O espaço da Praia de Iracema agora conta com um estúdio público de música, além de diversas programações em diferentes linguagens culturais
"É certo que haverá uma revitalização enorme neste espaço, cultural, de vida, de visitas ao passado e das novas gerações que vão receber aqui muitas energias positivas”, reforçou o prefeito Sarto na cerimônia (Foto: Tainá Cavalcante)
O Centro Cultural Belchior (CCB), equipamento da Prefeitura de Fortaleza gerido pelo Instituto Iracema, foi reinaugurado na noite de quinta-feira (18/05), data em que também se comemora os seis anos de existência do local. Após reforma estrutural, o CCB agora conta com um estúdio público de música e com a sede da Central de Empreendedorismo e Cultura Afro de Fortaleza (Cecaf).
“Fazer a reabertura do Centro Cultural enquanto entregamos outras obras na Praia de Iracema, complementando as intervenções na Beira Mar, é certo que haverá uma revitalização enorme neste espaço, cultural, de vida, de visitas ao passado e das novas gerações que vão receber aqui muitas energias positivas”, reforça o prefeito Sarto, que esteve presente na cerimônia.
Um dos novos espaços entregues no local é o estúdio público, um espaço que tem por objetivo atender a produção musical de artistas locais, especialmente àqueles que não possuem recursos para produção em estúdios privados. De acordo com Júnior Ponce, diretor do CCB, o espaço é uma inovação na rede pública. “Isso é um marco. Não conhecemos nenhuma outra cidade do Brasil que tenha um estúdio de música público que também dará suporte a carreira dos artistas através de oficinas e workshops”, ressalta.
Como parte do processo da democratização das políticas públicas de fomento à cultura, o Centro Cultural Belchior realizará editais de credenciamento, uso e ocupação do espaço. A previsão é de que o edital para credenciamento de artistas para o uso do estúdio seja divulgado em breve.
Além do estúdio, o novo espaço conta com a sede da Central de Empreendedorismo e Cultura Afro de Fortaleza (Cecaf), espaço de difusão das manifestações culturais de capacitação e de geração de negócios para a população negra da cidade de Fortaleza focado na moda e música. O objetivo do CCB como um todo é fomentar a cultura local através de diversas plataformas, conforme explica o secretário da Cultura, Elpídio Nogueira.
“Estamos trabalhando diversas linguagens, reabrindo com uma galeria de muralismo, vamos implementar a literatura brevemente com lançamento de livros e autores, teremos uma agenda de shows semanais, além da visitação do espaço. Será sempre um local aberto para a cultura de Fortaleza, estaremos aqui para receber os artistas e o fortalezense”, afirma.
O evento de reabertura contou com a apresentação da cantora Júlia Dantas, da Cia. Plural de Artes Cênicas com performances circenses e teve participação especial de Vannick Belchior, filha do cantor e compositor que dá nome ao espaço. “É um ambiente de muitos encontros, tão útil para a população, me sinto honrada de estar aqui representando meu pai. Em 2017 eu estava na inauguração e era muito diferente, agora está ainda mais a cara da cultura”, conta ela.
Além das apresentações, a exposição “Mosaico das Fortalezas” fez parte das atrações do novo espaço. A mostra de artes visuais apresenta o resultado do edital Painéis Artísticos nas Escolas, com a participação de 40 trabalhos de 18 artistas de Fortaleza, que também serão estampados em 40 escolas públicas municipais através do muralismo.
Centro Cultural Belchior
Inaugurado em maio de 2017 como homenagem a um dos maiores nomes da música cearense, o Centro Cultural Belchior é um equipamento que visa dar espaço e apoio à cena musical cearense. O prédio possui, aproximadamente, 850 m², incluindo auditório, salas e galerias para exposições, biblioteca, café, sala de reunião, administração, banheiros e plataforma elevatória para cadeirantes.
Com propostas voltadas, principalmente, para a música, literatura, audiovisual e artes visuais, o CCB tem, no eixo de difusão, programações como apresentações artísticas, exibições de filmes, podcasts, lançamentos de livros, debates com autores, apoio a shows e festivais. Já no eixo formativo, há ações como seminários, formação de capacitação, cursos, oficinas e palestras.
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