O cineasta homenageado Josafá Duarte e o longa brasileiro “Sou amor”, de André Amparo e Cris Azzi, que compete na Mostra Ibero-americana de Longa-metragem
O agricultor e cineasta popular cearense Josafá Duarte será homenageado com o Troféu Eusélio Oliveira nesta quinta-feira (30) no 33º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema. A solenidade acontecerá no Cineteatro São Luiz, abrindo a programação da noite, com início às 19h30. Após a homenagem, serão exibidas mais quatro produções da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem: “Diafragma” (Robson Cavalcante. Animação. 10’. Alagoas. 2023), “Pulmão de pedra” (Torquato Joel. Documentário. 14’. Paraíba. 2023), “Os finais de domingos” (Olavo Junior. Ficção. 8’. Ceará. 2023) e “Lapso” (Caroline Cavalcanti. Ficção. 24’. Minas Gerais. 2023). Na sequência, a exibição será do filme “Sou amor” (André Amparo e Cris Azzi. Ficção. 110’. Brasil. 2023), representante brasileiro na Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem.
O 33º Cine Ceará segue até o dia 1º de dezembro, quando serão conhecidos os ganhadores do Troféu Mucuripe desta edição. O acesso é gratuito a toda a programação. Informações sobre a retirada de ingressos estão disponíveis no site do festival: www.cineceara.com.
Na noite de abertura o festival homenageou a jornalista e doutora em Sociologia Bete Jaguaribe e o roteirista George Moura. Na terça-feira foi homenageado o ator Ailton Graça. Na noite de quarta-feira o Cine Ceará prestou homenagens in memorian a dois profissionais que tiveram importante papel nas políticas públicas do setor audiovisual, o produtor Doug de Paula que, entre outros atribuições, foi membro da Câmara Setorial do Audiovisual, órgão consultivo ligado à Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (ADECE), e membro fundador da Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte, Nordeste (CONNE), e ao servidor público federal Júlio Linhares, que esteve 17 anos à frente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, no qual desempenhou um relevante papel de interlocução com cineastas e artistas. No dia 1º de dezembro, durante a solenidade de encerramento desta edição, o Cine Ceará homenageará a cineasta Verônica Guedes.
O homenageado Josafá Duarte
Josafá Ferreira Duarte é um agricultor e cineasta popular autodidata com uma extensa produção audiovisual. Nascido em 1960 em Forquilha, no interior do Estado, é casado e pai de três filhos. Entre 1977 e 1997 morou em Fortaleza, onde militou no movimento de bairros e favelas e no MST. Começou a produzir cinema popular em 2006 em sua comunidade, o distrito do Salgado dos Mendes, em Forquilha.
De lá pra cá, já produziu 35 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens. Em 2016, seu trabalho virou tese de doutorado na Universidade Federal de Goiás (UFG), defendida pelo professor Paulo Passos de Oliveira, que, este ano, desenvolve o tema em pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2017, sua cidade foi reconhecida pelo Governo do Estado do Ceará como a capital cearense do cinema popular.
Os filmes de Josafá Duarte já foram exibidos na Alemanha, em Portugal e no Uruguai. Estes são alguns: “A história de um galo assado” (2006), “Por debaixo dos panos 1 e 2” (2010 e 2011), “A espiã que amava Forquilha” (2011), “A História de um calça curta aperreado” (2011), “Forquilha sob ameaça química” (2012), “A sogra e o lobisomem” (2013), “Os escudeiros contra a garrafa pet” (2013), “O homem que queria enganar a morte” (2014), “Cadê meus zócolos” (2015) - curta premiado no V Festival de Jericoacoara na categoria de melhor filme eleito pelo júri popular -, “Santeiro Luminoso contra o Santo do Pau Oco” (2015), “Os Malas e os Trouxas” (2016), “Escapei fedendo” (2017), “A volante do soldado 33” (2018), “Até o padre correu” (2019) e “Revolução eleitoral” (2019) - premiado no Festival de Meruoca nas categorias de melhor roteiro e melhor direção. Atualmente, está trabalhando na produção da série “Nascidos em Barro Vermelho”, que será exibida nas redes sociais em 2024.
“Sou amor” na Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem
A ficção “Sou amor” é o único representante do cinema nacional na Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem. Dirigido pelos cineastas mineiros André Amparo e Cris Azzi, o filme traz a história de Robson, que, depois de apanhar do pai na pequena cidade de Luisburgo, em Minas Gerais, vai, com seu irmão mais novo, morar com a avó na capital. “Ou amor” fala sobre a descoberta de si pós-trauma. Seis produções de 10 países estão na Mostra Ibero-americana. Os filmes disputam o troféu Mucuripe nas categorias de Melhor Longa-metragem (que ganha também R$ 20 mil para distribuição da obra no Brasil), Melhor Direção, Melhor Atuação Principal, Melhor Atuação Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Som e Melhor Direção de Arte.
Para o diretor André Amparo, é muito bom ver o filme participando de uma seleção de longas-metragens como esta do Cine Ceará. “É um orgulho para a direção, para o elenco, para todos da equipe”, diz. Cris Azzi, também diretor do longa, compartilha da alegria de realizar a estreia do longa no festival cearense. “É uma honra ter o filme no Cine Ceará, por sua importância no calendário nacional. Ao mesmo tempo é uma responsabilidade, já que ‘Sou Amor’ é o único filme brasileiro selecionado para essa Mostra Competiva Ibero-americana”, comenta.
SERVIÇO
33° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema – De 25 de novembro a 1º de dezembro de 2023 em Fortaleza, Ceará. Site: www.cineceara.com. Instagram: @cineceara, Facebook: Festival Cine Ceará. E-mail: contatos@cineceara.com.
O agricultor e cineasta popular cearense Josafá Duarte será homenageado com o Troféu Eusélio Oliveira nesta quinta-feira (30) no 33º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema. A solenidade acontecerá no Cineteatro São Luiz, abrindo a programação da noite, com início às 19h30. Após a homenagem, serão exibidas mais quatro produções da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem: “Diafragma” (Robson Cavalcante. Animação. 10’. Alagoas. 2023), “Pulmão de pedra” (Torquato Joel. Documentário. 14’. Paraíba. 2023), “Os finais de domingos” (Olavo Junior. Ficção. 8’. Ceará. 2023) e “Lapso” (Caroline Cavalcanti. Ficção. 24’. Minas Gerais. 2023). Na sequência, a exibição será do filme “Sou amor” (André Amparo e Cris Azzi. Ficção. 110’. Brasil. 2023), representante brasileiro na Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem.
O 33º Cine Ceará segue até o dia 1º de dezembro, quando serão conhecidos os ganhadores do Troféu Mucuripe desta edição. O acesso é gratuito a toda a programação. Informações sobre a retirada de ingressos estão disponíveis no site do festival: www.cineceara.com.
Na noite de abertura o festival homenageou a jornalista e doutora em Sociologia Bete Jaguaribe e o roteirista George Moura. Na terça-feira foi homenageado o ator Ailton Graça. Na noite de quarta-feira o Cine Ceará prestou homenagens in memorian a dois profissionais que tiveram importante papel nas políticas públicas do setor audiovisual, o produtor Doug de Paula que, entre outros atribuições, foi membro da Câmara Setorial do Audiovisual, órgão consultivo ligado à Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (ADECE), e membro fundador da Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte, Nordeste (CONNE), e ao servidor público federal Júlio Linhares, que esteve 17 anos à frente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, no qual desempenhou um relevante papel de interlocução com cineastas e artistas. No dia 1º de dezembro, durante a solenidade de encerramento desta edição, o Cine Ceará homenageará a cineasta Verônica Guedes.
O homenageado Josafá Duarte
Josafá Ferreira Duarte é um agricultor e cineasta popular autodidata com uma extensa produção audiovisual. Nascido em 1960 em Forquilha, no interior do Estado, é casado e pai de três filhos. Entre 1977 e 1997 morou em Fortaleza, onde militou no movimento de bairros e favelas e no MST. Começou a produzir cinema popular em 2006 em sua comunidade, o distrito do Salgado dos Mendes, em Forquilha.
De lá pra cá, já produziu 35 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens. Em 2016, seu trabalho virou tese de doutorado na Universidade Federal de Goiás (UFG), defendida pelo professor Paulo Passos de Oliveira, que, este ano, desenvolve o tema em pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2017, sua cidade foi reconhecida pelo Governo do Estado do Ceará como a capital cearense do cinema popular.
Os filmes de Josafá Duarte já foram exibidos na Alemanha, em Portugal e no Uruguai. Estes são alguns: “A história de um galo assado” (2006), “Por debaixo dos panos 1 e 2” (2010 e 2011), “A espiã que amava Forquilha” (2011), “A História de um calça curta aperreado” (2011), “Forquilha sob ameaça química” (2012), “A sogra e o lobisomem” (2013), “Os escudeiros contra a garrafa pet” (2013), “O homem que queria enganar a morte” (2014), “Cadê meus zócolos” (2015) - curta premiado no V Festival de Jericoacoara na categoria de melhor filme eleito pelo júri popular -, “Santeiro Luminoso contra o Santo do Pau Oco” (2015), “Os Malas e os Trouxas” (2016), “Escapei fedendo” (2017), “A volante do soldado 33” (2018), “Até o padre correu” (2019) e “Revolução eleitoral” (2019) - premiado no Festival de Meruoca nas categorias de melhor roteiro e melhor direção. Atualmente, está trabalhando na produção da série “Nascidos em Barro Vermelho”, que será exibida nas redes sociais em 2024.
“Sou amor” na Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem
A ficção “Sou amor” é o único representante do cinema nacional na Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem. Dirigido pelos cineastas mineiros André Amparo e Cris Azzi, o filme traz a história de Robson, que, depois de apanhar do pai na pequena cidade de Luisburgo, em Minas Gerais, vai, com seu irmão mais novo, morar com a avó na capital. “Ou amor” fala sobre a descoberta de si pós-trauma. Seis produções de 10 países estão na Mostra Ibero-americana. Os filmes disputam o troféu Mucuripe nas categorias de Melhor Longa-metragem (que ganha também R$ 20 mil para distribuição da obra no Brasil), Melhor Direção, Melhor Atuação Principal, Melhor Atuação Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Som e Melhor Direção de Arte.
Para o diretor André Amparo, é muito bom ver o filme participando de uma seleção de longas-metragens como esta do Cine Ceará. “É um orgulho para a direção, para o elenco, para todos da equipe”, diz. Cris Azzi, também diretor do longa, compartilha da alegria de realizar a estreia do longa no festival cearense. “É uma honra ter o filme no Cine Ceará, por sua importância no calendário nacional. Ao mesmo tempo é uma responsabilidade, já que ‘Sou Amor’ é o único filme brasileiro selecionado para essa Mostra Competiva Ibero-americana”, comenta.
SERVIÇO
33° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema – De 25 de novembro a 1º de dezembro de 2023 em Fortaleza, Ceará. Site: www.cineceara.com. Instagram: @cineceara, Facebook: Festival Cine Ceará. E-mail: contatos@cineceara.com.
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