Projeto Direção Musical traz pela segunda vez a Fortaleza o cantor João Fênix com o show “Gotas de sangue”
O projeto ”Direção Musical” Ano 4, Já realizou shows de Zeca Baleiro, Ednardo, Jorge Vercillo, Guilherme Arantes, The Fevers, Vander Lee, Simone Guimarães, Pery Ribeiro, Renato Brás, Cia Barrica, Katia Freitas, David Duarte, Isaac Cândido, César Nascimento entre outros. O Projeto propõe uma articulação cultural, proporcionando novos cenários para a música Brasileira, estimulando a curiosidade do público, contribuindo para a formação de platéia.
“Em “Gotas de sangue”, o cantor João Fênix e o pianista Luiz Otávio passeiam por um repertório que, com delicadeza, testemunha a solidão e a fragilidade, em canções de compositores como Ivor Lancellotti, Vinicius de Moraes, Angela Ro Ro, Tom Jobim e Roberto Carlos.””
“Gotas de sangue”, disco do cantor João Fênix ao lado do pianista Luiz Otávio. Se espalham por suas dez faixas suavidade, delicadeza, querência, intimidade, doçura, brasilidade, raridade — e um leve travo de acidez-cambucá.
“Gotas de sangue” foi colhido fruta madura fora de época. Fênix não planejava um disco de voz e piano — ou melhor, ele planejava desde o início de sua carreira um álbum no formato, mas não para agora. Quando a pandemia teve início, o cantor trabalhava num projeto de duetos (que retomará tão logo seja possível). Como se mostraram inviáveis as condições para os encontros presenciais necessários aos duetos, Fênix decidiu, em vez de lamentar, dialogar com as circunstâncias. Começou então a trabalhar no que seria “Gotas de sangue”.
Em todo esse sentimento de abandono, desamparo e desalento que atravessa o disco, Fênix vê reflexos da solidão do mundo moderno — ainda mais visível num momento de isolamento social como este imposto pela pandemia.
Nesse contexto, “O portão” (de Roberto e Erasmo Carlos, tirada daquele mesmo disco do Rei de 1974) afirma o chão, a casa, a segurança — segurança refletida no canto de Fênix e na liberdade solar do piano. “Gota de sangue”, canção que inspira o título, por fim, encontra o ouvinte num lugar diferente de onde estava no início do disco. A composição de Angela Ro Ro — como o canto de Fênix — entra noutra frequência. Imperativa em vez de suplicante (“Não tire da minha mão esse copo/ Não pense em mim quando eu calo de dor”, “Tira do corpo essa roupa e maldade”). Sábia em vez de desesperada (“Não é muito nem pouco eu diria”). A compreensão plena do agridoce do cambucá.
SERVIÇO
João Fenix (Gotas de Sangue) BNB Clube, nesta sexta-feira 20/maio, 20h. Ingressos a venda no Clube; R$ 20,00 meia e R$ 40,00 inteira.
Informações; (85) 4006-7242
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