terça-feira, 25 de outubro de 2022

SUPERAÇÃO

Cearenses participam do 1ª Festival de Dragon Boat de Mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama em Brasília

Marcando o radar nacional de eventos e iniciativas que se relacionam ao Outubro Rosa, a primeira edição do Festival de Dragon Boat acontece nos próximos dias 26 e 29 de outubro, nas águas do Lago Paranoá, em Brasília. O evento inédito reunirá cerca de 400 mulheres que venceram o câncer de mama e se dedicam à prática da canoagem, aliada em seu processo de recuperação. O Dragon Boat é uma embarcação de remo coletiva originária da China que hoje faz parte de inúmeras iniciativas de reabilitação de mulheres sobreviventes ao câncer de mama. 

Será a primeira vez que o Ceará estará presente na competição, sendo representado por uma equipe de 14 remadoras, que vivenciam a prática esportiva diariamente. Toda a programação do festival acontece no Clube Ascade, em Asa Sul, Brasília, e conta com a presença de 27 equipes de todo o Brasil, além das equipes internacionais de seis países: Panamá, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Colômbia e Chile. A recepção será feita pelas Remadoras Rosas da capital, participantes da Associação Canomama.

Para Lucinha Simões, remadora competidora cearense, participar do Dragon Boat é um sonho que ela nunca havia imaginado. “Eu e mais 400 mulheres diagnosticadas com essa doença estaremos juntas vivenciando momentos de interação e alegria, no lago Paranoá, que é o cartão postal de Brasília. Eu, uma ex-atleta dos tempos estudantis, agora uma atleta internacional no auge dos meus 58 anos e curada do câncer! É o melhor sonho da vida!”, celebra.

Ana Paula Gomes, também remadora competidora cearense, destaca também a importância da interação entre mulheres diagnosticadas com a doença. “Será um presente que ansiosamente esperei, um sonho que em breve será realizado. Estar junto com mulheres que superaram o câncer de mama será um aprendizado excepcional”, ressalta.

Benefícios da prática

O hábito de praticar remadas para mulheres com câncer de mama foi introduzido em 1996 pelo médico Donald C. McKenzie, que trabalhando com um grupo de pioneiras, comprovou que o movimento rítmico e cíclico do remo fazia uma espécie de drenagem linfática natural, favorecendo a prevenção do linfedema que comumente ocorre após tratamentos de câncer que envolvem cirurgia de mastectomia e radioterapia.

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