domingo, 3 de abril de 2022

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

MIS do Ceará Chico Albuquerque é inaugurado com tecnologia de última geração
Com proposta inovadora e integrando a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, o MIS-CE reabre suas portas após restauro e reforma da casa que abriga o equipamento cultural e construção de um prédio anexo
O Governo do Ceará inaugurou naquinta-feira (31) o complexo do Museu da Imagem e do Som do Ceará Chico Albuquerque, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), com gestão em parceria com o Instituto Mirante de Cultura e Arte. Funcionando no mesmo endereço em que está localizada a casa histórica, à Av. Barão de Studart, 410, o Museu passou por reforma e restauro e ainda ganhou como anexo um prédio de cinco andares, sendo dois subterrâneos. Unindo as duas construções, uma ampla praça funcionará como área de convivência para atividades externas. Os espaços receberam equipamentos de imagem e de som com tecnologia de ponta, expandindo os serviços ofertados pelo MIS-CE.
Emocionado com a inauguração, o governador Camilo Santana destacou, um dia após a entrega do Complexo Cultural Estação das Artes, que o Museu da Imagem e do Som faz parte de um projeto de planejamento do Espaço Abolição. “Nós precisamos mostrar nossa força, nossa cultura e nossas raízes. Este museu faz parte de um projeto de planejamento. Se vocês observarem, estamos em frente ao Palácio da Abolição. O Ceará foi quem aboliu os escravos primeiro no Brasil. Nós somos a Terra da Luz, da liberdade. E procuramos aqui construir o Espaço Abolição, colocando toda uma urbanização no entorno, um bosque, com estacionamento no subsolo, inclusive para atender a demanda de visita ao museu”, ressaltou.
“Nós restauramos o patrimônio, que é o antigo museu e construímos esse novo edifício dentro de um padrão arquitetônico do Palácio da Abolição e o espaço é um presente para a cidade de Fortaleza. Eu acredito que não tenha um museu da imagem e do som em lugar nenhum igual no Brasil hoje igual ao que estamos entregando hoje aqui em Fortaleza, no estado do Ceará”, frisou o governador, que homenageou Chico Albuquerque, na presença do sobrinho e do neto do fotógrafo cearense, Sérgio Albuquerque e Marcos Albuquerque.
Os novos ambientes do Museu da Imagem e do Som do Ceará irão abrigar espaços expositivos, biblioteca (física e digital), sala multiuso, auditório, laboratórios para restauro e digitalização do acervo, laboratórios de ampliação e de impressão, reserva técnica, estúdios de fotografia, vídeo e de som, ilhas de edição e sala imersiva com 10 projetores para instalações multimídia. Na praça, transeuntes e visitantes poderão contemplar exibições de vídeo em um telão externo e projeções de video mapping que serão realizadas na fachada do anexo.
Com essa estrutura, o MIS-CE reabre como um espaço cultural ativo, oferecendo ao público diferentes atividades, como exposições simultâneas, ações de formação (visitas mediadas, cursos e palestras), exibições de vídeos e apresentações musicais. Após a equipe do Museu concluir uma formação para a utilização dos equipamentos que foram importados da Alemanha, a instituição passará a oferecer também serviços de restauro, digitalização e impressão.
“Essa agenda da cultura é um notável momento de entregas. É a força da cultura que eleva as pessoas. A gente batalha pela educação, mas o braço da cultura eleva o espírito para que possamos ser melhor. Essa grande obra fala por si mesma”, pontuou a vice-governadora Izolda Cela.
O secretário da Cultura do Estado do Ceará pontuou as conquistas da Cultura na gestão do governador Camilo Santana, citando a sanção da nova Lei Orgânica da Cultura do Ceará e abertura nesta quarta-feira, 30, do Complexo Cultural Estação das Artes. “As políticas de formação artística e cultural, as políticas de patrimônio cultural e memória, de fomento à pesquisa e ao conhecimento estarão aqui de maneira muito presente. Teremos também a política de patrimônio, porque esse lugar é de memória, a casa do museu foi tombada como patrimônio cultural da cidade e leva o leva o nome de Chico Albuquerque, numa justa e bela homenagem ao nosso mestre da luz e da narração. Ele disse: ‘A luz salva!’ Sim, a luz salva, a arte salva, a cultura salva porque ela gera riqueza e combate todos os tipos de pobreza”, frisou o secretário.
Além disso, o MIS-CE vai expandir e aprimorar seu acervo e sua capacidade técnica de salvaguardar os registros do patrimônio material e imaterial do Ceará, oferecendo um ambiente seguro e propício para a pesquisa. Nessa nova fase, o MIS-CE vai consolidar sua importância como equipamento cultural estratégico para preservar, difundir e refletir sobre a memória cearense, ao mesmo tempo em que vai estimular o diálogo com a produção audiovisual experimental contemporânea, alinhado às políticas de artes, cidadania, formação, economia da cultura e patrimônio da Secult Ceará.
“O governador deixa para Fortaleza mais um equipamento fantástico. Tenho certeza que o Ceará não é mais o mesmo, com o que o Camilo conseguiu fazer. A maior mudança de seu legado é a humildade, a capacidade de ouvir, a liderança e trazer para gente um exemplo de ser humano. Ele é uma das figuras excepcionais que o Ceará produziu. Nos dando autoestima e já deixando uma marca em nossos corações. Obrigado, governador, por mais um equipamento na cidade”, destacou o prefeito de Fortaleza, José Sarto.

Direção e panorama cultural nacional e internacional
Sob direção do fotógrafo, professor e pesquisador Silas de Paula, o MIS-CE será uma instituição voltada para a valorização da história e da cultura sob uma perspectiva crítica, buscando interlocução com o presente e visando novos rumos para o futuro.
“Os grandes museus do Brasil, do mundo, têm acervos qualificados, grandes nomes, de clássicos e também de arte contemporânea. O MIS não vai concorrer com esse tipo de museu. O quê que nós temos que eles não têm? O Ceará. Nós temos grandes nomes do audiovisual do Ceará, e esse acervo é importante, mas não só ele. O mais importante pra mim é o acervo que a gente não conhece, que ninguém no mundo conhece. Esse é o diferencial de um projeto de cultura e de inclusão. Todo o trabalho que é feito pelos jovens fotógrafos, cineastas, artistas multimídias, ainda desconhecidos, esse é o nosso foco. Esse trabalho tem que ir para o mundo, tem que ser visualizado. E com esse trabalho, ninguém concorre com a gente. Porque eles não têm. Só nós temos”, apontou.
O Museu da Imagem e do Som integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), com gestão em parceria com o Instituto Mirante de Cultura e Arte, uma Organização Social (OS) – privada e sem fins lucrativos – devidamente qualificada pelo Governo do Estado do Ceará para realizar a gestão de espaços culturais.
O MIS estará aberto ao público de quinta a domingo, das 13h às 21h. O uso de máscara e a apresentação do passaporte de vacina são obrigatórios para acesso aos espaços internos. A entrada é gratuita.

Estrutura e investimento
O complexo do MIS-CE é um projeto do arquiteto português Carvalho Araújo. O Governo do Estado do Ceará investiu quase R$15 milhões na obra, resultando em uma área construída de 2.800m². O valor também contempla o restauro e reforma da casa tombada como patrimônio cultural do Ceará. Além disso, foram investidos R$72 milhões em equipamentos e mobiliário para o novo complexo cultural, com parte dos recursos provenientes do Programa de Modernização Tecnológica do Ceará (Promotec), da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará (SECITECE). Com esse investimento, o Governo do Estado entrega ao Ceará um dos mais avançados museus do Brasil e da América Latina.

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