segunda-feira, 22 de maio de 2023

No Dia da Biodiversidade, Associação Caatinga comemora projeto de reflorestamento da Fazenda Raposa

 No dia 22 de maio comemoramos o Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de alertar as pessoas sobre a necessidade de se conservar e proteger os seres vivos existentes, incluindo todos os vegetais, animais e microrganismos. 
O Brasil é o país com a maior biodiversidade de flora e fauna do mundo, com mais de 103 mil espécies animais e 43 mil espécies vegetais conhecidas pela ciência. “Isso é um dos nossos maiores patrimônios e precisa ser conservado. Essa biodiversidade é a base da sobrevivência humana, interferindo no clima, na purificação da água, no solo, em tudo”, destaca Daniel Fernandes, coordenador geral da Associação Caatinga. “Infelizmente, estudos mostram que espécies estão entrando em extinção e muitas outras estão ameaçadas de extinção, a maioria animais de pequeno porte sensíveis às mudanças climáticas. Mas plantas e animais de grande porte também estão sofrendo devido, principalmente, ao tráfico de animais, caça, queimadas e perda de habitat”, complementa.
Entre as iniciativas da Associação Caatinga para preservação da biodiversidade está o reflorestamento da Fazenda Raposa, Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) localizada em Maracanaú (CE), com 136 hectares de extensão. O projeto teve início em março de 2022 e tem como objetivo recuperar áreas degradadas, ampliar o sequestro e o estoque de carbono, conservar a biodiversidade local, garantir a segurança hídrica das bacias hidrográficas da região e proteger as coleções de diferentes espécies de carnaúbas que estão dentro da Fazenda Raposa. Ao total, desde o começo do projeto, 18.750 mudas nativas da Caatinga foram plantadas, o que equivale a 30 hectares restaurados. Além disso, o projeto possibilitou a construção de um viveiro para produção de mudas nativas, a implantação de aceiros e cercas e a capacitação de brigadas contra incêndios florestais.
A Fazenda Raposa, além de ter relevância ambiental, científica e histórica, está localizada em um ponto estratégico, uma vez que as ações de proteção da área têm desdobramentos para outras três unidades de conservação vizinhas: Área de Proteção Ambiental do Rio Maranguapinho (1.789 hectares), Parque Estadual do Cocó (1.571,29 hectares) e a Área de Proteção Ambiental da Serra da Aratanha (6.448,29 hectares).
E o projeto de reflorestamento ganhou um novo importante parceiro, a White Martins,  empresa pioneira no fornecimento de gases industriais e medicinais. A White Martins, em parceria com a Associação Caatinga, irá contribuir com o plantio de 6.250 mudas de espécies nativas da Caatinga dentro da Fazenda Raposa. Ao total, esta iniciativa vai restaurar 10 hectares da Unidade de Conservação. “A participação da White Martins neste projeto demonstra que o setor privado tem muito a contribuir para a proteção da Caatinga por meio do desenvolvimento de projetos de preservação que estejam alinhados às agendas globais de sustentabilidade”, afirma Daniel Fernandes, coordenador geral da Associação Caatinga.
Este projeto é realizado pela Associação Caatinga, com o patrocínio da The Coca-Cola Foundation e da Solar Coca-Cola, além do apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), do Governo do Estado de Ceará (por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente), da Prefeitura de Maracanaú, da Universidade Federal do Ceará, da Durametal, da CoBAP e da White Martins.

*Sobre a Associação Caatinga*
A Associação Caatinga é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja missão é promover a conservação das terras, florestas e águas da Caatinga para garantir a permanência de todas as suas formas de vida. Desde 1998, atua na proteção da Caatinga e no fomento ao desenvolvimento local sustentável, incrementando a resiliência de comunidades rurais à semiaridez e aos efeitos do aquecimento global.

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