Anúncio foi feito pela ministra Margareth Menezes após a cerimônia de posse de Marco Lucchesi na presidência da instituição
O Ministério da Cultura (MinC) fará um aporte de R$ 30 milhões para a modernização do prédio anexo da Biblioteca Nacional (BN), localizado na Av. Rodrigues Alves e destinado a abrigar parte das 10 milhões de obras que compõe o acervo da instituição – principalmente a coleção de periódicos. O projeto de modernização visa dotar o espaço de toda a estrutura necessária para abrigar o acervo de forma modelar. Entre as mudanças estarão a instalação de sistemas prediais de climatização, automação, segurança e combate a incêndios.
O anúncio foi feito nesta terça-feira pela ministra Margareth Menezes, durante a cerimônia de posse oficial do presidente da BN, Marco Lucchesi, na sede da Biblioteca Nacional, Centro do Rio. Além da ministra, a solenidade contou com a presença de autoridades como o secretário de cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero, imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) –entre eles a atriz Fernanda Montenegro, o jornalista Merval Pereira e o poeta Antônio Cícero – além de outras personalidades ligadas à cultura, como a atriz Dira Paes.
“O investimento será realizado este ano, e creio que seja a primeira vez que a Biblioteca Nacional conta com um aporte desta magnitude. A biblioteca recebe mais de 1 milhão de visitantes por ano, isso é uma coisa belíssima. Nosso objetivo é incentivar a Biblioteca nacional, a cultura: este setor que é tão importante para nós”, afirmou a ministra Margareth Menezes.
Biblioteca Nacional lança o Prêmio Akuli
Outra novidade anunciada durante a cerimônia foi a criação de uma nova categoria dentro do Prêmio Literário Biblioteca Nacional - o Prêmio Akuli. O novo prêmio objetiva a fixação de cantos ancestrais e narrativas da oralidade, recolhidas no Brasil, entre povos originários, ribeirinhos e de matrizes culturais. O edital será lançado em junho e a premiação é de R$ 30 mil para o trabalho vencedor.
Akuli era a alcunha de Moseuaípu, jovem sábio da tribo Arekuná. Íntimo dos saberes da floresta, foi um exímio narrador de histórias ancestrais. A literatura oral sobre Macunaíma, que Akuli transmitiu ao cientista alemão, Theodor Koch-Grünber, foi determinante para a obra de Mário de Andrade.
“Nós temos a responsabilidade de ampliar cada vez mais o acesso à Biblioteca Nacional, por meio da biblioteca digital - que é exemplar para o mundo, para a América Latina - mas também de ampliar um dossiê étnico, das terras quilombolas, das línguas múltiplas praticadas neste país e sua pluralidade”, afirmou Lucchesi.
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