Você já acordou com dor na mandíbula ou sentiu estalos ao abrir a boca? Esses podem ser sinais de bruxismo, um distúrbio cada vez mais comum que atinge milhares de brasileiros e que, muitas vezes, passa despercebido. O bruxismo é caracterizado pelo ato involuntário de apertar ou ranger os dentes, principalmente durante o sono, e pode causar uma série de desconfortos físicos, como dores de cabeça, desgaste nos dentes, fadiga muscular e até alterações na estrutura do rosto.
Com o avanço da odontologia, novos caminhos têm surgido para tratar o problema, indo além da tradicional placa de bruxismo. Um dos tratamentos que tem ganhado visibilidade é o uso da toxina botulínica, sim, a famosa “botox”, dentro dos protocolos de harmonização facial.
A dentista Dra. Eduarda Diógenes, explica como o procedimento pode ser um grande aliado.
“A toxina botulínica é aplicada nos músculos da mastigação, como o masseter e o temporal, ajudando a reduzir a força da contração muscular. Isso alivia as dores e protege os dentes do desgaste excessivo”, afirma.
Segundo a especialista, o tratamento é minimamente invasivo, tem ação local e os resultados começam a aparecer poucos dias após a aplicação, com duração de cerca de quatro a seis meses. Além disso, pacientes que procuram a harmonização facial por motivos estéticos muitas vezes descobrem que o aumento do volume muscular na região da mandíbula, o famoso rosto “quadrado”, pode estar relacionado justamente ao bruxismo.
Apesar dos benefícios da toxina botulínica, a Dra. Eduarda reforça que o bruxismo exige um olhar mais amplo e multidisciplinar. O tratamento pode envolver diferentes estratégias, como:
• Placas miorrelaxantes para o bruxismo feitas sob medida, que evitam o desgaste dos dentes durante o sono;
• Fisioterapia orofacial, com técnicas que promovem relaxamento muscular e correção de hábitos;
• Terapias integrativas e psicoterapia, que auxiliam no controle de fatores emocionais como estresse e ansiedade, frequentemente relacionados ao surgimento do bruxismo;
• Medicamentos, que podem incluir relaxantes musculares ou ansiolíticos, sempre com prescrição e acompanhamento médico.
“Muitas vezes, o ranger dos dentes é um reflexo de um estilo de vida acelerado, emocionalmente carregado. É importante tratar os sintomas, sim, mas também olhar para a causa”, destaca a dentista.
Mais do que uma questão estética, a harmonização facial vem ganhando espaço como ferramenta de promoção da saúde. Para a Dra. Eduarda, o grande diferencial está na qualidade de vida:
“Estamos falando de dormir bem, falar e mastigar sem dor, e ainda recuperar a autoestima. O tratamento vai muito além da aparência”, conclui.
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