Dona Zefinha lança álbum dia 16 de setembro no Anfiteatro do Dragão do Mar
O disco é uma co-produção entre Dona Zefinha e o grupo Pato Mojado, da Argentina
Dona Zefinha e Pato Mojado. Dois grupos de países e idiomas
diferentes. Um é de Itapipoca, cidade brasileira do interior do Ceará, e
o outro, de Rosário, no interior da Argentina. Fora isso, têm muita
coisa em comum. Uma delas é o uso das linguagens da música e do teatro
como expressões artísticas em seus espetáculos. A afinidade entre eles
deu margem ao intercâmbio que resultou em uma montagem teatral com apoio
cultural do IBERESCENA, cuja estreia aconteceu em Rosário em 2016. A
trilha sonora da peça está no álbum Da Silva: El Hijo de las Américas
(Independente/2018), que Dona Zefinha lança em show no dia 16 de
setembro, às 20h, no Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura.
“Ambos somos ativistas culturais natos que contribuem para difusão de
shows em suas moradas através de ações, eventos, festivais e projetos
de exibição pública de arte. A partir destes e de outros itens de
pertença e similitude surgiram os primeiros rabiscos de ideias, troca de
referências, parcerias musicais e vivências artísticas”, diz Orlângelo
Leal, do grupo Dona Zefinha, sobre a parceria com Pato Mojado.
Com 12 faixas, o disco foi gravado em Itapipoca (Studio JP) e Rosário
(Studio El Espacio La Casona), entre julho e outubro de 2016, numa
co-produção dos dois grupos, através de e-mails e com o auxílio das
redes sociais. Tem a participação especial do cearense Daniel Groove na
música “Indecisão”. A mixagem e masterização é de Gustavo Portela.
Os temas alternam entre instrumentais e canções populares nas línguas
maternas criolas, português e castelhano, figurando lado a lado numa
mistura de sotaques que aponta o quanto os dois povos são iguais e
distintos no cotidiano. É um trabalho baseado na vida do povo latino,
com arranjos inspirados nas expressões artísticas populares e fusões de
ritmos como tango, bolero, cumbia, arrocha, samba, milonga e
carnavalito. O ecletismo sonoro destaca-se pela diversidade de timbres
de instrumentos como rabeca, piano, violão, bombardino, tuba, trompete,
flauta, congas, pandeiro, zabumba, proporcionando uma atmosfera de word music.
O SHOW
O show no dia 16 de setembro no Anfiteatro do Dragão do Mar faz parte
do edital da Temporada de Arte Cearense (TAC), programa de ocupação
artística do Dragão do Mar, e da turnê de lançamento do disco, que
começa no dia 8 de setembro no Festival Nordestino de Teatro de
Guaramiranga (FNT). Também no dia 8 o álbum será lançado de forma
digital nas plataformas de streaming. Será um espetáculo
dançante, com uma pegada latino-americana, envolvente e divertida, tudo
junto e misturado, quente fervendo Dona Zefinha e Pato Mojado sabem
fazer.
O time dos brasileiros no show será composto por Orlângelo leal (voz,
baixo, guitarra), Paulo Orlando (vocal, percussão), Ângelo Márcio (sax,
percussão) Joélia Braga (voz) Samuel Furtado (rabeca, bombardino,
trompete, trombone, tuba), Vanildo Franco (pífano, percussão), Maninho
(bateria), Tamily Braga (baixo, ukulele, vocal) e, como participação
especial, o cantor Daniel Groove em “Indecisão”. Do Pato Mojado o show
contará com a presença dos músicos Alejo Castillo (voz, sintetizador,
piano) e Pedro Jozzami (voz, sintetizador, piano, violão, baixo,
guitarra).
O ÁLBUM
“Da Silva: El Hijo de las Américas é um
disco baseado na vida do povo da América Latina e sua relação com a
natureza, sociedade e cultura. Os países da América do Sul são todos
frutos da colonização ibérica e vítimas do mercantilismo mundial. As
fusões étnicas ‘íberoafroameríndias’ deram margem a diversidade sonora,
criando uma música variada e pulsante, que serviu como inspiração para
concepção de um álbum latino”, explica Orlângelo Leal, do Dona Zefinha.
As letras de cunho social assumem seu duplo: ora como aglutinador de
culturas entre povos de territórios distantes e realidades parecidas,
ora como chave para abertura das mentes enclausuradas nas ideologias de
dominação, neste ambiente contemporâneo, pós-colonial, trazendo à tona
discussões como a subsistência, a capacidade de resiliência e a
expertise criadora para fugir da escravidão moderna e navegar com mais
autonomia nos tortuosos caminhos da insegurança da era planetária.
As composições são de Orlângelo Leal, Samuel Furtado e dos argentinos
Alejo Castillo e Pedro Jozzami. Entre os convidados, Além de Daniel
Groove, estão os Itapipoquenses Mauro de Moraes, Alcio Barroso e
Arizzinho no samba “Bloco dos Excluídos”, com arranjos vocais de Davi
Silvino.
SERVIÇO
“Da Silva: El Hijo de las Américas” – Show de lançamento do novo CD do grupo Dona Zefinha, dia 16 de setembro de 2018, às 20h, no Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema). Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Informações: (85) 99972-2871.
25 anos de criatividade
na música e teatro
Performance de Orlângelo Leal com instrumentos exóticos são atração do Sesc Sonoridades dia 6 de setembro
Anos 1990, a trupe dos irmãos Orlângelo
Leal, Ângelo Márcio e Paulo Orlando flertava com o teatro de rua, a
música e o circo na cidade de Itapipoca. Surgia então a fagulha para a
Dona Zefinha, uma companhia cênica e musical que
há 25 anos experimenta a miscelânea de sons capturados na sonoridade
nordestina, nos folguedos, no universo circense e nas músicas do mundo.
Em setembro, eles lançam seu quinto álbum “El Hijo de Las Americas”
brincando com os ritmos latinos da cumbia, bolero e salsa.
Um dos fundadores da Dona Zefinha é o ator, dramaturgo, diretor teatral e compositor Orlângelo Leal.
Na próxima quinta-feira, às 11h, suas composições tomam o espaço
da Casa do Turista, no Mercado Central de Fortaleza, para uma
performance de experiências sonoras e
muito humor e no Sesc Sonoridades deste mês.
Música excêntrica é como ele define suas
criações, que dão aos ouvidos curiosos a chance de conhecer o som da
flauta nasal, um instrumento indígena, e o marimbau, instrumento de
percussão semelhante ao berimbau, mas criado ainda
na Grécia antiga “em muitos países é conhecido como monocórdio de
Pitágoras”, diz Orlângelo.
Toca junto com ele o músico argentino Pedro Jozami, cantor e guitarrista da banda Pato Mojado,
com a qual a Dona Zefinha fez parceria
no mais recente álbum, e segue em turnê por dez cidades cearenses e
depois para a Argentina. “O álbum tem crítica social e fala sobre o
momento político do País”,descreve Leal.
Cada disco é resultado de uma investigação musical, explica o compositor. Em 2002, o álbum Cantos e Causos mergulhou na
cultura popular e trouxe a música do Nordeste com o xote, o maracatu e o baião. Em 2007, o álbum Zefinha Vai à Feira brinca
com a world music e resulta em um intercâmbio sonoro. Em 2012
é a vez de O Circo sem teto da lona furada dos Bufões trazer os sons circenses.
O Sesc Sonoridades é uma
iniciativa do Serviço Social do Comércio, que integra o Sistema
Fecomércio Ceará, para expandir o acesso à arte, levando shows e
espetáculos aos espaços públicos e locais onde comerciantes
trabalham. A parceria com a Associação dos Lojistas do Mercado Central
(ALMEC) já resultou em mais de 170 apresentações dos projetos Sesc
Sonoridades, DegustaSom e Sesc Cordel.
Sesc Sonoridades
6/7 (quinta-feira)
Orlângelo Leal e Pedro Jozami (Argentina)
Horário:11h
Local: Casa do Turista (Mercado Central de Fortaleza). Avenida Alberto Nepomuceno, 199 – Centro
Acesso Gratuito
Informações: (85) 3452.9090
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