ACI homenageia cem anos de nascimento do jornalista Durval Aires
Sessão Especial integra programação dos 97 anos da entidadeA Associação Cearense de Imprensa (ACI) realiza, às 19 horas desta quinta-feira, 9 de junho, Sessão Especial em memória do jornalista Durval Aires de Menezes, que nasceu em 13 de fevereiro de 1922, em Juazeiro do Norte, e faleceu em Fortaleza, em 1992, aos setenta anos de idade. O evento lembra os cem anos de nascimento do escritor e ocorrerá na Casa do Jornalista (Rua Floriano Peixoto, 735, 6.º andar).
Constam da programação a exibição do documentário Durval 100 anos, produzido pela ACI e dirigido por Reinaldo Jorge, apresentação do homenageado, pronunciamento de Durval Aires Filho sobre “A presença de Durval”, representando a família, declamação de cordel sobre a vida do escritor, de autoria de Otávio Menezes.
Um dos mais profícuos jornalistas de sua geração, formada “no batente”, quando ainda não existiam cursos de Comunicação Social e de Jornalismo, Durval Aires era um intelectual autodidata. Fez os estudos primários em sua cidade natal, transferindo-se posteriormente para a capital do Estado, onde concluiu o ciclo de estudos chamado de Científico, no Instituto Lourenço Filho.
Sua primeira experiência no jornalismo se deu no José, jornal de Carlos Drummond de Andrade e no qual colaborou como estagiário. Daí, então, emprestou sua escrita precisa a muitos jornais do Ceará, dentre os quais O Democrata, O Estado, Gazeta de Notícias, Tribuna do Ceará, Folha do Povo e Diário do Povo.
Em O Povo e no Diário do Nordeste, últimos veículos nos quais trabalhou, Durval Aires atingiu o ápice de sua carreira como editorialista, imprimindo textos consistentes e pontuados por reflexões que revelam a habilidade do jornalista que trabalha entre o minado campo de suas próprias ideias e a linha editorial das empresas jornalísticas. Durval Aires foi militante de esquerda, tendo sido filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCB) e ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Integrou os quadros da ACI durante longos anos.
Como escritor, Durval Aires legou uma produção relevante, desde O Manifesto, às novelas Estrela da Manhã, Barra da Solidão e Os Amigos do Governador, esta última uma crítica ácida às práticas políticas das instâncias de poder constituídas em um estado periférico e marcado pela violência das pistolagens. Para o conhecimento dessas obras, convém a leitura de Ficção reunida, publicada pela Universidade Federal do Ceará/ Casa José de Alencar, em 1994.
Viúvo e com uma filha do primeiro casamento, Biana Aires, Durval Aires casou em segunda núpcia com Alberice Machado de Menezes, que venceu, em 1952, o concurso “Rainha da Imprensa”, organizado pelo jornal O Democrata. Ela tinha apenas quinze anos. O casal teve dez filhos: Durval Aires Filho, Otávio Menezes, Túlio Régis, Reginaldo Jorge, Reinaldo Jorge, Alberice Maria, Cláudio Henrique de Menezes, Maria da Glória, Ilca Maria e Regina Cláudia de Menezes. São dezessete netos e oito bisnetos.
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