Centro Cultural Banco do Nordeste promove tributo a Siegbert com show de Mona Gadelha
O músico e artista plástico cearense Siegbert Franklin (1957-2011) faria 59 anos no próximo dia 1º de julho. Para comemorar a data, o Centro Cultural Banco do Nordeste Fortaleza promove o show “Tributo a Siegbert”, na sexta feira, dia 1º, uma homenagem de Mona Gadelha, Ronald Carvalho e Edmundo Jr, parceiros de juventude e coautores das canções do artista. A entrada é franca.
Além de deixar uma vasta, significativa e inovadora obra nas artes plásticas, Siegbert Franklin foi compositor, músico e cantor. Ele tinha o rock como sua preferência musical e tocava nos poucos grupos da cidade, como as bandas “Perfume Azul” e “Kaleidoscópio”, no final dos anos 70.
Desta época, surgiram canções como “Bem-me-quer (Onde Você Anda?)”, “Pivetes”, “Pedra e Aço”, “Animal”, “Em cada tela, uma história”, “Angela B” e “Mamãe Carinhosa”, que estão no repertório do show. No geral, são composições que falam do valor das amizades e da passagem implacável do tempo, dentre outros temas.
A cantora Mona Gadelha considera Siegbert Franklin como uma grande referência na arte e na música. Ela é mestranda e pesquisadora da obra de Siegbert e Lúcio Ricardo, dois artífices da transgressão e contracultura na Fortaleza dos anos 70.
“O início na música, a viagem juntos para a gravação do álbum Massafeira, além do grande volume de referências e informações que ele compartilhava de forma muito generosa, me marcaram pra sempre”, afirma.
Sonhos e enigmas
No mesmo dia, na galeria do Espaço Cultural Correios, encerram-se as visitações da exposição "Sonhos e Enigmas", com dez obras de Siegbert Franklin que compõem o acervo do Banco do Nordeste. O acesso também é gratuito.
A exposição traz obras com fortes cores que trazem o ritmo do rock e denunciam a marginalização de figuras humanas na sociedade de consumo. São desenhos de traços rápidos e vigorosos, nos quais emergem figuras disformes que se perdem em meio a abstrações, rabiscos e transparências, em colagens e sobreposições. O artista volta-se em direção ao mundo dos humildes, dos excluídos, dos desajustados e dos idosos.
Carreira artística
Antes de se denominar como artista plástico, Siegbert tinha o rock como sua preferência musical e tocava nas poucas bandas que existiam Fortaleza. No entanto, foi nas artes plásticas que ele se firmou a partir dos anos 1980, período que desenvolveu sua carreira em São Paulo.
Siegbert participou de vários salões oficiais e exposições coletivas em Fortaleza, São Paulo e Tóquio. Entre suas exposições individuais destacam-se três em Nuremberg, na Alemanha: Art-Web2000, Künsthaus, (2000); "Lembranças do Futuro", na Kasper Haus, (2001) e Salão de Exposições da Prefeitura de Nuremberg.
Serviço
Show: “Tributo a Siegbert”
Data: 1º de julho, sexta, às 19h
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste Fortaleza (Rua Conde d’Eu, 560 - Centro)
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