A MORTE DO XAMÃ: Novo livro de crônicas da jornalista Ana Karla Dubiela será lançado na próxima sexta no Cantinho do Frango

A morte do xamã, da escritora e jornalista Ana Karla Dubiella (Lumiar ED), brinda o leitor com 24 pequenos relatos autobiográficos em que a autora se desnuda inteiramente diante dos próprios medos, perdas fundamentais e tentativas de superação por meio do Xamanismo. Com bom humor e poesia, A morte do xamã “foge dos clichês e passa ao largo dos artifícios retóricos de autoajuda ou frases motivacionais. Esse livro é uma busca”, diz a jornalista e pesquisadora Ana Cláudia Peres, que assina as orelhas e a contracapa. O livro será lançado no Cantinho do Frango (Rua Torres Câmara, 71, Aldeota), no dia 27/10, sexta-feira, às 19h, juntamente com a celebração do aniversário do Belchior, um dos homenageados em A morte do xamã e que estaria fazendo 76 anos no dia 26.  

Com ilustrações de Ilana Dubiela, o livro alia vida e morte, trilhas sonoras marcantes (Bob Dylan, Belchior, Chico Buarque, Candeia, Roberto Carlos e Beatles) e o que ficou depois de tantas despedidas importantes: do professor e jornalista Agostinho Gósson, do cronista Airton Monte, do empresário Demócrito Dummar, Marco Antonio de Carvalho, biógrafo do cronista Rubem Braga, dos jornalistas Chris Viana e Fernando Sá, entre outros familiares e amigos que se foram. “O ritmo é cortante. Tudo pulsa, quando ela conta de beija-flores, de amigas geniais, de lençóis cheirosos e redes no quintal, de lua, peixes e gatos, de golpes de faca e de política em 2016”, conta Peres.

Um diferencial é o convívio na redação de um jornal impresso (O Povo), que a autora rememora com casos inusitados, ambiência jornalística de um tempo que não existe mais. Na apresentação, a jornalista e escritora Ana Márcia Diógenes, que já foi diretora de redação e chefe da autora, faz um pungente relato do que leu: “Ana Karla Dubiella, corajosa como talvez nem pense que é, escolheu remexer na sua caixa de acontecências para trazer metamorfoses demarcadoras. Nem todos têm bússolas internas que permitam afogar-se e emergir. É preciso ser cronista de si para alcançar-se. Nossa autora tem doutorado nisso”.   

Na segunda parte do livro, o encontro consigo mesma acontece por meio do Xamanismo.  São caminhos árduos, místicos, às vezes dolorosos, mas libertadores. “Foram noites mágicas ao redor da fogueira, nas cabanas de suar (ou tendas do suor), nos resgates de alma ou na roda de cachimbo da paz, nas orações das quatro direções, nas jornadas de animais de poder, lugar de poder e guia espiritual”, descreve em uma das passagens em que fala de seu envolvimento com rituais característicos da tribo norte-americana Lakota Sioux. “Esse é o meu décimo livro e o primeiro em que trabalhei em parceria com minha filha Ilana. O amor pela história e identidade indígenas que me acompanham desde a infância, naturalmente me aproximaram, já adulta, de seus rituais, suas crenças e fé na cura do corpo, da mente, do espírito e de nossas emoções”, explica Ana Karla Dubiella. 

LANÇAMENTO DO LIVRO A MORTE DO XAMà

Dia 27/10, sexta-feira, às 19h

Na palhoça do Cantinho do Frango (Rua Torres Câmara, 71, Aldeota)

(com a presença do DJ Alan Morais)

Ed. Lumiar. 128p.  Preço: R$ 45