
Oktoberfest Guaramiranga 2010 acontecerá de 12 a 14 de novembro por causa das eleições
Messias Holanda, Ítalo e Renno, Ska Brothers e a irreverência de Neo Pineo são atrações do evento, além da banda Cavalinho Branco, de Santa Catarina
A Oktoberfest Guaramiranga deste ano continuará com o slogan “Uma Festa Alemã com Sotaque Cearense”. O evento, que já é o maior da serra cearense, vai para a segunda edição e já definiu como atrações o forró moleque de Messias Holanda e versátil de Ítalo e Renno, o balanço do Ska Brothers/CE e a irreverência do cantor e compositor Neo Pineo, que aliás figura em toda a campanha publicitária. O evento, que iria acontecer no fim de outubro, mudou sua data devido às eleições: de 12 a 14 de novembro, no Sítio Guaramiranga.

Outra grande atração de 2009, o Desfile de Carros Alegóricos, que acontece no domingo, dia 14, deverá atrair milhares de pessoas para a rua principal rua da cidade com o desfile carros temáticos que valorizem a produção regional do Maciço de Baturité, como a rapadura, a produção de flores, o artesanato, o urucum, a cachaça artesanal entre outros.


O evento contará, ainda, com treinamento e capacitação para os comerciantes, uma grande feira de artesanato, e todo aparato na infraestrutura da cidade como segurança, iluminação, informantes turísticos, plantio de mil mudas para zerar a emissão de carbono do evento em 2009, além de palestras e oficinas para alunos de escolas públicas.
Serviço:
Oktoberfest Guaramiranga, de 12 a 14 de novembro de 2010
Local: Parque da Cerveja, Sítio Guaramiranga, ao lado do Parque das Trilhas.
Horário de abertura do parque: a partir das 17h
Informações pelo (85) 3023.3338
Ingressos: 1º lote R$15,00 (individual) até o dia 30/09
2º lote R$20,00 (1 noite) e R$50,00 (3 noites) a partir do dia 1º/10
3º Jeri Sport Music Festival
Bebel Gilberto, Samba de Rainha e Sandra de Sá agitam o "Encontro das Artes", de 21 a 23 de outubro, que terá ainda regata de kitesurf e windsurf, além de oficinas de fotografia, tendas de gastronomia e artesanato
O cenário paradisíaco da praia de Jericoacoara, a 300 km de Fortaleza, recebe entre 21 e 23 de outubro o 3º Jeri Sport Music Festival – O

A sexta-feira (22) será marcada pela voz suave da cantora Bebel Gilberto, em suas canções de influência norte-americana e a bossa nova. Bebel se apresenta pela primeira vez no Ceará e mostra ao público o show do álbum All In One, de 2009, além de outros sucessos de sua carreira, que começou quando a filha de João Gilberto e Miúcha, ainda era criança.
No sábado (23), o dia inicia com o colorido da regata downwind de kitesurf e windsurf, cuja largada é na Praia do Preá até chegar a Jeri, completando 13km de muita adrenalina. Já a noite será comandada pela carioca Sandra de Sá que promete agitar o público com todo o seu suingue, a partir das 22 horas. O show “Africa Natividade” comemora os 30 anos de carreira de Sandra e traz no repertório uma mistura da trajetória da cantora. O evento terá ainda os DJs Gilvan Magno e Renatinha no comando das pick-ups.
Os shows acontecem no palco localizado em uma arena com tendas decoradas e estruturadas com cadeiras, mesas e pufes, aliando conforto e identidade com os elementos nativos.
> As diretoras do Jeri Sport Music Festival, Verônica Sanger e Aleana Duarte, com a produtora do evento Paula Simões (à direita), da Galgo Entretenimento
Durante o Jeri Sport Music Festival haverá ainda exposição de cartões postais, com imagens feitas durante o curso de fotografia e edição de imagens, ofertado durante o mês de setembro aos moradores da cidade.
Os cartões postais serão vendidos nas pousadas de
> Os Djs Gilvan Magno e Renatinha irão animar o Festival após os shows
“A cada ano pensamos em incluir no Festival atividades que divulguem as belezas naturais de Jericoacoara, como destino turístico ambientalmente responsável, mas que também contribuam para o desenvolvimento cultural e econômico dos nativos da região”, explica Verônica Sanger, presidente da Associação das Pousadas de Jericoacoara (AP Jeri) e produtora do Jeri Sport Music.
O 3º Jeri Sport Music Festival é uma realização da Associação das Pousadas de Jericoacoara (AP Jeri) com apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, através das Secretarias da Cultura (Secult), do Esporte (Sesporte) e das Cidades. O evento conta com a participação e apoio total da comunida

PROGRAMAÇÃO
Entrada: grátis
Dia 21 (quinta)
22h - show Samba de Rainha
Dia 22 (sexta)
22h – show Bebel Gilberto
Dia 23 (sábado)
09h – Largada da Regata downwind de kitesurf e windsurf
22h - show Sandra de Sá
.
Filho de Moraes Moreira faz reality-show em Jericoacoara com astros da MPB

Não se assuste se você estiver em Jericoacoara e esbarrar com Toni Garrido tocando seu violão em um bar, ou se na madrugada ver Davi Moraes dançando com Sandra de Sá no forró. É que está acontecendo na praia de Jijoca as gravações do programa "Casa de Praia do Davi" (título provisório). O reality show tem como base a a terça, dia 21. E a previsão do fim das gravações é dia 12 de outubro.
O músico Davi Moraes é âncora dos treze programas-um reality show de música- que são produzidos pela renomada Conspiração Filmes e idealizado e co-produzido pela cearense Myrtes Mattos. Entre os 13 convidados do Davi estão; Toni Garrido, Marina Lima, Sandra de Sá, Frejat, Arnaldo Antunes, Moraes Moreira, Maria Rita e Thalma de Freitas. O programa está sendo gravado no Hotel das diretoras do Jeri Sport Music Festival, o exótico Casa de Areia, mas também acompanha os artistas na praia e fazendo passeios por Jericoacoara. O Governo do estado do Ceará está apoiando o projeto.

Jornal O Estado celebrou aniversário, revelando a importância da cobertura artística nos seus 74 anos de história
>Capa do Arte & Diversão atualmente - clique nas fotos para ampliá-las
É fato afirmar que o crescimento dessa nova fase do Jornal O Estado, após o falecimento do Dr Venelouis Xavier Pereira, acompanhou também a grande revolução cultural que surgiu com o desenvolvimento do Ceará e de Fortaleza.
Mas a tradição de um dos periódicos mais antigos do nosso estado em manter a cobertura dos grandes acontecimentos artísticos locais, nacionais e mundiais também não pode ser esquecida.

Nos anos 40 e 50, a jornalista Silvia Porto foi referência com a coluna “Letras & Artes”, dando destaque aos talentos da época.
Também relembramos na década de 50 as participações de contistas semanais como Raul Lima, Gilberto Freyre (o cearense) e João de Araújo Correira, além da coluna de crônicas de Afrânio Coutinho (“Correntes e Cruzadas”) e da “Filosofia Prática” de Dinah Silveira de Queiroz.
Nos anos 60 todos gostavam de ler as resenhas de Francisco Sampaio, “Nos Bastidores de Cinema”, e de acompanhar os bastidores da sociedade cearense nas colunas “Society & Deslumbrados” (Lúcio Carlos Pires), “Alta Roda” (Yara Sampaio), “Tereza Borges Informa” e “Eventos” (Nazareno Albuquerque).

Desde então, a menina prodígio sempre esteve presente nas páginas do Jornal O Estado, em colunas que levava o seu nome, como a atual no Linha Azul, ou em cadernos especiais que produziu ao lado da mãe a atual presidente do Jornal O Estado, Wanda Palhano , como o “A Semana”, dos anos 80. Este caderno era referência cultural da época, com matérias sobre sociedade, saúde, artes, com jornalistas como Silvana Santos e Silvia Maia.

Outros destaques oitentistas são os “Flagrantes” de Lúciano Diógenes, “Data Vênia”, que mostrava os acontecimentos culturais de Fortaleza com Paulo Limaverde, e o começo da coluna “Flash Social”, de Aldenor Mayar, que foi públicada durante décadas.
Também existia a coluna “Curiosidades da História”, de Osmirio Barreto, e a publicação de grandes nomes do jornalismo e da arte nacionais como Nelson Rodrigues, Paulo Francis, e os cartunistas Jaguar, Reynaldo e o cearense Mino.
Nos anos 90 outros colunistas estrearam em O Estado, como o social “Híder Pontes”, Vida Saltos e suas “Atualidades”, as “Crônicas” de César Coelho e Ferdinando Tamborini com seu “Comentando Livremente”.

Walney Haidar também publicou sua coluna “Must” em O Estado, assim como o jornal foi pioneiro no Brasil, com uma coluna dedicada ao público GLS, já em 1997, a “Fortal By Night”, assinada por Felipe Muniz.
Há 14 anos, Felipe Muniz Palhano é editor de cultura do Jornal O Estado, sendo um dos mais antigos funcionários da nova geração.
“Entrei no Jornal O Estado quando meu avô, Venelouis Xavier Pereira, diretor-predidente, ainda era vivo. Tinha até máquina de escrever na redação. Desde pequeno, quando morava no Rio e vinha passar férias com a família do meu pai em Fortaleza, a maior diversão da minha infância era vir ao Jornal e acompanhar tudo como era feito”, afirma Felipe, que tenta manter uma linha editorial independente, aproveitando a liberdade de expressão que O Estado sempre adotou.


PARABÉNS JORNAL O ESTADO
74 ANOS DE HISTÓRIA NÃO É PARA QUALQUER IMPRESSO DIÁRIO NO BRASIL!!!
Passeio Público suspende temporariamente a programação cultural
A suspensão se deve a reparos que serão feitos na estrutura física do quiosque, que hoje funciona como café-restaurante. Por não dependerem diretamente dessa estrutura, somente permanecerão em pauta as oficinas diurnas do projeto Feito a Mão, às quartas-feiras, e o Piquenique do Passeio, com programação infantil, aos domingos pela manhã, sempre a partir de 9h.
TV DIVIRTA-CE: Simone leva tombo em show no Teatro José de Alencar
A cantora Simone foi mais uma vítima da grav-idade. Aos 60 anos, a estrela da MPB torceu o tornozelo ao cair do palco do Teatro José de Alencar, durante o segundo show que realizou em Fortaleza, na quarta passada. O público, fã da artista, apoiou a volta dela ao palco aplaudindo, e ela atendeu prontamente, voltando ao show e demonstrando todo seu profissionalismo. O show de Simone, "Em Boa Companhia" é de uma intensa qualidade técnica que aguça os olhos e os sentimentos: a luz que captava a atmosfera de cada música, o som não muito alto, que fazia todos escutarem cada suspiro da cantora, o figurino e cenário chiques e impecáveis, de extremo bom gosto... todo gesto e olhar da artista fez os presentes "viajarem" em cada canção do show. O centenario Teatro José de Alencar também fez parceria com a luxuosa produção. Só o que não ajudou muito foram os apaixonados por Simone, que aproveitavam que o volume do áudio não era excessivo, e ficavam "respondendo" cada trecho de música romântica da cantora, encafonando o ambiente. Mas perdoamos qualquer tipo de demonstração de fanatismo e paixão por uma artista de incrível talento como ela, mesmo que seja brega. Afinal, ela merece! Por isso amamos assistir até o tombo de Simone! Vamos ver? Em dois ângulos diferentes... DIVIRTA-CE!
Cantora apresentou show da nova turnê "Em boa companhia" no Teatro José de Alencar
> Fotos de Felipe Muniz
A cantora Simone apresentou no Teatro José de Alencar semana passada, o show de lançamento do DVD “Em boa companhia”. A estreia do novo show aconteceu em setembro do ano passado e, de acordo com a assessoria da artista, "arrebatou milhares de fãs em mais de dez capitais brasileiras e recebeu críticas calorosas em todas elas".
Dirigido por José Possi Neto, Em Boa Companhia mostra uma intérprete em plena maturidade artística, afinal, são quase quatro décadas de carreira, cobrindo um leque de compositores das mais diferentes tendências. Simone afirma que sempre falou e cantou por amor. Para o disco Na Veia, que deu origem à turnê atual, ela ligou para todos os compositores que lhe enviaram canções. José Possi explica que Em boa companhia é pra cima. É o "show da paixão e do desejo". Ilustra bem o prazer de Simone em se relacionar com o público, pois trata-se de "uma artista talhada para o palco e hoje está amadurecida, tem domínio total do seu ofício. E em termos de sonoridade, é o trabalho mais contemporâneo dela nos últimos 20 anos".
No repertório do show estiveram presentes algumas músicas apresentadas no disco Na Veia, como Certas Noites (Adriana Calcanhotto/ Dé Palmeira), Migalhas (Erasmo Carlos), o blues Pagando pra Ver (Abel Silva/ Nonato Luis) e a homônima Na Veia, de Martinho da Vila. Completam o roteiro ‘oficial’ do show Certas Coisas– hit de Lulu Santos-, Perigosa (primeira incursão da cantora na composição de Rita Lee), Yves Brussel (Jorge Benjor), Nada por Mim (Paula Toller/ Herbert Vianna), além de canções do repertório da própria Simone que ela já não cantava há muito tempo, como Tô Que Tô (Kleiton e Kledir), Paixão (Kledir), Ai, Ai, Ai, Ai, Ai (Ivan Lins) e Face a Face (Sueli Costa/Cacaso), esta última do antológico álbum homônimo de 1977.
TV DIVIRTA-CE
Confira trechos do show de Simone no Teatro José de Alencar na terça, dia 21 - vídeos de Felipe Muniz Palhano
Leia entrevista com a cantora Simone
Filha de Otto Gentil de Oliveira e Letícia Bittencourt de Oliveira, Simone nasceu em Salvador, em 1949, prematura de oito meses no bairro de Brotas e sétima filha entre nove irmãos. Em 1966, mudou-se para São Caetano do Sul, cursou Educação Física em Santos, onde foi colega dos jogadores de futebol Pelé, Emerson e Leivinha, e deu aulas no bairro de Santana, na capital paulista. Jogadora profissional de basquete, chegou a ser convocada duas vezes para a Seleção Brasileira de Basquetebol, mas devido a duas entorses, foi cortada antes do embarque e na segunda, durante o campeonato mundial de 1971, ficou no banco de reservas. A partir de contatos que sua amiga e professora de violão, Elodir Barontini, Simone participou de um jantar na casa do então gerente de marketing da gravadora Odeon, Moacir Machado, o Môa. Ao final do encontro, Simone foi convidada para fazer um teste na Odeon, o resultado foi que a gravadora a contratou por quatro anos, com um disco por ano. O primeiro disco, intitulado "Simone", gravado em outubro de 1972 foi regidos pelo maestro José Briamonte. A primeira tiragem foi distribuída apenas para amigos, parentes e para o meio artístico. O lançamento ocorreu em 20 de março de 1973 (considerada a data oficial do início da carreira) em São Paulo e Simone estreou no mesmo dia num programa da TV Bandeirantes. A participação no programa Mixturação (direção/produção de Walter Silva, TV Record, abril, 1973) também foi aguardada com expectativa e Simone apontada como um dos nomes mais promissores. O sucesso começava assim de forma gradual e plena.
DIVIRTA-CE - Você sempre foi uma campeã de venda de discos, e mesmo com a internet você continua sendo uma referência nos últimos anos. Como você encara essa nova era da música? O principal faturamento dos artistas voltou a ser os shows ou as gravadoras, mesmo com a crise que se sucedeu, conseguiram manter o valor financeiro de grandes artistas? Como você administra esse lado da venda da sua música, de MP3 e outros formatos que se criaram com a revolução tecnológica, onde novos artistas surgem rapidamente em vídeos caseiros no youtube?
SIMONE - Eu sou da banda larga, acesso meus emails, mas não fico o dia inteiro no computador. Essa revolução é inveitável, hoje em dia ninguém sai de casa sem celular. Mas a internet pode até ser uma droga de tão viciante, da pessoa ficar sem viver para estar 24 horas no computador. Eu não sou contra o download. E acho que as grandes gravadoras são indústrias bem maiores: a Sony por exemplo é uma gravadora que vende o CD, o som , os aparelhos. E a partir dessas tecnologias que surgiu a pirataria. Mas eu não sou pirateada, meu disco é – não existe uma outra Simone, um clone. Eu ganho dinheiro, tenho uma banda boa, uma equipe maravilhosa, mas quem fez meu disco está sendo roubado pela pirataria, não está ganhando nada. O mundo mudou, não é mais o de dez anos atrás, não tem mais volta.
SIMONE – O Ivan Lins está morando fora agora. Ele é um parceiro que pega o repertório inteiro dele e me dá, para eu escolher. Nós somos amigos e parceiros desde 1973. Meu primeiro palco em show foi fora do Brasil, no Olympia, em Paris. Até então não tinha feito nenhum show aqui. Madison Square Garden, em quase todos os mais importantes teatros dos Estados Unidos eu já me apresentei. A música brasileira conhecida lá fora chama-se Bossa Nova, que é muito respeitada.
DIVIRTA-CE - Vivemos na era das câmeras escondidas e da super-exposição na mídia. Você já foi alvo do jornalismo de fofocas? Como você encara esse tipo de cobertura sobre os artistas? E como anda o coração de Simone?
SIMONE – Eu não tenho tempo a perder com fofoca. A minha vida é muito rica para eu perder tempo com isso. Não ligo a mínima, não faço parte disso. Eu não pertenço a esse universo. E o meu coração, a pulsação dele é 80, perfeita,e minha pressão arterial é 11 por 7.
DIVIRTA-CE – Para muitos artistas é difícil reconhecer as excentricidades, mas fiquei sabendo que você costumava ou costuma levar chefes de cozinha na sua equipe que fazem sua comida? Você já teve esse tipo de exigência durante suas turnês? Qual a especialidade preferida de Simone? Italiana, mediterrânea, baiana, japonesa...?
SIMONE – Não tem esse chefe...e detesto comida japonesa, tenho horror a cru! O que gosto é de vegetais, verdura, legumes e gente. Não consigo entender como esse povo consegue comer aquela coisa crua! Aquele peixe, camarão, carne crua! Não gosto, tenho horror a isso! (Uma “amiga da produção” dá a dica – “Ela gosta é de pipoca!”) Eu adoro pipoca! Pipoca na veia! Mas, falando sério: eu gosto da comida simples, grelhada, não gosto de molhos.
SIMONE – Não sei se é isso...eu nunca fui sedentária. A minha comida é muito simples: gosto de arroz, feito na água e sal com um pouquinho de azeite e gosto de coisas grelhadas, não gosto de nada com gordura e sempre me alimentei dessa maneira. Não é só agora. O segredo da beleza é gostar do que se faz, fazer o que tem vontade.
DIVIRTA-CE – Estamos em um ano eleitoral...
SIMONE – (Interrompendo) Não, isso aí não! (e virando o rosto para outro “repórter”, que prontamente me corta e faz uma “pergunta” ótima em cima da minha: “Como é a participação dos fãs no show?”).
DIVIRTA-CE – Vou completar a pergunta Simone. Estamos em um ano político, eleitoral - como você vê a música brasileira depois de um astro como Gilberto Gil ter passado pelo Ministério da Cultura. E como você vê as mudanças na Lei Rouanet, já que seu show é apoiado por ela?
SIMONE – O Gil é meu vizinho, nós moramos no mesmo prédio, eu amo ele. Ele é um cantor e compositor que não precisa provar nada mais a ninguém. E quanto a Lei Rouanet, pergunte a este homem (indicando o dedo para seu empresário) que é quem entende mais de Lei Rouanet no Brasil!
DIVIRTA-CE – Seu show recebe o incentivo da Lei Rouanet. Isso facilita a vida do artista brasileiro?
SIMONE – O que posso dizer é que estamos fazendo todos as capitais do Brasil. A produção de um show desse é muito cara. E eu não gosto de cobrar ingresso caro. Há muito tempo peço que o valor do ingresso do meu show seja no máximo de 5% a 10% do salário mínimo, mas é difícil. Por mais inconseqüente o que eu vou falar, pois tenho o apoio da Lei Rouanet, a cultura no Brasil sempre foi quase totalmente abandonada. E consegui um patrocínio através da Lei Rouanet, que me possibilita fazer essa turnê por todas as capitais. E esse incentivo da Lei Rouanet não é uma coisa nova – mas te digo que em 37 anos de carreira só tive uns três patrocinadores como esse. Só. Para você levar um show para outras capitais, tem que ser completo, não pela metade.
SIMONE - Admiro muito o trabalho da Maria Gadú.
DIVIRTA-CE - Em Boa Companhia é definido pelo seu diretor, José Possi Neto, como um show alegre, pra cima, com muito samba, pop e músicas românticas. Como foi trabalhar com José Possi, qual a música ou as músicas que você mais gosta de cantar nessa turnê, e quais surpresas você reserva para o público cearense?
SIMONE – Acho que a surpresa o público é que tem que reservar pra mim (risos). O show tem base no DVD que lancei, só duas músicas não serão tocadas nesse show. O José Possi é maravilhoso, já trabalhei com ele diversas vezes, ele é um grande diretor de teatro– e grande diretor é aquele que não quer estar em cena – é aquele que coloca o artista para fazer o melhor que pode. Ele não interfere no trabalho do artista.
DIVIRTA-CE – Tem alguma música de preferência, algum momento que você considere ser o ponto alto do show, que a plateia e você gostem mais?
SIMONE – Tem platéias que gostam mais de uma música, depende do dia. Meu patrão é o público. Meu trabalho é alegria, é prazer.
O carro chefe do restaurante são as bruschettas (fatia grossa de pão italiano tostado com azeite e alho) em diversas versões de recheios. O menu oferece, ainda, variados tipos de massas de fabricação própria, risotos, carnes, aves, peixes, saladas e sobremesas. No cardápio, desde as porções de entradas, cada prato tem uma sinalização indicando com qual tipo de vinho se harmoniza o que deixa o cliente mais à vontade para escolher a marca da bebida de acordo com o preço e a harmonização.


Em 2002 o La Pasta Gialla foi vencedor na categoria "Melhor restaurante de cozinha rápida", na escolha dos melhores da cidade, na Revista Veja São Paulo, que se repetiu em 2003 e 2004. Outros prêmios, como 1º lugar na categoria Melhor Cantina Italiana pela Revista Gula, recebidos em 2003, 2004, 2005 (Melhor dos Melhores), 2007 e 2008.

Criado há dois anos, o Social Clube reúne os melhores e mais conceituados restaurantes de Fortaleza. Além do La Pasta Gialla, fazem parte da rede os Restaurantes Santa Grelha, Ryori Sushi Lounge, Sputinik e Sacada. O Social Clube une em torno do bom gosto um seleto grupo de pessoas e apreciadores da boa culinária e oferece as melhores iguarias de uma sofisticada gastronomia.
A rede conta, ainda, com Cartão Social Clube que dá direito a desconto de 15% nas empresas do grupo e até benefícios para parceiros comerciais, tratamento diferenciado e exclusividade em áreas do portal Social Clube.
Serviço: La Pasta Gialla
Shopping Pátio Dom Luis - Loja 125
Av. Dom Luiz, 1.200 – Aldeota / Fone: [85] 3267-3070
Horário de Funcionamento:
Segunda a domingo - 12:00 às 24:00 horas
+ RESTAURANTES
O melhor da gastronomia
Culinária japonesa contemporânea do restaurante Misaki
>Misaki Gourmet: prato com três opções de protéicos e guarnição
A culinária japonesa chegou tímida ao Brasil em meados dos anos 90. Apenas alguns “corajosos” experimentavam aqueles pratos exóticos, compostos por frutos do mar crus e ingredientes diferentes, como o shitaki (espécie de cogumelo) e Nirá (broto do alho). Há alguns anos seria difícil acreditar que pratos tão diferentes cairiam no gosto do brasileiro e que não passaria de uma fase e/ou moda. O tempo passou e os pratos japoneses entraram na rotina de casais e grupos de amigos, que hoje dividem os sushis com churrascos e pizzas, e ganharam adaptações e toques “tupiniquins”.

Há 20 anos no mercado e presente em segmentos gastronômicos distintos, o Grupo Geppos inova por meio da reformulação do restaurante japonês Misaki, com apenas 30% do novo cardápio composto por sushis. Das conhecidas peças japonesas, metade são criações próprias com toques especiais como, por exemplo, o sushi “maçaricado” (grelhado, sem fritura), com seis sabores diferentes, além de receitas como o sushi com uma lâmina de salmão recheado com lagosta e coberto com caviar. “É importante proporcionar novas experiências para nossos clientes, mostrando-lhes que a gastronomia japonesa vai além do sushi e do sashimi. Temos vários pratos com a mistura de ingredientes orientais e nacionais. Outro ponto importante é o fato do nosso cardápio ser bastante democrático, pois se um casal sair para almoçar e a esposa quiser sushi, mas o marido não tem a mesma preferência, por exemplo, o Misaki terá opções para oferecer pratos que satisfaçam todos os paladares”, comenta o diretor Deda Geppos.
Misaki realiza Festival de Sobremesas até 30 de setembro
O cardápio inclui sobremesas especiais, como a Tameki, que significa “suspiro” e é composta por sorvete de capim santo, cestinha de suspiro com morango e chocolate e florentinas (Massa doce e crocante coberta de caramelo e amêndoas); a Aijô (amor), tortinha de coco e nozes, blinis com sorvete de canela e Ganache com Nugá; a “primavera” Haru, com creme Brulée, espetinhos de frutas carameladas e sorvete de tapioca e a Oishii (Saborosa), Ganache com Nugá, Guimauve marshmallow e gota de chocolate com frutas carameladas.

Festival de Sobremesas no Misaki
De 23 de agosto a 30 de setembro - durante o almoço
Preço: R$ 15 cada
Avenida Desembargador Moreira, 1011 – Shopping Jardins Open Mall – Aldeota – Fortaleza - Ceará
Telefone: (85) 3433.1050
Aberto diariamente para almoço e jantar
Capacidade: cerca de 90 pessoas
Cartões: MasterCard, Visa e American Express

Obra da Editora Aleph traz um relato surpreendente e revelador da vida e da morte das sete lendas do rock
Conhecidos como ícones culturais e lendas do rock'n'roll, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain e Jerry Garcia têm mais em comum do que se possa imaginar. Cheios de atitude e genialidade quando o assunto é música, eles também eram figuras problemáticas e autodestrutivas. O Livro dos Mortos do Rock, de David Comfort, desconstrói esses mitos ao revelar particularidades e detalhes da vida de cada um, especialmente no período que antecedeu sua morte.
Da infância solitária, arruinada por perdas irreparáveis, às músicas e atitudes que falavam de amor e revolução, essas lendas encontraram um fim precoce, trágico e coberto de mistérios e especulações. Com a exceção de Lennon, todos tentaram o suicídio ou ameaçaram cometê-lo. Quatro morreram aos 27 anos – vale lembrar que 2010 marca 40 anos da morte de Jimi Hendrix (18 de setembro) e Janis Joplin (4 de outubro), e 30 anos do assassinato de John Lennon (8 de dezembro).
Os capítulos foram organizados em ordem cronológica, seguindo a sequência de suas mortes, ocorridas ao longo daquela que foi a era de ouro do rock. Diferente de outros livros que se concentram pontualmente em minúcias biográficas, O Livro dos Mortos do Rock é o primeiro estudo sobre o lado sombrio desses músicos. Com uma linguagem leve e muitas vezes sarcástica, David Comfort revela com precisão os medos, fraquezas e excessos que levaram esses astros à condição de imortais.
>SHOWS
Mostra BNB da Canção Brasileira Independente reúne 36 artistas de 11 estados

Como destaques da Mostra, constam nomes como Daúde, George Israel, Marku Ribas, Khrystal, Beto Brito, Criolina, Érica Machado, Marquinho Sathan, Curumin, Fhátima Santos e Nayra Costa, entre outros.

Gratuita ao público, a quarta edição da Mostra acontecerá nos três Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza; Cariri, em Juazeiro do Norte, na região sul do Ceará; e Sousa, no alto sertão paraibano).
Homenagem ao Artista Independente
A Mostra BNB da Canção Brasileira Independente, neste ano, homenageia o Artista Independente. Eles propagam em suas localidades as experiências vivenciadas a partir de duas vertentes: diversidade e identidade.
Música no Teatro José de Alencar
Sonoridades de setembro. O centenário Theatro José de Alencar já inicia o mês com a participação da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho (Orcec) na obra de Paurillo Barroso. A Valsa Proibida é uma narrativa cantada sobre o amor improvável. Em cartaz nos dias 3, 4 e 5 de setembro, sempre às 20h, no Palco Principal do TJA. A regência da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho fica a cargo do Maestro Vazken Fermanian.
Da música instrumental, o Duo Barrenechea apresenta no foyer concerto gratuito, com Sérgio Barrenechea, na flauta e Lúcia Barrenechea, no piano. Na Série Pianíssimo, a Associação de Amigos do Piano comemora os 200 anos de Schumann e Chopin com concerto de piano de Victor Duarte com participações especiais de Daniel Sombra e Heriberto Porto. Tem também a Orquestra Filarmônica do Ceará, a Camerata Eleazar de Carvalho e os programas de Ensaio Aberto da Orcec e convidados.
A Orquestra transporta o cenário erudito de compositores com um apelo universal imediato: Mozart, Beethoven, Dvorák, e Carlos Gomes.
Dia 18, o Manifesta! - Festival das Artes procura fazer uma ocupação artística no Theatro José de Alencar. O resultado é mais uma virada cultural, de 18h as 6h da manhã, com artistas de diferentes linguagens que se apresentarão simultaneamente nos vários espaços do TJA, misturando música, dança, cinema, fotografia, etc. O evento é coletivo e organizado pelos próprios artistas, com participação de bandas como Breculê e Fulô da Aurora.
Da MPB, a cantora Simone chega com a turnê Em Boa Companhia e lança DVD homônimo, nos dias 21 e 22 de setembro, no palco principal do TJA. No show, a cantora apresenta músicas de seu mais novo disco, “Na Veia” em repertório composto ainda por composições inéditas de Erasmo Carlos, Adriana Calcanhoto, Martinho da Vila. O show tem direção de José Possi.
Já o músico Ivan Tombó faz duas apresentações: nos domingos 19 e 26 de setembro. Divulga o seu mais recente trabalho, o disco Voltas, lançado em junho de 2010 em ambiente lounge que interage música e vídeo. O artista gráfico Daniel Chastinet produziu seis vídeos que serão exibidos em sincronia com as seis músicas do disco.
No repertório, ambiências sonoras criadas a partir de temas instrumentais influenciados pela NuJazz, estilo de jazz que, a partir de improvisações, funde a música eletrônica com diferentes estilos musicais como o soul e o funk.
Ceará Music aumenta valor dos ingressos e anuncia novos artistas da edição 2010

Após o festejado anúncio que a banda Black Eyed Peas será a grande atração da 10ª edição do Ceará Music, os produtores do evento começam a anunciar as outras atrações que farão a festa nos dias 15 e 16 de outubro, no Marina Park Hotel.
Além da banda americana, já estavam confirmadas as bandas Los Hermanos e Capital Inicial. Agora as novidades são anunciadas: Biquini Cavadão e Pitty. As bandas foram escolhidas pelo público do evento, por meio de votação pelos internautas no site do Ceará Music.
Entram na programação também Cine, Natiruts e Paralamas do Sucesso.
A presença dos Paralamas vai ser a grande atração do dia 16. Sendo a última banda do sábado, os Paralamas, sob a batuta de Herbet Viana, vão comandar a festa de aniversário do Ceará Music em grande estilo, fechando o evento com chave de ouro. Como presente para o festival, Herbet convida ao palco os amigos, Frejat, Tony Garrido e Fernanda Abreu.
Com o conceito “Viva essa transformação”, o Ceará Music demonstra, em seu aniversário de 10 anos, uma mudança de postura, enaltecendo a dimensão do festival que cresce e alcança a sua maturidade. Durante sua trajetória, o festival, que já trouxe para os cearenses, além das maiores bandas nacionais, diversos grupos e DJs internacionais, promete, mais uma vez, agitar a cidade de Fortaleza. Ejá ouve o primeiro aumento no valor dos "brazucas", um "passaporte" com ingressos para os dois dias do Ceará Music, que estavam custando R$ 150 (pista) e R$ 350 (Frontstage). Confira abaixo os preços atuais reajustados:
Preços
Sexta (15):
Pista: RS 159,00
Frontstage: R$ 360
Sábado (16):
Pista: R$ 45,00
Frontstage: R$ 120
Pontos de venda
Lojas Renner - Iguatemi e North Shopping
Lojas Ibyte - 13 de maio e Dom Luís
Site do Ceará Music: www.cearamusic.com.br
TV DIVIRTA-CE
Confira o clip da música "Missing you" ao vivo e veja um pouquinho do show do Black Eyed Peas qiue estará em Fortaleza
_______________________________
Carisma de Zélia Duncan conquistou público do Náutico
Zélia Duncan voltou a Fortaleza, após a bem sucedida apresentação do Dia da Mulher na Praça do Ferreira, para apresentar o show de seu novo CD, “Pelo Sabor do Gesto”, dia 3 de setembro, sexta, no Clube Náutico. Músicas famosas de Zélia, como “Catedral” e “Alma” estiveram no repertório junto com as novas composições feitas em parceria com Zeca Baleiro, Chico César, Paulinho Moska, e Marcelo Jeneci.
“Pelo Sabor do Gesto” foi indicado ao Grammy Latino e já é considerado um dos melhores lançamentos da consistente discografia da cantora, que em 2010 completa 29 anos de carreira.
As novas músicas expõem diversos pensamentos e situações de seu universo particular: o fascínio pela música e pelas novas descobertas (“Sinto Encanto”), as reflexões sobre o amor e sua plenitude (“Pelo Sabor do Gesto”), a vida e suas concessões (“Nem Tudo”). Existe ainda “Duas Namoradas”, composta por Itamar Assumpção e Alice Ruiz, única música cuja autoria não cabe à artista.
No começo do show, depois de fazer o seleto público do Náutico aguardar o conserto de alguns problemas técnicos, a cantora mostrou a força do seu carisma em uma apresentação intimista, com seus fãs pedindo músicas e interagindo com a cantora, próximo do palco.
No bis, após a platéia dançar e cantar seus sucessos, a cantora voltou rapidamente: “Não vou fazer vocês esperarem mais”, exclamou, bem humorada.
TV DIVIRTA-CE no show de Zélia Duncan
Confira os vídeos de Felipe Muniz Palhano e Rummenigge Santos
TEATRO
Viva o Teatro Nordestino!
“Uma vez, nada mais” peça da Bahia, vence o Júri Popular do Festival Nordestino de Teatro 2010, em Guaramiranga
Após uma verdadeira maratona de espetáculos de todo o Brasil, terminou no sábado mais uma edição do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga. O último dia do
O júri popular do 17º FNT elegeu “Uma vez, nada mais”, da Bahia, como o melhor espetáculo de 2010. Dirigida por Hebe Alves e levada ao palco pelas atrizes Aícha Marques e Maria Menezes, a peça foi uma das nove apresentadas na Mostra Nordeste, da qual participou uma montagem de cada estado da região.
Após a entrega do prêmio de Melhor Espetáculo, foi a vez do ator, diretor e dramaturgo Ricardo Guilherme, que recebeu o troféu Beija-Flor não só por sua valiosa carreira, mas também por sua ligação artística e afetiva com o festival ao longo desses 17 anos, como ator, debatedor, professor ou consultor. Luciano Bezerra, presidente da Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga – AGUA, entidade realizadora do festival, destacou: “Para nós foi muito natural e justo reconhecer seu trabalho, toda a sua contribuição para o teatro do mundo.
Ao lado de uma das filhas, Clarisse Guilherme, que chamou ao palco, o homenageado lembrou sua ligação com o FNT, desde a primeira edição, quando participou a convite de Humberto Cunha. Destacando a vocação de Guaramiranga para as artes cênicas, Ricardo Guilherme revelou o que espera daqui para a frente. “Ano que vem serão 18 anos e vejo que o grande passo é, por meio de convênios, criar uma escola livre de teatro em Guaramiranga. É esse o embrião que vejo para os 18 anos”.
Com a realização de um verdadeiro intercâmbio entre artistas, cursos, debates, e exibindo um panorama das mais diversificadas linguagens do teatro atual, o Festival Nordestino de Teatro, primeiro evento cultural consolidado em Guaramiranga e que incentivou o surgimento de diversos outros, mostra a cada ano como a arte é importante fator de transformação de uma cidade e seu povo, movimentando o turismo, a economia e dando oportunidades para pessoas que não tem acesso a cultura.

Ícone da cultura cearense, Ricardo Guilherme celebra sua carreira no Festival Nordestino de Teatro, em Guaramiranga
O virginiano Ricardo Guilherme já nasceu radical. Celebrando seus 40 anos de carreira, ele é referência da cultura e comunicação cearense: professor, vice-coordenador e um dos criadores do Curso Superior de Artes Cênicas da Universidade Federal do Ceará, Ricardo Guilherme se confunde com a história da arte no Estado. Já passou pelos palcos da Europa, África, América Central e do Norte, mas seu deslumbre mesmo é pelo Ceará: “Fortaleza está em mim”, disse em entrevista para o DIVIRTA-CE, durante o 17º Festival Nordestino de Teatro (FNT).
RICARDO GUILHERME – Quando eu era criança já fazia teatro na garagem, na escola, com os amigos, irmãos, colegas, mas ainda não tinha consciência de que era aquilo que eu gostaria de fazer na vida, que aquilo era uma vocação. Fui descobrir isso com o rádio teatro. Eu sou da geração que viu o começo da televisão no Ceará, ainda nos anos 60 - eu tinha cinco anos - e também vi o fim da rádio novela. Comecei no rádio, fazendo novelas, ainda menino, 13 anos. Uma pessoa do teatro foi importante na minha carreira, quando eu tinha 14 para 15 anos: estou me referindo a José Humberto Cavalcante, ator extraordinário dos anos 60, que era da Ceará Rádio Clube. Um dia eu o
DIVIRTA-CE – Você é homem de teatro, mas seu trabalho se completa com todos os meios de comunicação e da arte: já fez livro sobre a história do teatro, de contos, crônicas, poesia, jornalista colaborador, narrador, apresenta atualmente um programa de entrevistas na TV Ceará. Você tem uma história na comunicação cearense, sendo um dos fundadores da TV Educativa (atual TVC), da Rádio Universitária. Como você encara o Ricardo ator e o Guilherme comunicador? São duas carreiras distintas ou que completam o Ricardo Guilherme?
RICARDO GUILHERME – O Ricardo Guilherme comunicador veio antes do teatro. Como eu disse, primeiro entrei no rádio em 69. Em 1970 eu era
DIVIRTA-CE – Comemorar 40 anos de arte é

RICARDO GUILHERME – Eu digo que sou uma ponte entre o passado e o futuro. A vida foi me forjando a fazer isso. Estou na Universidade Federal do Ceará desde 1979. Entrei na UFC com 24 anos – estou lá há 31 anos como professor de teatro. Então participei também dessa geração que hoje é madura. Quando comecei minha jornada eu convivia com gente que fazia teatro nos anos 30 e hoje eu convivo com meus alunos, que ainda não fizeram nenhuma peça, ainda estão estudando. Acho que essa visão ampla de tempo enriquece. Talvez com esse recorte, essa tríade de tempo, passado, presente e futuro, que eu veja a minha trajetória de 40 anos. Mais do que uma celebração do trabalho, vejo essa data como uma comemoração da vida, dos afetos, das relações pessoais. Não basta estar no palco, é preciso relacionar-se com as pessoas, criar laços, ouvir, tentar ser uma pessoa imprescindível na compreensão da diversidade humana.
RICARDO GUILHERME – Sim, um sonho de 50 anos! Tenho orgulho da minha geração lutar para que isso se tornasse realidade!
DIVIRTA-CE – O Festival de Teatro de Guaramiranga está lhe prestando uma homenagem, e você irá apresentar no encerramento “A Divina Comédia de Dante e Moacir”, próximo sábado.
RICARDO GUILHERME – Tenho uma relação estreita com o Festival de Guaramiranga, por isso esta homenagem é muito emocionante. Estou desde a primeira edição, nunca deixei de vir nenhum ano. Humberto Cunha que me chamou para participar, quando o Festival ainda nem tinha grandes apoios. Acompanhei o crescimento da cidade e das pessoas. Estou ligado a Guaramiranga.
DIVIRTA-CE – Em ano de eleições, como você analisa a situação estrutural da cultura em nosso

RICARDO GUILHERME – Eu tive a honra de ser convidado para fazer o espetáculo comemorativo dos 100 anos do Teatro José de Alencar, no dia 17 de junho. Foi uma boa forma de celebrar os cem anos – optaram por convidar quem é do Ceará e depois chamaram artistas de fora. Já deixamos aquela fase do balcão, dos amigos do rei, do coro dos contentes. A classe já está politizada, isso tem um processo longo, desde a Federação Estadual de Teatro Amador, da qual também fiz parte, como vice-presidente. Hoje os artistas cearenses já dialogam com os governos para criarem as políticas públicas em relação a cultura. Claro que isso pode ser ampliado, não com centros restritos, mas investindo na periferia de Fortaleza, no interior do Ceará, que precisa de espaços, de intercâmbios, fomentos da produção, de formação de pesso

DIVIRTA-CE – Você é o criador do Teatro Radical, que nasceu, inclusive, com uma sede própria. Explique um pouco desse processo de criação.
RICARDO GUILHERME – O Teatro Radical é de 1988 – começou como uma idéia, um manifesto defendendo que o ator brasileiro deve estar ligado aos seus arquétipos, ao seu povo. Um teatro que pudesse estar desvinculado da multidisciplinaridade. Um teatro mais centrado na figura humana, mais antropocêntrico. Depois dos laboratórios
DIVIRTA-CE – Então podemos adaptar diversos textos para a linguagem “poética” do Teatro Radical?
RICARDO GUILHERME – Claro que sim. O Radical é uma poética que vai até a raiz da peça, a raiz dos conflitos da peça. Ao invés de entender a peça pela sua diversidade, entendemos pelo r

DIVIRTA-CE - Nesses 40 anos, você já fez mais de cem

RICARDO GUILHERME – Paixão nós temos por aquilo que estamos fazendo. Adoro fazer a “A Divina Comédia de Dante e Moacir”. Outra peça que gosto muito de fazer é “Bravíssimo”, um solo, uma peça absolutamente despojada e que eu faço um discurso político. Um espetáculo que amo também é “Flor de Obsessão”, de Nelson Rodrigues.

RICARDO GUILHERME – Essa pergunta é difícil! Fiz uma versão de “Rosa do Lagamar”, dirigida pelo Haroldo Serra, onde eu fazia um vigia. Eu me exigi uma chave de interpretação que não era muito confortável: um teatro mais discreto, mais realista. Sou um ator muito espalhafatoso.
DIVIRTA-CE – Alguma frustração na sua história, algo que você gostaria de ter feito e ainda não fez, ou algo que você tenha feito e se arrependeu?
RICARDO GUILHERME – Gostaria de fazer a Escola de Teatro Radical, para que essa idéia sobrevivesse, com pessoas formadas nessa poética.

RICARDO GUILHERME – O Teatro Radical surgiu exatamente na contramão dessa ideia, desse teatro que reúne muita tecnologia e toda essa parafernália. Gosto do teatro centrado no trabalho do ator. Todo esse aparato tecnológico passa, é substituível. O que nos torna mais contemporâneos é sermos cada vez mais pré-históricos.
17º Festival Nordestino de Teatro foi um sucesso na serra de Guaramiranga
> Beth Goulart na peça “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”
Fotos e vídeos by Rummenigge Santos e Felipe Muniz Palhano
Como em todos os anos, um cortejo com banda, palhaços e muitas crianças fantasiadas anunciou a abertura do evento no dia 4 de setembro, sábado, às 17h, encantando os turistas que lotam o município. A primeira noite, com temperatura marcando 14 graus na serra cearense, contou com o excelente espetáculo “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”, com a atriz Beth Goulart, que lotou o Teatro Rachel de Queiroz, inclusive com sessão extra.
Beth Goulart consegue “incorporar” Clarice Lispector, transpondo para o palco as referências sobre sua vida e obra com maestria, dinamismo e profundidade. O cenário e figurino conseguiu passar o requinte da personalidade de Clarice, que tinha como base a simplicidade, sinceridade, praticidade e devaneio criativo da escritora. Beth Goulart está em sua melhor forma, e protagoniza um dos melhores espetáculos da carreira.
O monólogo supervisionado por Amir Haddad faz parte de um projeto de Beth de biografar no teatro, cinema e TV grandes personalidades femininas. Em “Simplesmente Eu...” ela é protagonista além de ser responsável pelo texto e direção.
Em meio a depoimentos que lançam pistas sobre a figura contraditória de Clarice Lispector (1920-1977), Beth traz quatro mulheres de sua ficção. São elas: Joana, do romance ‘Perto do Coração Selvagem’; Ana, do conto ‘Amor’; Lóri, do romance ‘Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres’; e outra sem nome, do conto ‘Perdoando Deus’. O mérito maior de Beth é apresentar com brilhantismo a escritora, desvendando parte da sua enigmática figura até para quem nunca abriu um de seus livros.
O teatro da lei e a Lei do Teatro

O encontro de duas das mais importantes associações do teatro, APTI (Associação dos Produtores Teatrais Independentes) e APETESP (Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo), realizado dia 26 de maio no auditório da FECOMÉRCIO, na capital paulista, mobilizou produtores, artistas e demais profissionais do ramo para discutir a proposta do MinC de criação do Profic, em substituição à Lei Rouanet. Na ocasião foi apresentado estudo realizado pela empresa J.Leiva sobre o impacto da Lei Rouanet no setor.
A pesquisa mostra a evolução dos investimentos em artes cênicas pelo Mecenato. Em 2000 eram R$ 60 milhões destinados à área. Em 2008, R$ 166 mi, chegando a alcançar R$ 176 mi em 2005. Cerca de 20% dos valores investidos entre 2000 e 2008 foram para esse tipo de atividade artística. Em média 600 projetos são realizados em todo o Brasil, com valor médio de R$ 287 mil. Desses 450 vão para o teatro. Os outros 150 vão para dança e circo.
337 proponentes foram beneficiados com o mecanismo. 95% deles foram contemplados com um ou dois projetos. Esse grupo ficou com 82% dos recursos. Apenas 5% dos proponentes (1,5% do total) captaram para 4 projetos ou mais, ficando com 9% do total captado. 8% dos proponentes captaram mais do que R$ 1 milhão. Grupos, espaços e festivais ficaram com quase 50% dos recursos. 70% do dinheiro foi para São Paulo e Rio de Janeiro. O sistema não informa a ação é realizada. O estudo indica ainda que 34% dos projetos apresentados (e 41% dos aprovados) captaram recursos. Na Lei do fomento, em São Paulo, esse índice é de apenas 15%.
Mesmo sendo um dos setores melhor articulados da área cultural, o teatro sofre os efeitos negativos de uma ação desarticulada e desarticuladora, como esta impetrada pelo MinC, que já deixa marcas profundas na produção, articulação e participação da sociedade civil. Além do peso da perda de investimentos, como demonstra a matéria publicada semana passada pela Folha de S.Paulo, os movimentos políticos do MinC geram desagregação e incitam a cisão dos setores organizados. O Redemoinho, por exemplo, uma rede de grupos de teatro que buscava uma articulação nacional para fortalecer o teatro de pesquisa e de grupo, foi abatido pela síndrome maniqueísta do novo caçador de marajás: “se você é a favor do Profic, então você defende os descamisados e pés descalços. Se você é contra, você é a favor das elites paulistanas”, proclama a cúpula do planalto central.
Pior do que isso, a atividade cultural está sendo dividida entre amigos e inimigos do rei. E Getúlio já dizia: “aos amigos tudo, aos inimigos, a Lei”. E os integrantes do Redemoinho preferiram desmantelar a rede a tomar uma posição, enfrentando a fúria do ministro, famoso por ser implacável com seus inimigos. Isso porque alguns dos protagonistas do movimento conhecia as consequências práticas da proposta do MinC e o abismo existente entre a proposta e o discurso malicioso e demagógico do ministro.
Tenho conversado com muitos artistas, produtores, gestores, investidores, agentes culturais em geral, de todas as partes do Brasil, do mercado, dos Pontos de Cultura. A apreensão é muito grande, a insegurança e o desânimo em relação ao futuro profissional é um denominador comum. O momento de crise se agrava com as incertezas e a falta de comando e controle da situação. Há uma sensação de impotência em relação a uma gestão centralizadora, discricionária, arbitrária e conduzida no grito.
Outra característica comum é a fala em off. Todos deixam suas opiniões, desde que não as publiquemos. O medo de sofrer retaliação subrepõe a crença numa articulação mais forte, que contraponha a mesquinharia e a agenda difusa e subliminar do ministério.
É grande a instabilidade do MinC. O ministro prepara uma saída amenizadora para o seu discurso suicida. Nos próximos dias, deve fritar alguém do alto comando, como já fez com vários secretários e presidentes de vinculadas. A ideia é ganhar sobrevida e continuar em evidencia por mais tempo, em busca de sustentabilidade política e votos em seu curral para a campanha a deputado federal.
E o teatro? Bom, isso não é, definitivamente, problema do Juca. A não ser que esteja no palco.
TV DIVIRTA-CE
Confira vídeos do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga
BAÚ DA TV DIVIRTA-CE
DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO: Veja vídeo com narração de Dan Viana na cobertura do 15º FNT
O Blog Divirta-CE acompanha o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga há anos - confira esse vídeo de 2008