Segundo o profissional, muitas vezes a dificuldade de manter uma rotina de exercícios vem da falta de identificação com o tipo de atividade praticada. “Se você não gosta de correr, por que insistir nisso? A atividade física não precisa ser um castigo. O ideal é procurar algo que te faça bem, que se encaixe na sua rotina e que você realmente curta fazer”, afirma Gil Duarte.
Conforme ele, seja uma aula de dança, uma caminhada ao ar livre ou até mesmo um treino funcional na academia, o importante é fazer algo que dê prazer.
Para quem tem um dia cheio de compromissos, Gil explica que a solução pode estar em encontrar exercícios rápidos, mas eficazes. “Treinos de 20 a 30 minutos, como os de alta intensidade (HIIT), podem ser uma excelente alternativa para quem não tem muito tempo. O segredo é agendar o treino como se fosse um compromisso fixo e garantir que ele se encaixe na rotina”, sugere.
Com isso, de acordo com o educador físico, o treino passa a ser uma parte natural do dia, sem gerar o estresse de tentar encontrar longas horas livres para se dedicar à atividade. A ideia é tornar a prática física algo que se encaixe nas “brechas” do dia a dia.
Comece devagar
Outro ponto destacado por Gil é a importância de começar com atividades mais simples, especialmente para quem ainda tem resistência ao exercício. “Atividades como caminhadas ou yoga são excelentes pontos de partida. Elas são menos intensas e ajudam a criar confiança no corpo”, explica.
Além disso, para quem não gosta de treinar sozinho, o educador recomenda buscar companhia. “Treinar com amigos ou participar de aulas em grupo é uma ótima maneira de aumentar a motivação. Isso torna o momento mais agradável e cria um compromisso com os outros, o que pode ser um fator importante para não desistir”, afirma.
Metas pequenas
Estabelecer pequenas metas também é uma estratégia eficaz. “Em vez de se preocupar com resultados rápidos, foque em metas que sejam alcançáveis a curto prazo, como treinar três vezes por semana ou caminhar por 15 minutos todo dia. A ideia é criar consistência e perceber os avanços”, destaca.
O profissional explica que esse tipo de abordagem vai criando um ciclo positivo, onde o prazer em conquistar os pequenos objetivos torna o exercício mais prazeroso e menos desafiador.
Gil também fala sobre as barreiras psicológicas que muitas pessoas enfrentam ao iniciar a prática de exercícios, como a pressão por resultados rápidos ou a comparação com os outros. Para ele, a autocompaixão é a chave para vencer esses obstáculos. “Não se cobre demais. O importante é dar o primeiro passo e persistir. O progresso vem com o tempo, e cada pequeno avanço é uma vitória”, finaliza o coordenador.
FOTOS: Arquivo/Bodytech
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