Espetáculo "Há uma festa sem começo que não termina com o fim", do grupo Pavilhão da Magnólia, estará em cartaz nas cidades de Lisboa e Porto
Foto: Allan Diniz
O espetáculo "Há uma festa sem começo que não termina com o fim" , do grupo cearense Pavilhão da Magnólia , realiza três apresentações nas cidades de Lisboa e Porto, em Portugal, entre os dias 24 de julho e 2 de agosto. A circulação internacional acontece com apoio do Ceará Criativo , iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult).
As apresentações marcam o início de uma ação inédita de mobilidade pela Europa. A estreia acontece após a conquista do Prêmio Shell de Teatro, na categoria Destaque Nacional com o espetáculo “A Força da Água”. Além dos espetáculos, o grupo de teatro cearense realiza encontros com artistas e coletivos locais, fortalecendo o intercâmbio cultural entre os dois países. UM programação contempla uma residência artística com o encenador Pedro Vilela , da TREMA!, e um bate-papo com o artista Ricardo Cabaça e com o coletivo Teatro do Imigrante.
Ao abordar questões como ancestralidade, gênero, racismo e o fazer artístico, o espetáculo “ Há uma festa sem começo que não termina com o fim ” instaura um manifesto em favor da democracia, se posicionando contra os avanços do discurso da extrema-direita pelo mundo.
O espetáculo, que já passou por importantes palcos de diversas regiões do Brasil, tem direção e dramaturgia de Francis Wilker , codificação e dramaturgismo de Thereza Rocha , e interlocução dramatúrgica de Ricardo Cabaça , artista português residente em Lisboa.
"Nos últimos anos, a formação artística no Ceará tem ganhado muito destaque, mas ainda há um descompasso quando chegamos à etapa da difusão. A gente tem uma cena extremamente rica, com muita gente produzindo, pesquisando, criando com diversidade estética, mas ainda enfrenta desafios para fazer essa produção circular para além do próprio território. Então, acredito que o Ceará Criativo ajuda a fechar esse ciclo fundamental na política das artes no estado, conectando formação, produção e difusão", aponta Nelson Albuquerque, produtor cultural do coletivo.
Para Jota Junior Santos, também produtor cultural do grupo teatral, o Ceará Criativo tem um papel fundamental e representa um passo decisivo na construção e promoção de políticas públicas efetivas à difusão das artes no Ceará. Segundo ele, os recursos garantem uma circulação estruturada, permitindo que o grupo aprimore suas ações, amplie conexões com outras redes, fortaleça o alcance de suas criações e consolide a presença da produção em novos territórios.
Sobre o Pavilhão da Magnólia
Com 20 anos de trajetória, o grupo Pavilhão da Magnólia se consolida como um dos expoentes do teatro brasileiro contemporâneo. O coletivo investe na experimentação de linguagens que ampliam os limites do que é compreendido como teatro para adultos e para as crianças.
Sobre o Ceará Criativo
O Ceará Criativo – Programa de Circulação e Difusão da Cultura e das Artes Cearenses é uma iniciativa do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), em parceria com o Instituto BR, com apoio do Hub Cultural Porto Dragão – espaço da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) – com produção executiva da Quitanda Soluções Criativas e realização viabilizada por meio da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura.
Desde sua criação, o Ceará Criativo vem beneficiando coleções de artistas por meio de ações voltadas à mobilidade artística. Até o momento, foram lançados quatro editais, promovendo a circulação da arte cearense nos âmbitos internacional, nacional e estadual.
Estruturado em três eixos – Plataforma de Formação, Plataforma de Negócios e Plataforma de Mobilidade – o programa oferece suporte estratégico a artistas e agentes culturais, fortalecendo a cadeia criativa do estado. A iniciativa contempla diversas linguagens artísticas, incluindo música, artes visuais, literatura, teatro, dança, circo e performance, ampliando o acesso à profissionalização e à difusão da produção artística cearense.
Créditos das imagens: Allan Diniz
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