segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

CINEMA NACIONAL

AVENTURA DOMINA O LONGA INFANTO-JUVENIL “EU E MEU GUARDA-CHUVA”

Nova produção da Conspiração Filmes, em parceria com a Moonshot Pictures e Fox Film, estreia em 12 de março


O clima de aventura paira no ar. As novas imagens de “Eu e meu guarda-chuva” mostram um pouco dos desafios e pessoas estranhas que Eugênio, Frida e Cebola irão encontrar na jornada que começa na visita à nova escola um dia antes das aulas começarem.

Dirigido por Toni Vanzolini, coincidentemente, o filme estreará no início do ano letivo, em 12 de março, trazendo à garotada a oportunidade de embarcar no fantástico mundo da fantasia e imaginação.

Baseado no livro homônimo do titã Branco Mello, Hugo Possolo e Ciro Pessoa, “Eu e meu Guarda-Chuva” tem roteiro de Adriana Falcão, Marcelo Gonçalves e Bernardo Guilherme.

Além de Daniel Dantas, o elenco é composto por Paola Oliveira, Leandro Hassum, Arnaldo Antunes, Camilla Amado e pelos jovens atores Lucas Cotrim, Rafaela Victor e Victor Froiman.


Sinopse

Na última noite de férias, três amigos – Eugênio, sempre munido do guarda-chuva herdado do avô, Frida e Cebola – embarcam em uma aventura mágica ao visitar sua nova escola.

Um barão, que deveria permanecer em um antigo quadro da parede, ganha vida e comprova sua fama de “terror dos alunos”. Salas e corredores viram o palco de uma fuga repleta de ação que leva a viagens a lugares desconhecidos e ao encontro com personagens inusitados e divertidos.







Documentário sobre o professor do baião

Filme “O Homem Que Engarrafava Nuvens”, de Denise Dumont e Lírio Ferreira é uma homenagem a Humberto Teixeira

Não só de Bossa Nova vive a Música Popular Brasileira, e mesmo antes dela, uns caras lá do Sertão fizeram história no Brasil com um ritmo chamado Baião. Todos conhecem Luiz Gonzaga e a eterna Asa Branca, mas sabem de quem é esta canção que simboliza as Aventuras dos Nordestinos no Sul? Não? E os fãs de Mutantes, obviamente, devem conhecer a música “Adeus Maria Fulô”, sabe de quem é? Sabe? Sabe?

Humberto Teixeira, o “Doutor do Baião”, compositor, advogado, deputado federal e criador das leis de direitos autorais no Brasil ele foi tudo isso mesmo, criou Asa Branca, entre tantas outras belíssima composições. Tá, mas e o que é o Homem Que Engarrafava Nuvens? No dia 15 de Janeiro de 2010, o Doutor do Baião será homenageado no longa-metragem de Lírio Ferreira, com produção de Denise Dummont, filha de Humberto Teixeira.

O filme conta com a participação de grandes artistas da Música Popular Brasileira, entre eles, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Bebel Gilberto, Fagner, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso. Luiz Gonzaga (In memoriam), Lenine, Maria Bethania, Cordel de Fogo Encantado, Chico Buarque ele mesmo meldels, Sivuca (In memoriam), Carmélia Alvez e Rita Ribeiro.
Um dos pontos interessantes no lançamento deste filme é a estratégia utilizada, foram organizados shows com os artistas que irão participar do longa, como Lenine. É isto, com fotografia de Walter Carvalho, direção musical de Guto Graça Mello e videografismos de Gringo Cardia e Fabio Arruda, estou ansioso para ver o resultado final deste belíssimo trabalho. Com relação aos shows e outras informações, todos podem acompanhar informações no Blog Oficial do Filme, além do Twitter, Facebook, Youtube e Orkut. O filme O Homem que Engarrafava Nuvens estreia dia 15 de janeiro.

Clique e confira horarios de exibição do filme "O Homem que engarrafava nuvens" na seção PROGRAMAÇÃO DE CINEMA






Conheça bastidores de "Meu País"


Filme com Cauã Reymond, Rodrigo Santoro e Débora Falabella


Era o elenco de sonho do diretor André Ristum. Para sua estreia no longa, o diretor de curtas como De Glauber para Jirges e O Homem Voa? escreveu, não propriamente uma história autobiográfica, mas algo com fortes elementos de sua experiência pessoal. Tendo acompanhado o pai - Jirges Ristum - em seu exílio na Itália, durante os anos de chumbo da ditadura, André trouxe esses elementos "italianos" para Meu País. O filme é sobre o encontro de dois irmãos. O patriarca está morrendo e um filho volta da Itália para se juntar ao outro, que permaneceu no Brasil com o "velho".

Ristum queria Cauã Reymond no papel do irmão mais jovem. A aproximação foi rápida, o ator topou. Astro de novelas da Globo, Cauã vem desenvolvendo talvez a carreira mais interessante entre os atores de sua geração. No cinema, ele tem dado preferência para os filmes autorais, de diretores como José Eduardo Belmonte, Carlos Reichenbach e, agora, André Ristum. Em Meu País, ele faz seu primeiro personagem paulistano quatrocentão, logicamente rico. "Queria conhecer esse universo, até porque na minha próxima novela das 8, de Sílvio de Abreu, vou fazer outro personagem com o mesmo perfil." Como é fazer um ricaço? "Ah, é gostoso. É tudo tão diferente de mim...", ele conversa no set.

Seu irmão na ficção é Rodrigo Santoro, fechando o tal elenco de sonho de André Ristum. Ele já tinha Cauã Reymond, a filmagem se aproximava. O produtor Caio Gullane tinha um encontro com Santoro para tratar de outro assunto. "Leva o roteiro", pediu Ristum. Santoro é hoje o mais internacional dos atores brasileiros. Muita gente se intimida por isso. Acha que ele é caro. "Eu? Sou do tipo que paga para trabalhar", brinca Santoro. Seja como for, Gullane lhe mostrou o roteiro. Santoro havia terminado, na Argentina, seu longa com Roland Joffé, There Be Dragons. A ideia era descansar, mas aí ele leu Meu País e ficou tentado. Gostou do personagem, do projeto como um todo. Santoro é do tipo que não se esquece. Ele até hoje tem uma relação de gratidão com a Gullane Filmes, que produziu (com a Buriti) O Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky, que foi o grande salto de sua carreira.

A cena da filmagem de Meu País a que a imprensa teve acesso, no set em Helvetia - leia o texto seguinte, nesta página -, é tensa. Cauã Reymond tem uma dívida de jogo. O homem a quem ele deve aparece com um capanga, para intimidá-lo. André Ristum repete três ou quatro vezes. O capanga aplica uma chave em Cauã, dá-lhe um tapa na cabeça. "Em posição, mais forte!", grita a assistente de direção. Cauã apanhou tudo que tinha direito - mais do que merecia? - nesse dia nublado (já chovera um pouco antes). Numa cena imediatamente anterior - mas que, na cronologia do filme, vai se situar depois -, Santoro veio em socorro do irmão e se comprometeu a quitar a dívida. Há uma troca de olhares entre ambos. Cauã faz com os lábios o sinal de um silencioso agradecimento. Da cena participa Débora Falabella, como a irmã "louquinha", que tem uma deficiência intelectual. Ela se abraça a Rodrigo. Uma cena forte, feita de silêncios, de coisas não ditas. Meu País promete.







Após 'Lula, o filho do Brasil', novos projetos abordam presidentes

- Desde 1915, quando D.W. Griffith assinou O nascimento de uma nação, até 2011, quando Steven Spielberg leva às telas Lincoln – ambos centrados na figura de Abraham Lincoln (1809-1865) – uma infinidade de séries de TV, telefilmes, cinebiografias, longas de ficção (científica, dramas e ação) e até comédias elege como personagem central de suas tramas o chefe maior do estado americano. A enciclopédia virtual dos cinéfilos, o Internet Movie Database (IMDb) assegura – mais de 650 produções audiovisuais americanas renderam-se ao poder da Casa Branca. No Brasil, o cenário é o oposto. Em vias de mudança, o cinema político ainda encontra dificuldades. E com parcas produções, ainda se arrasta nas truncadas engrenagens de seu carro-chefe, Lula, o filho do Brasil, que completa um mês de circuito segunda-feira.

Exibido em mais de 350 salas espalhadas pelo país, até a última semana o longa de Fábio Barreto contabilizou 767 mil espectadores, com renda acumulada de R$ 6,5 milhões. Maior sucesso da bilheteria da chamada retomada, Se eu fosse você 2 atraiu 560 mil espectadores na semana de abertura, enquanto o longa de Barreto sobre a trajetória do atual presidente acumulou pouco mais de 100 mil espectadores – menos até que um de seus inspiradores, 2 filhos de Francisco (2005), com 266 mil espectadores na primeira semana.

Com tais rendimentos confrontados à média arrecadada por outras produções nacionais, não se pode dizer que os números sinalizem um fracasso. Porém, projetado e embalado como um blockbuster, a decepção não deixa de ser evidente. Antes de chegar às telas, o produtor Luiz Carlos Barreto projetava público de 5 milhões de espectadores para o longa.

Mesmo com as incertezas do mercado cinematográfico – e as dúvidas sobre a aceitação do público em relação ao tema – o “gênero” tenta decolar e já enquadra para os próximos meses produções envolvendo nomes como Getúlio Vargas, Jânio Quadros, Tancredo Neves, Fernando Collor e Fernado Henrique Cardoso. Autor de novelas, o roteirista Lauro César Muniz é o piloto de um dos mais ambiciosos projetos envolvendo cinema e política. De suas mãos nasce, até 2011, um longa dedicado a Getúlio Vargas. Como mote, cerca-se das três semanas que antecedem o suicídio que mitificou a figura do presidente a partir do fatídico 24 de agosto de 1954. Muniz acaba de entregar ao produtor Daniel Filho um primeiro tratamento para Dr. Getúlio (título provisório).

– Ficamos muito afastados do tema por causa da ditadura. Existia um grupo de cineastas, assim como outros artistas, impossibilitados de tocar no assunto. Foram quase 30 anos de silêncio. Agora ocorre uma euforia em torno do filme do Lula, um personagem super popular. E isso estimula os produtores a pensar em filmes do gênero – acredita Muniz. – Acho que os sete anos de governo Lula geraram um interessa cada vez maior da população sobre política. Ele foi sabiamente blindado de todos os escândalos envolvendo a corrupção.

O projeto do teledramaturgo parte do atentado ocorrido na Rua Tonelero (no qual morreu o major Rubem Vaz; o crime desencadeou os eventos que levariam ao suicídio de Vargas) e enfatiza as reações dos empregados do palácio do Catete e da população nos arredores do bairro.

“Suicídio foi um ato político”

– Não ficaremos presos à história real. Terá ficção. Getúlio foi um ditador, mas era uma personalidade fabulosa e sua história é uma tragédia nacional fantástica. Tudo o que acontece a partir do atentado até a sua morte é muito forte. Ele tornou-se um mártir. Seu suicídio foi um ato político.

Premiado pelos longas Jango (1984) e Os anos JK - Uma trajetória política (1980), o cineasta Silvio Tendler investe seus esforços em mais uma produção política, mas sob a embalagem do gênero documental. Há mais de 20 anos, ele acumula um arsenal de fitas de áudio e vídeos do ex-presidente Tancredo Neves. Tancredo, a travessia tem previsão de lançamento para abril de 2010 – mês que marca os 25 da morte da sua morte, em 1985. No registro, Tendler destrincha os bastidores da transição de poder e mostra que, de lá para cá, pouca coisa mudou.

– A política é um filão de cinema, e sempre esteve de braços cruzados com ele. Um dos maiores clássicos do cinema mundial é sobre um jornalista que se candidata à presidência, Cidadão Kane. No Brasil, o documentário que sempre namorou a política, enquanto a ficção tem problemas mais complexos com direito de imagens e pressão dos familiares – observa Tendler.

O documentarista acredita que houve um erro de avaliação no lançamento de Lula, o filho do Brasil.

– Acharam que cinema se induz à base de mídia, mas não é bem assim. Não adianta comprar com 2 filhos de Francisco, que é musical. Ainda assim, um público de 800 mil é muita gente, quase um milhão. Para o momento do cinema político brasileiro, é um bom resultado.

Se bem-sucedidas minisséries de TV, como JK (2006) e Agosto (1993) , despertaram a atenção de milhões de espectadores, o aparato cinematográfico apenas começa a erguer a grua sobre o filão. Exemplo recente, o diretor Zelito Viana não obteve êxito ao transportar para o cinema 24 horas de um dia de Juscelino Kubitschek. Bela noite para voar (2009) acumulou parcos 30 mil espectadores. Diretor do longa, Zelito Viana diz que a lacuna de filmes políticos se estende a outras searas, mas por um motivo comum:

– Falta dinheiro para fazer um filme sobre futebol e sobre personagens da cultura, como Carlos Gomes, por exemplo – compara Viana. – No campo político, não temos filmes sobre Getúlio e até Dom Pedro II, que é uma figura importantísima para o Brasil.

Irmão de Fábio Barreto, Bruno Barreto mira sua câmera na direção do ex-presidente Fernando Collor, num longa baseado no livro Notícias do Planalto (1999), do jornalista Mário Sérgio Conti. Oponente de Lula durante as eleições de 1989, Collor terá sua trajetória vasculhada, desde as ligações de seu avô Lindolfo Collor com Vargas até o impeachment que o tirou do poder, em 1992. Mais adiante, o diretor Paulo Filho busca viabilizar um longa sobre Jânio Quadros, enquanto que, para 2011, o documentário Rompendo o silêncio segue os passos de FHC.

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