quinta-feira, 11 de novembro de 2010

POLÍTICA CULTURAL

Ministério da Cultura paga R$ 489 mil para produzir festa

A diretora e cenógrafa Bia Lessa, que vai receber o dinheiro para produzir festa do MinC no Rio de Janeiro

O Ministério da Cultura contratou a diretora e cenógrafa paulista Bia Lessa ("Formas Breves") por R$ 489.369 para a direção e produção da cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural deste ano.

O evento acontece no próximo dia 2 de dezembro no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Bia Lessa afirmou, por e-mail, que "esse valor corresponde à concepção, direção-geral e produção artística da cerimônia, que envolve muitos serviços especializados".

A premiação, entregue desde 1995, vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 1,5 milhão. No ano passado, o orçamento do mesmo evento foi de aproximadamente R$ 1,3 milhão.

Esse valor inclui, por exemplo, despesas com hospedagens e passagens aéreas dos vencedores em 40 categorias. Eles não recebem nenhum valor em dinheiro pela premiação.

Segundo Lucas Arruda, que produz o evento com Bia Lessa, os R$ 489.369 cobrados incluem a contratação de uma banda, a construção do cenário e a realização de vídeos de apresentação que acompanham o evento, entre outros itens.









Ancine libera R$ 17 mi para projetos de TV

A Ancine (Agência Nacional do Cinema) liberou R$ 17,7 milhões para serem investidos na produção de obras independentes para a TV, tanto paga como aberta. Na disputa pelo dinheiro havia programas de animação, documentários e realities.

Entre os 23 projetos aprovados, propostos por 22 produtoras, estão a série infanto-juvenil “Julie e os Fantasmas”, produzida pela Mixer e comprada pela Band, e a série documental “Terra Prometida”, da Conspiração Filmes, que vai ao ar pelo History Channel. Também estava na disputa o reality “Transplante – Entre a Vida e a Morte”, da Medialand, que será exibido pela Rede TV!.

Em 2009, primeiro ano de operação do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), cujo comitê escolhe as obras, dos R$ 7 milhões orçados R$ 3 milhões foram destinados para cinco programas. Devido à inconsistência dos projetos, o comitê optou por aplicar a diferença neste ano.Isso foi possível porque o FSA é diferente da Lei do Audiovisual, por exemplo, em que as empresas deduzem do Imposto de Renda o dinheiro destinado às produções.

Nos financiamentos do FSA, uma parte do faturamento da obra retorna para o fundo e é reinvestido. Com esse modelo, as produtoras recebem o dinheiro direto do fundo.








Franklin defende refundação do Ministério das Comunicações

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Franklin Martins, disse dia 25, em São Paulo, que o Brasil vive “um período de extraordinária liberdade de imprensa”, mas defendeu que é preciso “refundar” o Ministério das Comunicações para se discutir o tema comunicação no país.

“Ficamos um tempão sem discutir comunicação, desde o tempo do Sérgio Motta [ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso]. Chegou a hora de discutir e é preciso um ministério que planeje, formule, execute e que seja um centro de gravidade da política de comunicação no Brasil”, afirmou o ministro, depois de participar da abertura do Seminário Cultura Liberdade de Imprensa, promovido pela TV Cultura.

Aos jornalistas, Franklin Martins voltou a dizer que não há cerceamento da imprensa no país que é “livre para falar o que quer e não falar o que não quer” e até mesmo para “botar o presidente da República sob crítica”. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre garantiu a liberdade de imprensa não por ser uma “dádiva”, mas por ser uma conquista da sociedade.

Para o ministro, o estabelecimento de um marco regulatório para o setor, a exemplo do que ocorre em outros países, não significa um atentado à liberdade de imprensa.

“É um fantasma dizer que a imprensa está sendo ameaçada. Ameaçada por quem?”, indagou o ministro, ressaltando que seu compromisso pessoal com a liberdade de imprensa não é de “conveniência ou de circunstância”, mas de “alma”.

Franklin disse que deixará o governo no dia 31 de dezembro, assim que terminar o mandato do presidente Lula, por motivos pessoais. “Fico até o dia 31 de dezembro. A partir daí Franklin Martins vai desencarnar”, brincou o ministro.

Ele declarou ainda que deixará à presidenta eleita, Dilma Rousseff, um anteprojeto de lei complexo, mas consistente para modernizar a legislação sobre a mídia no país. “Estamos trabalhando para deixar para a ministra Dilma um anteprojeto em cima do qual ela possa trabalhar. Ela é livre para mandar ou não para o Congresso. Ela vai decidir.”

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