terça-feira, 20 de dezembro de 2022

INFANTIL

Manter hábitos saudáveis das crianças durante as férias escolares é fundamental para a qualidade de vida delas
Mesmo com a flexibilização na rotina por conta das férias, alguns limites são muito importantes 
 
Chegou o período tão esperado pelas crianças: as férias escolares. Para muitos, mais do que uma pausa nos estudos, essa temporada representa a quebra da rotina, sem horários para acordar, comer e dormir, exposição à vontade diante das telas e excesso de guloseimas entre tantas outras ações que os pequenos adoram.
 
Sim, as crianças precisam de férias. Exatamente como os adultos, elas podem apresentar cansaço e ansiedade, e esse momento traz importantes benefícios. Além de criar lindas e importantes memórias, os pais ou responsáveis devem aproveitar esse período para estimular habilidades, promover a socialização, estreitar os laços afetivos e promover mais qualidade de vida para as crianças, incluindo os cuidados com a saúde mental. 
 
Dicas simples podem fazer toda a diferença, como:
- Reservar um horário para realizar atividades recreativas e prazerosas com as crianças;
- Visitar parentes que as crianças não tenham muito contato, durante o período escolar;
- Viver novas experiências, seja passeando em lugares novos ou inventando novas brincadeiras; 
- Estimular a autonomia da criança;
- Priorizar atividades ao ar livre;
- Fazer as refeições em família.
 
Porém é importante também não estimular uma agenda lotada de atividades, porque as crianças precisam descansar. Afinal, esse é um período em que as elas devem explorar o mundo de uma forma mais relaxada, mas alguns hábitos saudáveis precisam ser mantidos. “Os pais podem e devem ser mais flexíveis durante as férias escolares, mas é importante estabelecer limites. É importante que a criança pratique atividade física e mantenha os cuidados com a alimentação, a hidratação e a higiene, além de evitar dormir de madrugada”, enfatiza a Dra. Grace Teles, odontopediatra com formação em Medicina de Estilo de Vida. 
 
O tempo de exposição em frente às telas deve seguir as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): 
 
- Menores de 2 anos: evitar a exposição às telas, inclusive passivamente;
- Entre 2 e 5 anos: máximo de 1 hora por dia, sempre com a supervisão dos responsáveis;
- Entre 6 e 10 anos: máximo de 1 a 2 horas por dia, sempre com supervisão dos responsáveis;
- Entre 11 e 18 anos: máximo de 2 a 3 horas por dia para telas e jogos de videogame, e nunca permitir “virar a noite” jogando ou em frente às telas
- Nada de telas durante as refeições, e se desconectar 1 a 2 horas antes de dormir
- Estimular o uso das tecnologias em locais comuns da casa e não de forma isolada nos quartos.
 
“Ficar em casa sem rotina e sentado em frente às telas é uma prática que merece cuidado porque traz uma série de malefícios. A criança perde a noção de tempo quando está na frente do celular, tablet ou televisão e isso acaba prejudicando a postura, o consumo de água é esquecido, assim como o de se alimentar de forma adequada, optando por alimentos açucarados. Sem falar na falta de estimular a criatividade, entre tantas outras coisas”, explica Dra. Grace Teles. 
 
Para mais informações e dicas sobre a saúde das crianças, basta acessar a página no Instagram da Dra. Grace Teles (dragrace.odontopediatra). 
 
*Sobre a Dra. Grace Teles*
Dra. Grace Teles é referência na área da Odontopediatria, com um direcionamento maior para a primeira infância, reconhecida pelo seu atendimento multidisciplinar, com foco na qualidade de vida e na ciência (baseada em evidência), e com formação em Medicina de Estilo de Vida. Ela é membro da Academia Brasileira de Odontologia, responsável pela comissão científica da Associação Cearense de Odontopediatria, tem doutorado em Ciências da Saúde, é professora adjunta da Unifor, professora responsável pelos projetos Mamãe-Bebê e projeto de crianças com deficiência e trabalha no Ambulatório de Odontologia do HGF, com pacientes com deficiência e bebês prematuros. Em clínica privada, trabalha com ênfase em Odontopediatria neonatal, atendimento de crianças atípicas, educação em saúde, práticas integrativas e estilo de vida. Dra. Grace também organizou o livro Saúde Integrativa, sendo a responsável pela escrita de capítulos.

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