Visto até agora por mais de 130 mil espectadores em quase 300 apresentações, Ficções faz nova turnê nacional em 2025
Aclamado por público e crítica, com 22 restrições e vencedor dos prêmios Shell (melhor atriz para Vera Holtz ) e APTR (melhor atriz e para Vera Holtz e melhor música para Federico Puppi ), FICÇÕES ocupa o Theatro José de Alencar , em Fortaleza , de 04 a 06 de abril , com a marca de 40 cidades percorridas e mais de 130 mil espectadores, em dois anos e meio de sucesso. Idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella , FICÇÕES teve como ponto de partida o livro Sapiens – uma breve história da humanidade , do professor e filósofo Yuval Noah Harari , que vendeu mais de 23 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
O espetáculo conduz o público por uma viagem bem-humorada sobre a trajetória do Homo Sapiens. Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo , canta, improvisa, “conversa” com Harari, brinca, instiga a plateia e interage com o multi-instrumentista italiano Federico Puppi – autor e performer da premiada trilha sonora original, com quem divide o palco. Juntos, eles envolvem o público em uma profunda reflexão sobre as ficções que moldam nossa realidade e a evolução da espécie humana, fazendo o público rir e se emocionar.
Em outros momentos, Vera encarna a narradora, às vezes é a própria atriz falando. “Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descrever, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera . “O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenado”, completa. Rodrigo concorda: “É um espetáculo íntimo, quem por lá vai se conectar com a Vera, ela é muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”.
Rodrigo Portella explica que a peça não é uma adaptação literal do livro, mas um desdobramento das ideias de Harari, o autor. “É um diálogo com a obra, um jogo teatral, em que o espectador é convidado a construir uma narrativa junto com a gente”, resume o diretor e dramaturgo.
Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar a cooperação possível de milhões de pessoas – o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Partindo dessas premissas, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor?
"É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nós pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo o mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele.", analisa Felipe H. Lima , que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019.
Instigado pelas questões trazidas pelo livro e pela progressiva analogia com as artes cênicas – por sua capacidade de mundos criares e narrativas – o encenador Rodrigo Portella criou um jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada: “Um dos principais objetivos é explorar o sentido de ficção em diversas descobertas, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral”, resume.
Quando foi chamado para escrever e dirigir, Rodrigo imaginou que pegaria pedaços do livro para transformar em um espetáculo: “Ao começar a ler, entendi que não era isso. Era preciso construir uma dramaturgia original a partir das peças do Harari que seriam interessantes para o espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está estabelecendo com a obra”. A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no propósito do espetáculo: “Eu fazer queria uma peça que fosse espatifada, não é aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no caminho da fábula.
Para a empreitada, Rodrigo contornou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda , Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa : “Mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram conversas que me ajudaram a acompanhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo”, conta
BIOS
Felipe Heráclito Lima
Especializado na idealização de projeto cultural, diretor da Sevenx Produções Artísticas e da F&F Film Productions, Felipe Heráclito Lima é ator formado pela CAL e publicitário pela PUC-RJ. Felipe também é especializado em captação de recursos e em gestão de recursos incentivados para grandes empresas. Esteve à frente de projetos como "R&J" de Shakespeare (2011), de Joe Calarco, Prêmio APTR “Melhor Produção”; Fonchito&aLua (2014), de Mario Vargas Llosa; Mas Porquê??! A História de Elvis (2015), de Peter Shossow - Prêmio APCA de "Melhor Musical Infantil 2015; Memórias de Adriano (2016), de Marguerite Yourcenar; Lá Dentro Tem Coisa (2016), de Adriana Falcão; Dogville (2018), de Lars Von Trier, e Fim de Caso (2019), de Graham Greene, entre outros.
Rodrigo Portella
Artista cênico nascido no interior do Brasil, diretor teatral, iluminador e dramaturgo com 45 anos de idade e 30 anos de carreira. Escreveu 12 peças teatrais e possivelmente outras 40 obras em teatro e vídeo. Ganhou os mais importantes prêmios de teatro brasileiro da última década como diretor com as peças As Crianças (de Lucy Kirkwood) em 2020 e Tom na Fazenda (de Michel Marc Bouchard) em 2018. Este último ganhou o Prêmio da Crítica de Melhor Espetáculo Estrangeiro em Montreal (Canadá), no biênio 2018/2019, e os prêmios APCA (São Paulo - 2019) e APTR (Rio de Janeiro - 2018) entre muitos outros. Rodrigo é graduado e mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, com doutorado em andamento. Mestre em cinema pela Nouprodigi/Barcelona, suas obras ocuparam os principais espaços culturais de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo e entraram na programação dos maiores festivais de teatro do país, circulando em mais de 90 cidades no Brasil, Argentina, Equador, Chile, França, Alemanha e Canadá. Atualmente vive em Barcelona, é professor do curso superior do Instituto Cal de Arte e Cultura e trabalha na produção da turnê França – Bélgica – Suíça do seu espetáculo Tom na Fazenda, que será inaugurado no Théâtre Paris-Villette na capital francesa.
Vera Holtz
Vera Holtz nasceu em Tatuí, interior de São Paulo, onde iniciou seus estudos nas artes através da música e artes plásticas. Na década de 70, após um breve período na EAD-USP, foi para o Rio de Janeiro, onde seus estudos estrearam em 1979 com a peça Rasga coração, de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de José Renato – a primeira peça liberada pela censura, durante o regime militar. Vera possui um vasto currículo composto por trabalhos em TV, teatro e cinema. Vinte e oito vezes indicadas, em 1985 ganhou o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz pela peça infantil Astrofolia. Em 1989, ganhou o Prêmio Shell de Melhor Atriz pela peça Um certo Hamlet. Com a peça PÉROLA , de Mauro Rasi, que ficou cinco anos em cartaz e foi vista por cerca de 200 mil pessoas, Vera conquistou quatro prêmios importantes nacionais na categoria de melhor atriz: Mambembe, Shell, Sharp e APETESP. Em 2007, ganhou o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação na novela Paraíso Tropical, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Estreou como diretora teatral em 2010, com Guilherme Leme, na peça O Estrangeiro, de Albert Camus, monólogo adaptado pelo dramaturgo dinamarquês Morten Kirkskov.
Yuval Noah Harari
Nascido em Israel, em 1976, Harari é historiador, filósofo, PhD em História pela Universidade de Oxford e autor dos best-sellers Sapiens: Uma Breve História da Humanidade, Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, 21 Lições para o Século 21 e Sapiens: Uma História Gráfica. Seus livros venderam mais de 40 milhões de cópias em 65 idiomas, e ele é considerado um dos mais influentes intelectuais públicos do mundo hoje. Atualmente é professor do Departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele escreve artigos para publicações como The Guardian, The Financial Times, The New York Times, TIME e The Economist. Em 2021, Harari foi agraciado com o Prêmio Honorário da Associação de Correspondentes de Imprensa Estrangeira dos EUA. Em 2020, recebeu o título de Doutor Honoris pela VUB (Universidade Livre de Bruxelas) e recebeu o prêmio CITIC Author of the Year, na China, por Sapiens: Edição em quadrinhos. Em 2019, Sapiens ganhou o “Academic Book of the Year”, no Academic Book Trade Awards, do Reino Unido. Em 2017, Homo Deus recebeu o German Economic Book Award da Handelsblatt como “O livro de economia mais ponderado e influente do ano” e, em 2015, Sapiens foi vencedor do Wenjin Book Award da China.
VERA HOLTZ em FICÇÕES
Inspirado no livro Sapiens – Uma breve história da humanidade , de Yuval Noah Harari
Idealizado por Felipe Heráclito Lima
Escrita e encenada por Rodrigo Portella
Performance e Trilha Sonora Original: Federico Puppi
Interlocução dramatúrgica: Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa
Assistente de direção: Cláudia Barbot
Cenário: Bia Junqueira
Figurino: João Pimenta
Iluminação: Paulo Medeiros
Preparação corporal: Tony Rodrigues
Preparação vocal: Jorge Maya
Programação Visual: Cadão
Fotos: Ale Catan
Direção de produção: Alessandra Reis
Gestão de projetos e leis de incentivo: Natália Simonete
Produção executiva: Wesley Cardozo
Administração: Cristina Leite
Produtores associados: Alessandra Reis, Felipe Heráclito Lima e Natália Simonete
Produção local: Free Lancer Produções
Assessoria de imprensa local: Divulga Ação
SERVIÇO: FICÇÕES
Local: Teatro José de Alencar
Endereço: R. Liberato Barroso, 525 - Centro
Data: 04, 05 e 06 de abril de 2025
Horários: sexta e sábado às 20h e domingo às 18h
Entradas entre R$ 21,00 a R$ 200,00
Classificação: 12 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 711 lugares
Vendas no local: de ter a dom, das 13h às 19h ou até o início do espetáculo
Vendas online: Sympla e na bilheteria do Theatro (funcionamento de quarta a domingo das 13h às 19h)
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