terça-feira, 1 de março de 2022

ARTES PLÁSTICAS

Theatro José de Alencar recebe a quarta edição do projeto "Espelho, Espelho Meu" durante os meses de março e abril

Com produção de Cida Fonseca e Fátima Gomes, a exposição - com abertura no Dia Internacional da Mulher - busca levantar uma reflexão sobre a imagem da mulher dentro da sociedade contemporânea

O Theatro José de Alencar (TJA), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), recebe a exposição do projeto “Espelho, Espelho Meu… Por que não posso ser eu?" na Galeria Ramos Cotoco (Anexo CENA). A abertura ocorre no dia 8 de março, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a partir das 19h. Com entrada franca, a exibição do projeto segue aberta para visitações até o dia 8 de abril. Seguindo todos os protocolos de combate à Covid-19, a entrada é franca e acontece das 9h às 17h (ter a sex) e das 14h às 19h (sáb e dom).

O projeto é uma criação de Cida Fonseca e Fátima Gomes, duas artistas visuais que vêem na expressividade artística um caminho que leva a mulher a explorar sua visão de mundo, possibilitando o empoderamento feminino e a resistência. Diante dos muitos questionamentos e reflexões que permeiam o pensamento da dupla sobre a condição da mulher em diferentes aspectos do cotidiano, elas vêm realizando exposições desde março de 2017, com olhar voltado para o contexto no qual a mulher está inserida na sociedade contemporânea. 

Por que “Espelho, Espelho Meu...”?  

É imprescindível que nos debrucemos sobre a história da humanidade para  refletirmos e compreendermos a luta da mulher dentro da sociedade, em busca de  romper barreiras, ultrapassar preconceitos, resistir a tantas imposições, exclusões e  invisibilidade, e empoderar-se ascendendo sua imagem dentro da sociedade. Assim  como o espelho é capaz de refletir o verdadeiro eu, é preciso olhar para si e  desconstruir a imagem projetada pela sociedade e fazer refletir quem somos em  nossa essência. 

A imagem feminina foi construída de diferentes maneiras ao longo da história. De  deusas e sacerdotisas, dotadas de poder e influência sobre a população, as  mulheres passaram a ser tratadas como inferiorizadas, submissas, secundárias. Os  novos paradigmas da sociedade trouxeram para as mulheres conflitos e dicotomias,  que de certa forma apagaram a imagem da mulher levando-a muitas vezes a  esconder seus talentos e seus saberes. Incontáveis são as mulheres que foram  obrigadas, diante de tantas imposições, preconceitos e indiferenças da sociedade, a calar seu potencial, seja nas artes ou em outras profissões. 

Mas é justamente quando a mulher olha para si mesma e reconhece sua verdadeira  imagem como um ser único, com potencial e capacidade de ser e fazer tudo o que  se propõe, agregando seus diferenciais no que tange às questões pessoais e  sociais, que seu poder feminino se ressalta. Ou seja, quando a mulher valoriza suas qualidades intrínsecas, as respeita e as direciona para seu crescimento, ela tem a oportunidade de equilibrar-se em todas as esferas da sua vida e refletir a imagem  de empoderamento, resistência e um potencial inabalável. 

Edições  

A primeira edição desse projeto de exposição, que ocorre a cada 8 de março, aconteceu em 2017, com a exposição intitulada "Guerreiras ou Artistas?”, a partir de uma pesquisa em Artes Visuais da artista visual e poetisa Cida Fonseca acerca das Artes Visuais cearense, com foco na presença feminina e as dificuldades superadas por mulheres artistas diante de tantos obstáculos. 

A segunda edição ocorreu em 2018, no Centro Cultural Belchior, com a exposição “Multiplicidades”, que discutia a capacidade que a mulher tem para ser  múltipla em meio a tantos desafios e exigências da sociedade.  

A terceira edição do projeto aconteceu em 2019. Nessa ocasião, o questionamento foi o seguinte: “Como a arte pode assumir um papel fundamental nos embates e  lutas cotidianas da mulher artista na contemporaneidade?” As artistas envolvidas na exposição - Cida Fonseca, Fátima Gomes, Nínive Santiago e Suzan Pagani - acreditam que a arte é uma aliada no processo de construção do empoderamento feminino dentro da sociedade, contribuindo, assim, para que outras mulheres encontrem em sua história de vida a potencialidade para resistir, romper as  barreiras do preconceito e conquistar seu espaço.

Nesta quarta, buscamos romper barreiras, ultrapassar preconceitos, resistir às imposições, exclusões e invisibilidade na qual a sociedade nos coloca e nos empoderarmos ascendendo a imagem da mulher artista visual dentro da sociedade. É preciso refletir a verdadeira  essência da mulher, e romper a imagem que a sociedade construiu para nós  mulheres.

Sobre as artistas

Cida Fonseca é desenhista, pintora e poetisa. Graduada em Licenciatura em artes visuais pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará- IFCE. Seus trabalhos versam sobre a representação da figura feminina. Entre as técnicas utilizadas, estão a pintura em aquarela e pintura acrílica.

Fátima Gomes é pintora, desenhista e arte-educadora. Licenciada em Artes Visuais pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE. Seus trabalhos versam sobre a desconstrução da figura feminina, a fluidez das linhas e o desenho fantástico. Entre as técnicas utilizadas, estão a pintura e pintura acrílica e a óleo.

SERVIÇO

Exposição “Espelho, Espelho Meu… Por que não posso ser eu?”, das artistas visuais Cida Fonseca e Fátima Gomes

Abertura: 8 de março, a partir das 19h

Local: Galeria Ramos Cotoco/ Anexo CENA do Theatro José de Alencar (entrada pela Rua 24 de Maio, 600 - Centro)

Visitação: até 8 de abril, das 9h às 17h (ter a sex) e das 14h às 19h (sáb e dom)

Entrada franca

Outras info: (85) 98619-9490 (Fátima) / 99991-4814 (Cida) / @semgaleria (Facebook)

* Obrigatório o uso de máscara e a apresentação de comprovante com as duas doses da vacina contra a Covid-19, acompanhado de RG ou outro documento oficial com foto

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