Oscar de coadjuvante por esse trabalho, o ator espanhol Javier Bardem parece vestir Chigurh como uma segunda pele. Seu olhar sempre parado, seu corte de cabelo engraçado e suas atitudes imprevisíveis transformam-no numa das figuras mais assustadoras do cinema dos últimos tempos.
Essa interpretação já lhe rendeu diversos prêmios, como o Globo de Ouro e o do Sindicato dos Atores da América, e o coloca como favorito para o da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas, que será anunciado dia 24 próximo.
O tom irônico dos filmes dos Coen encontrou na obra de McCarthy uma profundidade muito bem-vinda abordando uma história tipicamente norte-americana de ambição desmedida, onde será inevitável correr muito sangue.
'Meu Monstro de Estimação' é fantasia infanto-juvenil
Não são poucos os filmes que mostram animais ajudando crianças a superar seus medos e limitações. Geralmente são cachorros ou cavalos - ou até mesmo um alienígena - que ganham essa função. Na aventura Meu Monstro de Estimação, como o título indica, o melhor amigo do protagonista é uma criatura bem maior.
A história passa-se na época da Segunda Guerra Mundial, na Escócia, quando o pequeno Angus MacMorrow (Alex Etel, de Caiu do Céu) sonha com a volta do pai que está no campo de batalha. Sem muitos amigos, o menino caminha solitário por uma praia próxima à sua casa, quando encontra algo estranho. Ele descobre que aquilo é um ovo e o leva para casa.
Em casa, ele não tem muita atenção por parte da mãe Anne (Emily Watson, de Ondas do Destino), preocupada com possíveis ataques alemães, nem da irmã Kirstie (Priyanka Xi). Assim, quando uma estranha criatura rosada sai do ovo, o menino decide cuidar do animal - uma mistura de dinossauro com lesma, que ganha o nome de Crusoé.
O animal come muito e começa a crescer rapidamente, até que fica grande demais para permanecer dentro de uma banheira e precisa ser colocado em outro lugar.
Para tentar esconder Crusoé do restante do mundo, Angus conta com a ajuda de sua irmã e do misterioso Lewis Mowbray (Ben Chaplin, de A Bela do Palco). Para complicar a situação, entram em cena soldados ingleses que vigiam a região sob o pretexto de evitar que alemães entrem na Escócia usando o lago.
Os efeitos visuais são assinados pela mesma empresa responsável pelos da série O Senhor dos Anéis e de Crônicas de Nárnia. O grande destaque é a metamorfose de Crusoé desde um pequeno filhote até um monstro gigantesco e algo assustador.
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